quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Bolsonaro: o Ministério desorientado, desqualificado, desequilibrado, desmemoriado

Quinta, 28 de fevereiro de 2019
Por
Helio Fernandes

Foi assim, com essas mesmas palavras, que identifiquei a maior parte da equipe montada pelo inesperado presidente. E quase todos confirmaram minha avaliação. Mas a Dalmares, (me recuso a chamá-la de ministra), insiste na degradação dela mesmo.

O ministro do Meio Ambiente, confessou, "não sei qual a influencia do Chico Mendes", e ainda acusou-o de aproveitador. Ainda bem que o vice eleito, corrigiu-o, "é uma das mais notáveis personalidades dos últimos tempos".


Sem lembrar ou citando pejorativamente o chanceler Ernesto Araujo, que não tem nada a ver com diplomacia, mudo para o mais inacreditável de todos, o ministro da Educação. Que não podia ser nomeado, nem brasileiro.

A cada aparição um disparate. Agora fez nas ruas, publicamente, um vestibular de subserviência. O Brasil todo ficou envergonhado com a sua determinação de  normas estapafúrdias sobre educação e gravações, terminando o memorando, com a citação do slogan da campanha de Bolsonaro: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".

Os protestos foram de tal ordem, que mudou quase tudo, retirou inclusive o slogan subserviente.

Devia ter sido demitido, mas o presidente estava absorvido com a obrigação e convicção de exaltar torturadores e ditadores. Como deputado, ocupou o microfone, para dizer que seu grande ídolo era o coronel Ulstra. Torturador selvagem e cruel, que teve que ser afastado, foi nomeado Adido Militar no Uruguai.  Ontem, Bolsonaro tinha uma preocupação maior. Exaltar o ditador do Paraguai Alfredo Stroessner, que dominou o país por 35 anos, de 1954 a 1989. Derrubado, conseguiu exílio no Brasil, onde ficou até morrer.

De passagem, elogiou os generais torturadores de 1964 a 1985, que chamou de "nosso governo". Desinformado e acumpliciado, elogiou Castelo Branco, segundo ele, "eleito pelo Congresso". O fato
verdadeiro: Castelo Branco não fechou o Congresso, queria ser "reeleito". O que aconteceu, foi PRORROGADO até março de 1967.

PS- Seria exagero, querer que Bolsonaro conhecesse e respeitasse a História, mesmo as do seu tempo.

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