Sexta, 2 de março de 2012
Da Agência Brasil
 Vitor Abdala, repórter 
 Rio de Janeiro – A 1ª Vara Federal em Três Rios impediu que a 
empresa Eletrobras Furnas iniciasse a operação do Complexo Hidrelétrico 
de Anta/Simplício, no Rio Paraíba do Sul, na divisa do Rio de Janeiro 
com Minas Gerais. Segundo nota divulgada pelo Ministério Público 
Estadual do Rio de Janeiro, a Justiça atendeu a um pedido dos 
ministérios públicos Federal e Estadual.
Segundo o Ministério Público (MP), apesar de Furnas já ter 
conseguido a licença de operação no Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o sistema de coleta
 e tratamento de esgoto para os moradores dos distritos de Anta (RJ) e 
Chiador (MG) ainda não foi concluído. O item é obrigatório para que a 
usina entre em funcionamento.
De acordo com o MP, estudos apontam que a usina acarretará “graves 
prejuízos ao meio ambiente, à população e à economia local, devido ao 
redirecionamento de 76% das águas do Rio Paraíba do Sul, por meio de 
túneis e lagos, para a geração de energia elétrica”. O Ministério 
Público destaca ainda que, “segundo os estudos, “esse redirecionamento 
provocará poluição e redução da vazão do rio em Sapucaia, no distrito de
 Anta e em Chiador, localidades que captam água do Paraíba do Sul para 
abastecimento público e despejo de esgoto”.
O MP informa que a “decisão do juiz Federal Caio Márcio Gutterres 
Taranto estabelece o período de 72 horas para Furnas apresentar o 
cronograma de implantação da hidrelétrica com os prazos, inclusive, de 
conclusão das obras condicionantes”. O Complexo de Simplício terá 
capacidade instalada para produzir 333,7 megawatts (MW) de energia.