Terça, 3 de outubro de 2017
A presidente do órgão, que é evangélica, alega que ocupações irregulares, como a igreja, agravaram a crise hídrica.
     CorreioWeb 
e Blog do Sombra 
                
 A presidente da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), 
Bruna Pinheiro, enviou vídeo em resposta à gravação em que o deputado e 
pastor Marco Feliciano (PSC-SP) critica a derrubada de uma igreja 
evangélica na Vila Planalto. Ela afirma que “respeita muito todo o 
trabalho que a Assembleia de Deus faz”, mas alega que, como evangélica 
que é, acredita que “os evangélicos têm que ser os primeiros as 
respeitar as leis”.
 Bruna justifica a derrubada pelo fato de a igreja ter sido construída 
recentemente em área pública. O local fica em uma expansão da Vila 
Planalto próximo ao Palácio do Jaburu, onde a Agefis mantém apenas casas
 mais antigas até a adoção de medidas definitivas. “Nós estamos no meio 
de uma crise hídrica justamente pela irresponsabilidade de vários 
governos que permitiram que terras públicas fossem invadidas”, aponta.
 O deputado Marco Feliciano acusou o Governo do Distrito Federal de 
"abuso de autoridade" pela derrubada, que ele considera uma “atitude 
digna das piores ditaduras”. O parlamentar afirmou, também, que o 
governador Rodrigo Rollemberg prefere fechar igrejas a bares e bocas de 
fumo.
 Em resposta, a chefe da Agefis esclareceu que “não existe nenhum tipo 
de perseguição por parte do governo ao segmento evangélico”. Bruna 
também cita as derrubadas na orla do Lago Sul como “exemplo de que o GDF
 não faz acepção de ricos ou pobres” como critério para ações contra o 
uso irregular da terra. 
 A outra alegação de Feliciano era que a derrubada ocorreu “sem mandado 
judicial nem aviso prévio”. Porém, em 13 de setembro, o Tribunal de 
Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) declarou 
inconstitucional uma lei que condicionava ações da Agefis a 
procedimentos administrativos e judiciais.