terça-feira, 3 de setembro de 2013

Levantamento do CFM entregue ao MPF aponta redução de leitos na rede pública de saúde

Terça, 3 de setembro de 2013
Documento é o primeiro resultado de acordo firmado entre MPF e CFM para garantir acesso à saúde
Levantamento do CFM entregue ao MPF aponta redução de leitos na rede pública de saúde 
PGR e Presidente do CFM
 
O Conselho Federal de Medicina (CFM) entregou, nesta terça-feira, 3 de agosto, à Procuradora-Geral da República, Helenita Acioli, uma análise sobre informações disponibilizadas junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde. O levantamento é o primeiro desdobramento do acordo de cooperação técnica formalizado entre o Ministério Público Federal e o CFM para garantir acesso à saúde de qualidade da população.
 
Segundo o levantamento, desde janeiro de 2010 foram desativados 12.697 leitos de internação e complementares na rede pública de saúde. As especialidades mais atingidas foram psiquiatria, pediatria, obstetrícia e cirurgia geral. Os estados das regiões Sudeste e Nordeste foram os que mais sofreram redução. A análise também aponta que nesse mesmo período houve um aumento de leitos privados.
 
O Conselho Federal de Medicina propôs ao MPF a criação de um grupo de trabalho para responder questionamentos sobre a suficiência da quantidade de leitos no atendimento, os reais motivos para essa redução de leitos, o custo médio para manter ativado um leito, a justificativa para a redução, entre outras questões. Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d´Avila, esse é um momento histórico. “Há muito trabalho a ser feito e o CFM se sente honrado em estabelecer esse convênio. Estou muito entusiasmado para exercer um trabalho que nos é próprio, que é o da fiscalização”, disse d´Avila.
 
Para a Procuradora-Geral da República, Helenita Acioli, será importante o apoio técnico do CFM. “O Ministério Público tem grande preocupação com a defesa dos direitos fundamentais, entre eles o direito à vida e à saúde. Penso que o acordo dará bons frutos no futuro”, afirmou.