Sexta, 14 de setembro de 2012
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) faz um intervalo hoje
(14) no julgamento da Ação Penal 470, também conhecida como processo do
mensalão, e retoma na próxima segunda-feira (17). Na segunda, começa a
etapa do sexto capítulo da denúncia do Ministério Público Federal (MPF),
que trata de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha e
lavagem de dinheiro dos partidos da base aliada do governo.
Também no dia 17 os ministros da Corte Suprema deverão discutir se
promovem sessões extras às quartas-feiras para dar mais agilidade ao
julgamento. A proposta foi apresentada ontem (13) à noite pelo
ministro-relator Joaquim Barbosa. Segundo ele, a etapa que começa na
próxima semana é a mais exaustiva.
Na segunda-feira (17), o ministro-relator apresenta seu voto sobre
lavagem de dinheiro envolvendo dirigentes de partidos políticos,
integrantes do PT e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto. No
item sobre evasão de divisas e lavagem de dinheiro, os principais réus
são o publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes.
O capítulo que trata do crime de formação de quadrilha será
apreciado apenas na última etapa do voto do ministro-relator. Barbosa
disse que é mais fácil contextualizar se houve formação de quadrilha
quando os demais crimes já tiverem sido apresentados.
Ontem (13) foi concluída a análise do item sobre a prática dos
crimes de lavagem de dinheiro. Por unanimidade, os ministros condenaram
os réus Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Simone
Vasconcelos, Kátia Rabello e José Roberto Salgado. Por maioria, também
foram condenados por lavagem Vinícius Samarane e Rogério Tolentino.
Ayanna Tenório, por unanimidade, e Geiza Dias, por maioria, foram
absolvidas. Ambas foram as únicas rés absolvidas pelo plenário nessa
etapa. Ontem, a sessão durou mais de seis horas quando os ministros se
manifestaram ininterruptamente das 14h30 às 20h40. A estratégia de
prolongar a sessão é uma das alternativas da Corte Suprema para
racionalizar o julgamento, além da busca por votos mais resumidos e
pontualidade para começar as sessões.
*Colaboraram Danilo Macedo e Débora Zampier
Edição: Graça Adjuto