Domingo, 31 de janeiro de 2015
"A quadra anda tão vazia! Meu bloco ainda quer brincar. Falta Pouco mais de alegria, falta muito para nos calar. O silêncio traz melancolia. Eu prefiro ser um folião. Quem tem sono dorme na avenida. Eu te nino com meu violão", diz um trecho da letra.
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"A quadra anda tão vazia! Meu bloco ainda quer brincar. Falta Pouco mais de alegria, falta muito para nos calar. O silêncio traz melancolia. Eu prefiro ser um folião. Quem tem sono dorme na avenida. Eu te nino com meu violão", diz um trecho da letra.
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Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Pelo
menos três blocos ocupam as ruas de Brasília hoje (31), animando o
pré-carnaval da capital do país que vem ganhando força nos últimos anos,
com uma extensa programação para quem já entrou no clima de folia.
Inspirado
na cultura carnavalesca da Paraíba e de Pernambuco, o Cafuçu do Cerrado
se concentra a partir da 14h no Setor Bancário Norte, prometendo um
repertório de marchinhas, frevo e muito brega.
No Eixo
Monumental, próximo à Funarte, o Bloco Libre, formado pelo coletivo de
artistas e músicos da Orquestra Fanfarraráônica de Música Libre, começa
os trabalhos a partir das 14h. A agremiação seguirá em cortejo até a
Torre de TV ao som do maracatu Tamnoá Tambores. Este ano, o bloco tem
como país homenageado a Suíça.
Às
16h, o Falta Pouco leva seu repertório musical eclético à Praça dos
Prazeres, na Super Quadra 201 Norte, tradicional ponto de concentração
da folia em Brasília. Para marcar seus cinco anos de existência, o bloco
compôs para este carnaval um frevo crítico à Lei do Silêncio, que tem
causado polêmica entre moradores, artistas e produtores culturais da
cidade. "A quadra anda tão vazia! Meu bloco ainda quer brincar. Falta Pouco mais de alegria, falta muito para nos calar. O silêncio traz melancolia. Eu prefiro ser um folião. Quem tem sono dorme na avenida. Eu te nino com meu violão", diz um trecho da letra.
Embora
a folia tenha sido liberada na região central de Brasília, a Secretaria
de Cultura do Governo do Distrito Federal afirmou, em janeiro, que os
blocos que ocorrem nas quadras da cidade terão que terminar às 22h, em
obediência à Lei do Silêncio.
A norma, vigente desde
2008, determina que o barulho em área residencial próxima a comércio
não pode exceder os 55 decibéis durante o dia e 50 decibéis durante a
noite. Os críticos afirmam que tais medições são impraticáveis, por
serem baixas demais, e defendem a alteração da lei.