Domingo, 29 de março de 2015
Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil
Após
dois dias reunidos em Brasília para discutir ações para os próximos
meses, os membros do Elo Nacional da Rede Sustentabilidade informaram
que vão ingressar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o fim de
abril com as assinaturas necessárias para sua validação como partido.
Segundo o porta-voz da agremiação, Basileo Margarido, 80 mil assinaturas
estão em processo de certificação. Para a concessão do registro pela
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), faltam 32 mil.
“Até o final de
abril devemos ingressar com as assinaturas validadas que faltam para
que o TSE possa analisar e julgar o pedido de registro da Rede
Sustentabilidade”, afirmou Basileo Margarido, observando que cerca de
450 mil assinaturas já foram reconhecidas pelo TSE em 2013. "Oitenta mil
estão em processo de certificação nos cartórios. Então, temos grande
margem, mais que o dobro do que falta, considerando que nem todas as
assinaturas serão validadas pelos cartórios”, acrescentou.
O
porta-voz da Rede disse que a coleta de assinaturas também continuará
até o registro do novo partido. Ele também afirmou que, até lá Marina
Silva, maior expoente da agremiação, continuará filiada ao PSB, partido
ao qual se integrou para participar da campanha presidencial de 2014,
após a Rede Sustentabilidade não conseguir o registro.
Basileo
Margarido explicou que, após receber o pedido, o TSE tem 30 dias para o
julgamento, e depois disso a Rede Sustentabilidade pretende se dedicar à
sua organização. Segundo o porta-voz, a Rede já é um partido de fato,
com instâncias já constituídas em mais de 20 estados. “Temos uma série
de ações que terão de ser adotadas para transformar as filiações
políticas em filiações partidárias, de acordo com a legislação eleitoral
partidária. Temos até final de maio para adotar e preparar o partido
para aprofundar sua organização, inclusive considerando as eleições de
2016”, salientou.
Em relação a outros partidos que pediram
recentemente registro ao TSE, ou estão na iminência de fazê-lo, Basileo
Margarido disse que não os vê como concorrentes atrás de um mesmo nicho
de eleitores desiludidos com a política em vigor no país. “Não vemos um
partido político como um nicho. Temos nossas propostas, nossas ideias,
nosso ideário, nosso manifesto, nosso estatuto que dialoga com as
grandes questões da sociedade. Então, não vejo competição.”