quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O novo caminho se perde na Polícia Civil

Quarta, 2 de novembro de 2011
Não bastassem as inúmeras substituições que já ocorreram em secretarias, administrações e em outros cargos de escalão superior do governo Agnelo Queiroz, contribuindo, certamente, para o imobilismo que se verifica nas ações do governo, hoje foi a vez da queda da delegada Mailine Alvarenga. Ela foi substituída pelo delegado Onofre de Moraes, titular da delegacia do Cruzeiro.

Essa mudança se deve muito à inquietação no seio da Polícia Civil. Não só o movimento reivindicatório de que se cumpram os compromissos assumidos por Agnelo, mas também a reação ao discurso do governador ao se defender das denúncias que a cada dia pipocam na mídia sobre o programa Segundo Tempo, quando respondia ele pelo ministério dos Esportes.

Em manifestação de sua assessoria de comunicação, o governador acusou segmentos da Polícia Civil do DF de terem agido com má-fé e a serviço de terceiros para prejudicar-lhe. A acusação incluiu principalmente o delegado que chefiou as investigações da Operação Shaolin, e que resultou na prisão do soldado PM João Dias, que agora denuncia o esquema montado com o programa Segundo Tempo.

O que causa estranheza a alguns, é que a substituição da delegada Mailine Alvarenga tenha colocado em seu cargo o delegado Onofre de Moraes, velho aliado de governos passados.

Sua delegacia, a do Cruzeiro, ocupou espaços na imprensa quando do chamado Sudoeste Caboclo, episódio que teria envolvido o PM João Dias, secretário de estado e assessores próximos do governador, além de doleiros. A delegacia não pode registrar o rolo, pois acusadores e acusados se evadiram do local. 

Onofre chegou a ser candidato a deputado distrital em eleições anteriores em aliança com o ex-governador Joaquim Roriz.