Domingo, 29 de setembro de 2013
Claudia Trevisan foi detida na Universidade de Yale; ela ia tentar entrevistar Joaquim Barbosa
O Estado de S. Paulo
A Universidade Yale, nos EUA, divulgou nota neste sábado, 28, (íntegra abaixo) sobre a detenção da correspondente do Estado
em Washington, Claudia Trevisan, na quinta-feira. A instituição alegou
que a prisão da jornalista foi "justificada", mas afirmou que não
"planeja acionar a promotoria local" para pedir a abertura de uma ação
penal contra Claudia Trevisan.
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A correspondente do Estado foi detida por quase
cinco horas quando tentava localizar o presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa, que participava de um seminário na
universidade sobre direito constitucional. Ela foi algemada, mantida em
um carro policial e, depois, numa cela do departamento de polícia da
universidade. A jornalista brasileira foi libertada após autuação por
"invasão de propriedade".
No comunicado - assinado pelo secretário de imprensa Tom Conroy -,
Yale reafirma o motivo da prisão e diz que "a polícia seguiu os
procedimentos normais, sem que a sra. Trevisan fosse maltratada".
A jornalista se disse surpresa com a afirmação. "Algemas são coisas
dolorosas para usar. Ser impedida de fazer um telefonema durante cinco
horas é uma violência terrível. Ser tratada como criminosa e colocada em
uma cela, onde você precisa fazer xixi na frente de policiais, é uma
humilhação extrema", afirmou. "Em todo esse processo, ninguém de Yale
tentou ouvir a minha versão dos fatos. Surpreende-me, pois é uma
faculdade de direito.