Sexta, 28 de fevereiro de 2014
*Da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto
A Associação de Comerciantes do estado venezuelano
de Táchira (Aceta), a sudoeste de Caracas, denunciou hoje (28) que mais
de 6 mil lojas registram falta de estoques devido às barricadas que
impedem a distribuição de produtos, alguns de primeira necessidade.
A denúncia foi feita pelo vice-presidente da entidade, Prieto
Ceniccola, que explicou que há quase duas semanas os proprietários têm
dificuldades em abrir portas, "não só pela insegurança, mas pela falta
de alimentos".
A deputada Zoraida Parra, do Partido Socialista Unido da Venezuela,
denunciou que setores da oposição estiveram em vários estabelecimentos,
alertando os proprietários que, ou as portas ficam fechadas, ou os
estabelecimentos seriam destruídos.
Situado
a 850 quilômetros de Caracas, o estado de Táchira faz fronteira com a
Colômbia e tem registrado um número significativo de cidadãos
portugueses.
Em 19 de fevereiro, o governador de Táchira, José Gregório Vielma
Mora, denunciou que 120 paramilitares estavam no estado e provocaram
várias situações de instabilidade.
Há 16 dias, são registrados protestos em várias localidades da
Venezuela. Atos de violência deixaram pelo menos 14 mortos, dezenas de
feridos e mais de 500 pessoas detidas.
Os protestos começaram em 12 de fevereiro, com uma marcha pacífica de
estudantes contra a insegurança, mas intensificaram-se no mesmo dia,
quando confrontos entre manifestantes, forças da ordem e grupos armados,
provocaram a morte de três pessoas.
Na quarta-feira (26), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro,
atribuiu a morte de mais de 50 cidadãos à violência e às barricadas que
impedem, por exemplo, a chegada de assistência médica.
*Com informações da Agência Lusa
*Com informações da Agência Lusa