Sexta, 22 de abril de 2016
Michèlle Canes – Repórter da Agência Brasil
A
defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pediu a absolvição do
seu cliente na ação penal decorrente da 17ª fase da Operação Lava Jato,
batizada de Pixuleco. O pedido foi feito nas alegações finais entregues
pelos advogados à Justiça Federal no Paraná.
Nas alegações,
protocoladas na terça-feira (19), a defesa de Vaccari diz que não há
provas contra ele. “Muito embora a acusação pleiteie a condenação do
acusado Sr. Vaccari, não existem nos autos provas que justifiquem a tese
acusatória, devendo o acusado ser absolvido das acusações que lhe são
impostas, diante dos elementos colhidos neste feito, que demonstram ser o
acusado inocente.”
No último dia 7, o Ministério Público Federal (MPF) também entregou as alegações finais e pediu à Justiça Federal no Paraná a condenação
de Vaccari, do ex-ministro José Dirceu, e de mais 13 réus da ação penal
da Pixuleco. No pedido, o MPF acusa Vaccari do crime de corrupção
passiva.
Os advogados dizem que nenhuma prova foi encontrada que
demonstrasse algo contra Vaccari, e que as acusações feitas se baseiam
apenas em delações. “O Ministério Público Federal imputa ao acusado a
conduta de ter participado de empreitada criminosa, baseando-se apenas
nas precárias informações conseguidas por meio de delações premiadas e,
mesmo assim, extremamente frágeis e carentes de demonstração fática,
pois nada, absolutamente nada, corroborou tais delações, quando se
referem desfavoravelmente ao acusado.”
Além de Vaccari Neto e do
ex-ministro José Dirceu, na mesma ação penal são réus Júlio Camargo,
Pedro Barusco, Olavo Hourneaux de Moura Filho, Luiz Eduardo de Oliveira e
Silva, Roberto Marques, Julio César Dos Santos, Renato Duque, Pedro
Barusco, Gerson Almada, Cristiano Kok, José Antunes Sobrinho, Milton
Pascowitch e José Adolfo Pascowitch. A denúncia contra eles foi aceita
pelo juiz federal Sérgio Moro em setembro do ano passado.