sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Governo negativo, começa na defensiva

Sexta, 2 de janeiro de 2015
"Das dificuldades que a presidente Dilma enfrentará em 2015,  a mais urgente será estabelecer um objetivo para o seu segundo  governo. Em pouco ou nada ajudou a composição do novo ministério. Primeiro por faltar identidade aos  39 ministros. Nada os une, tudo os separa. Tivesse sido feita a todos a pergunta sobre qual o rumo  fundamental a seguir nos próximos quatro anos e não   se registrariam  duas respostas iguais. Mesmo entre os 13 companheiros, o vazio  é uma constante. Nem haverá que falar dos 6 do PMDB, representantes de correntes dissociadas. Quanto aos demais, incluídos os sem filiação partidária, a mesma coisa. Heterogêneo, o grupo prima pela falta de um denominador  comum.  Evitar a estagnação econômica não é programa,  muito menos garantir maioria parlamentar para impedir iniciativas da oposição, a começar pelo impeachment. Numa palavra, o governo acaba de ser  composto  por suas características negativas. Fica devendo  metas construtivas. Não poderia ser diferente. Faltou à campanha da reeleição um programa onde  a candidata exporia  propósitos e objetivos.  É do que carece  o novo governo." (Do artigo desta sexta (2/01/2014) de Carlos Chagas)