Quinta, 3 de novembro de 2011
Partidos políticos tradicionais de esquerda, como o PT, o PSB e o
PDT, transformaram-se; hoje são apenas balcões de negócios. A
metamorfose ocorrida no PT arrastou-os para políticas clientelistas,
fisiológicas. Deles nada mais se pode esperar. O que há hoje de esquerda
reside em pequenos nichos dispersos e sem força eleitoral.
A criminosa cooptação praticada pelos governos petistas praticamente
destruiu a força de organização e mobilização dos sindicatos e dos
movimentos sociais em geral. As milhares de ONGs, formadas desde o
governo Sarney, que cresceram nos governos Collor, Itamar, FHC e foram
incentivadas e ampliadas no governo Lula continuam sugando os tesouros
estatais. São valhacoutos que se sustentam com o dinheiro público doado
pelos governos. Ressalvadas as tradicionais exceções que prestam
relevantes serviços, a grande maioria é dirigida por pessoas que visam
apenas enriquecimento rápido. O mesmo ocorre com as quase seis mil
OSCIPS (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).
Acho que vão surgir formas alternativas de organizações que mobilizarão
os trabalhadores e as populações periféricas. Movimentos e outras formas
já estão surgindo. Caminhando, mobilizando, participando, lutando,
surgirão as formas de organização que superarão esse triste quadro em
que estão os partidos e os movimentos sociais.