Quarta, 4 de julho de 2012
Luciana LimaRepórter da Agência Brasil
Por unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) do Senado considerou constitucional o pedido de cassação do
mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). A votação ocorreu
de forma nominal e aberta. Com a decisão, o processo vai agora para o
plenário da Casa, em julgamento que está marcado para o próximo dia 11.
O relatório pela constitucionalidade do processo foi apresentado
pelo senador Pedro Taques (PDT-MT). Ele alegou, em um documento de 28
páginas, que todos os ritos constitucionais, inclusive o que garante a
ampla defesa do senador Demóstenes, foram respeitados durante o processo
no Conselho de Ética do Senado.
Para cassar o mandato de Demóstenes são necessários 41 dos 81 votos dos senadores. A votação em plenário é secreta.
Demóstenes Torres não compareceu à reunião da CCJ.
O
advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro disse que houve
cerceamento da defesa, que não pôde comprovar, durante o processo no
Conselho de Ética, que as gravações apresentam indícios de ilegalidade.
O senador é suspeito de manter relações estreitas com o empresário
goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado
como chefe de um esquema de jogos ilegais e tráfico de influência que
contava com a participação de políticos e empresários.
Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo, que investigou o esquema.