Segunda, 21 de novembro de 2011
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Cristovam Buarque (PDT-DF), senador: “Continuam as suspeitas e às primeiras se acrescentam novas acusações contra o governador” |
O senador Cristovam Buarque (PDT) defende rigor na investigação das
denúncias que pesam sobre o governador Agnelo Queiroz (PT). Acusações
que devem ser apuradas em todas as instâncias: do Ministério Público à
Polícia Federal. “Da mesma forma que defendo uma ampla investigação no
Ministério do Trabalho e que fiz no governo Arruda.” O senador é a favor
da saída do ministro Carlos Lupi da pasta do Trabalho e do apoio do PDT
ao governo federal sem a contrapartida de cargos.
Na avaliação de Cristovam Buarque, o governador do DF não conseguiu se
explicar e todas as respostas às denúncias mantiveram a dúvida.
“Continuam as suspeitas e às primeiras se acrescentam novas acusações,
aumentando a crise.” Ao comparar o episódio de Agnelo com o do
ex-governador José Roberto Arruda, o senador aponta a diferença entre os
dois: Arruda foi acusado de dar propina; Agnelo de receber.
Diferente de Arruda, o governador conseguiu arquivar os pedidos de
impeachment. “Os deputados, na época de Arruda, também queriam arquivar o
pedido de impedimento e só não o fizeram porque o PT ocupou a Câmara
Legislativa”, lembra o senador. Muitos dos petistas que ocuparam o
parlamento para pedir o impeachment de Arruda hoje ocupam cargo no GDF.
Como a oposição a Agnelo não tem tradição na mobilização popular, “é
conservadora”, observa Buarque; não há pressão sobre os deputados. “A
mobilização popular é feita pelos partidos progressistas e eles não
estão mobilizando”, observa.
O PSol, de acordo com seu presidente, Antônio Carlos de Andrade,
conhecido como Toninho, começou, no fim de semana, a mobilizar a
militância de forma descentralizada. A primeira reunião foi em Ceilânia,
cidade satélite de Brasília. O partido, que foi o primeiro a pedir na
Câmara uma investigação das denúncias que envolvem o governador do DF,
pretende reunir forças para promover ações de rua. “Não importa se os
fatos ocorreram há seis anos, as denúncias são graves”, afirma Toninho.
Na opinião do presidente do PSol, Agnelo Queiroz não tem condição moral
e ética de permanecer no cargo
Fonte: Jornal Opção / Blog do Sombra