Quinta, 4 de setembro de 2014
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
criticou a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de manter a
taxa básica de juros (Selic) em 11% ao ano. Segundo o presidente da entidade,
Benjamin Steinbruch, o atual patamar dos juros põe em risco a situação
financeira das empresas e de trabalhadores.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf) também divulgou nota destacando que a manutenção dos juros
pode trazer impactos negativos para os trabalhadores. Diz que manter a Selic em
patamar elevado contribui para frear o crescimento econômico, com consequências
danosas para o país e para os trabalhadores, como a possível volta do
desemprego e redução da massa salarial".
De acordo com o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro,
juros altos só beneficiam as instituições financeiras e os especuladores.
"Essa política de juros altos só tem contribuído para turbinar o lucro dos
bancos e a concentração da renda. Para que haja crescimento sustentável é
necessário desenvolvimento com geração de empregos e distribuição de renda",
enfatiza na nota.
A Força Sindical atribui aos juros elevados a retração da
economia nos últimos meses. “A atual situação - queda drástica no nível da
atividade econômica – já era esperada, e foi causada por um conjunto de
fatores, como falta de investimentos, câmbio sobrevalorizado durante muito
tempo e, sobretudo, por uma política monetária que, durante boa parte do tempo,
manteve as taxas de juros em patamares extremamente elevados”, diz a nota
assinada pelo presidente da central sindical, Miguel Torres.
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