terça-feira, 21 de abril de 2020

O DF não pode relaxar o isolamento social por várias razões

Terça, 21 de abril de 2020
Por
Professora Fátima Sousa*



O DF não pode relaxar o isolamento social por várias razões: 

1- O DF precisa apresentar dados que sustentem a evidência de controle da epidemia;
1.1- dados de números de testes por Regiões Administrativas (RA) para verificarmos quantos são negativos e que a sensibilidade da vigilância está boa;
1.2- dados da vigilância de síndrome gripal por RA, ou seja, comportamento de casos de síndrome gripal atendidos nas Unidades de Saúde;
1.3- dados de Síndromes Respiratórias Agudas Graves(SRAG)- casos de síndrome gripal notificados por RA e proporção de casos testados para covid19.

2- Não existe certificação por parte do Ministério da Saúde que o DF está fora do pico epidêmico - (vide sítio transparência covid19)

3- Em nenhum país do mundo as Escolas voltaram a funcionar presencialmente - esse será o último serviço a retornar às atividades “normais”; 

Pelo exposto, o GDF deve seguir cumprindo suas responsabilidades, quanto à proteção da saúde e defesa da vida, a exemplo de:

a) organizar a Rede de Atenção à Saúde, informando quantos leitos e respiradores existem e onde estão;

b) capacitar os profissionais de saúde para casos graves nas UTIs;

c) prover (abastecer) os serviços de saúde - toda a REDE - com Equipamentos de Proteção Individual (EPI), principalmente as Unidades Básicas de Saúde; e 

d) instituir equipes de informação e comunicação de risco - de forma a orientar as populações mais vulneráveis, evitando medo, estresse e outras fragilidades, entre elas, as falsas notícias. 

*Professora Fátima Sousa
Paraibana, 57 anos de vida, 40 anos dedicados a saúde e a gestão pública; 
Professora e pesquisadora da Universidade de Brasília;
Enfermeira Sanitarista, Doutora em Ciências da Saúde, Mestre em Ciências Sociais; 
Doutora Honoris Causa;
Implantou o ‘Saúde da Família’ no Brasil, depois do sucesso na Paraíba e em São Paulo capital; 
Implantou os Agentes Comunitários de Saúde;
Dirigiu a Faculdade de Saúde da UnB: 5 cursos avaliados com nota máxima;
Lutou pela criação do SUS na constituinte de 1988;
Premiada pela Organização Panamericana de Saúde, pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.


https://transparenciacovid19.ok.org.br/