Sexta, 14 de setembro de 2012
A Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares questionará o governo brasileiro a respeito dos riscos da radioatividade nos depósitos de lixo atômico e os planos de segurança em caso de acidente.
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A iniciativa toma como base a Lei de Acesso à Informação, que facilita o acesso à informação pública por parte dos cidadãos e cidadãs. O anúncio ocorreu durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13), data em que o acidente com o Césio 137, ocorrido em Goiânia, no estado de Goiás, completou 25 anos.
Na ocasião, o material radioativo, encontrado em um prédio abandonado do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), tirou a vida de dezenas de pessoas e deixou milhares contaminadas, o que até hoje traz consequências.
Os dados recolhidos durante a entrevista coletiva serão recopilados e servirão como embasamentos aos questionamentos que a Coalizão apresentará, por meio de carta, à presidenta Dilma Rousseff. A partir da data do recebimento deste documento, o governo terá um prazo de 20 dias para dar uma resposta.
Além de ambientalistas, pesquisadores e ativistas, estiveram presentes pessoas que lutam contra os efeitos da radiação e ex-trabalhadores da Nuclemon, empresa que mantém um depósito de lixo radioativo na zona sul da capital paulista.
Chico Whitaker, ativista e um dos animadores da Coalizão, reforçou que a radioatividade é tratada como tabu. Por isso, segundo ele, a população não tem ideia dos riscos que corre e nem sabe, por exemplo, quantas pessoas já foram atingidas pelo lixo radioativo que está no terreno da antiga Nuclemont.
O ativista explica que a tarefa da Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares é tornar transparentes estes riscos. Também reforça que existem outras opções de energia que não a nuclear, como a energia eólica e a energia solar. (pulsar/adital)
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