Sábado, 21 de janeiro de 2017
Da Auditoria Cidadã da Dívida
“Um
princípio básico do capitalismo moderno é que o custo e o risco são
socializados, enquanto o lucro é privado” – Noam Chomsky.
É o
mesmo enredo, uma política que saqueia e penaliza os mais pobres, para
alimentar um sistema injusto e concentrador de renda.
Desta
vez, governo quer salvar empresa privada de telefonia (Oi) enquanto fala
em privatizar universidades públicas por falta de recursos.
Entre acordos, parcerias e má gestão, a companhia de telecomunicação Oi
quer dinheiro do Estado para cobrir seus prejuízos. Seriam 65 bilhões
em empréstimos, via BNDES, para tirar a empresa do buraco.
A
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) vive um processo de
sucateamento e penúria lamentáveis. Salário de funcionários ativos e
inativos, alunos bolsistas, aluguel, comida, contas a pagar, água, luz,
telefone, internet, financiamentos, empréstimos todos atrasados. O
orçamento anual da UERJ é de R$ 430 milhões. Como o governo quer
resolver essa situação? Privatizando. (leia: https://goo.gl/hcby2y , mais sobre a Oi : https://goo.gl/CBmyNg)
Em documento elaborado por alunos e docentes, é destacada a competência
da Universidade, suas pesquisas e publicações acadêmicas.
"Faz-se necessário afirmar que a Universidade do Estado do Rio de
Janeiro possui um perfil próprio, que a diferencia. Por isso a
perseguição implacável dos governos. Ela é pioneira no sistema de
democratização do ensino superior para a população mais carente, por
meio das cotas. Seus serviços têm capilaridade social e estão
distribuídos por vários municípios do Estado (...)", ressalta o
documento.
Sim, enquanto o governo avança no desmonte do Estado
e direitos sociais, sob o argumento de falta de recursos, assistimos o
desvio de bilhões de reais para alimentar o sistema financeiro privado.
Por que continuamos tendo que arcar com os prejuízos de empresas privatizadas?
Esse ônus não é nosso!