quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Antes mesmo de o jogo começar, brasiliense já paga a conta do estádio da Fifa

Quarta, 20 de fevereiro de 2013
GDF transfere de áreas sensíveis de Brasíia R$ 100 milhões para o Mané Garrincha. Estágio da obra em dezembro de 2012. Foto: Divulgação.
Pelo menos R$ 100 milhões do orçamento do Distrito Federal de 2013 foram remanejados pela caneta do governador, retirando os já parcos recursos de importantes e sensíveis áreas de Brasília. Nem a Saúde e a Educação escaparam.


O custo do Estádio Mané Garrincha já está beirando a R$ 1,6 bilhão se considerados os trabalhos de paisagismo e de urbanização externa. É de longe o mais caro estádio das sedes da Copa do Mundo.

E tudo isso para quê?

Para atender o prazer de sediar um jogo na Copa das Confederações – outras sedes foram agraciadas com dois ou três jogos – e sete outros jogos no Mundial de 2014.

Para cobrir estes gastos, os turistas precisariam deixar na cidade a cada jogo a bagatela de R$ 197,852 milhões. Lembrando, que a receita dos ingressos é da FIFA e não do Governo do Distrito Federal. Inclusive, para agradar amigos do rei, o GDF determinou que o BRB e a Terracap adquirissem um camarote vip e mil ingressos, gastando para isso R$ 1,5 milhão. Note-se, que a compra foi autorizada sem licitação e na condição de “urgência e relevância”. Para tanto, o presidente da Terracap nem solicitou autorização prévia do Conselho de Administração da empresa, formado pelo Governo do Distrito Federal e pelo Governo Federal, que tem 49% do controle acionário da empresa.