Quarta,
11 de junho de 2014
Entre eles estaria Sininho. Ela prestaria hoje depoimento contra PM. Ação acontece na véspera da abertura da Copa
Do Jornal do Brasil
Policiais
da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Informática (DRCI), em continuidade
às investigações iniciadas no ano passado, realizaram operação na manhã desta
quarta-feira (11) para cumprir 17 mandados de busca e apreensão expedidos pela
Justiça. Elisa Quadros, conhecida como Sininho, David Paixão, Tiago Barbosa
e Eloisa Samy estariam entre os que foram levados à DRCI na Cidade da
Polícia, no Jacaré, Subúrbio do Rio. Segundo a assessoria da Polícia Civil do
Rio de Janeiro, 10 pessoas foram levadas à delegacia para serem ouvidas, mas
não teriam sido presas. A ação acontece na véspera da abertura da Copa do Mundo
da Fifa e contou também com apreensão de computadores e mídias em endereços na
Barra da Tijuca, Centro, Copacabana, Catete, Bangu, Niterói e Botafogo.
Ainda de
acordo com assessoria da Polícia Civil, as ordens judiciais foram cumpridas na
casa de pessoas investigadas por participação direta ou indireta em prática de
atos violentos durante protestos. A ação é um desdobramento do inquérito da
DRCI que, em 4 de setembro do ano passado, prendeu e indiciou três homens por
formação de quadrilha e incitação à violência. As investigações continuam em
andamento e o inquérito está em segredo de Justiça. A operação contou com o
apoio de 13 delegacias especializadas.
Sininho,
de acordo com informações da mídia independente, foi uma das que tiveram
computadores apreendidos em sua casa. Ela prestaria depoimento às 13h30 desta
quarta contra o Major Pinto, que responde a processo por constrangimento ilegal
junto ao tenente Bruno Ferreira, por tentarem forjar flagrante no dia 30
de setembro do ano passado contra manifestante menor de idade, que chegou
a ser levado algemado à delegacia, durante um protesto de professores na
Cinelândia.
Os dois
acusados abordaram um manifestante e revistaram sua mochila. Um vídeo feito por
uma equipe de reportagem e divulgado em seguida mostra o tenente Bruno Andrade,
momentos antes, com um morteiro na mão. O major Pinto se aproxima e dá voz de
prisão ao jovem, afirmando que o mesmo portava o artefato. Eles serão os
primeiros policiais a responder por abusos cometidos durante os protestos
e já foram ouvidos em audiência anterior. O processo corre na Justiça
Militar do Tribunal de Justiça do Rio.