Segunda, 28 de setembro de 2020
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Não foi apresentado qualquer estudo preliminar de impacto ambiental, de reflexos no trânsito e outras externalidades, de necessidades de adequações estruturais – esgoto – e urbanísticas. Especialistas apontam que o local não é adequado para famílias com crianças. Não há equipamentos infantis, escolas ou creche e a topografia local apresenta desníveis acentuados e perigosos. As ruas de serviço estão até cinco metros mais baixas do que o passeio público. E não há proteção para evitar acidentes com crianças.
Por Chico Sant’Anna
O Governo do Distrito Federal resolveu mexer numa regra básica do projeto de Lúcio Costa: a setorização das áreas do Plano Piloto. Como todos sabem, o urbanista ao desenhar Brasília apontou áreas onde seriam instalados comércio, residência, áreas de diversão e entretenimento, setores hospitalares, dentre outros. A secretaria de Desenvolvimento Urbano decidiu agora que isso não serve para Brasília. O projeto de urbanismo de Lucio Costa, que foi selecionado em um certame mundial, corre o risco de ser alterado numa canetada da Seduh. A justificativa é que o Setor Comercial Sul está decadente e de tão ocioso, já existiriam sete prédios vazios, segundo afirmou à Agência Brasília – órgão oficial de informação do GDF – o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira.
Mas que prédios são esses?
Qual o endereço deles?
Quem são os sete proprietários desses edifícios – dentre os cerca de 70 prédios existentes no SCS – que valeriam uma mudança urbanística de tal grandeza?
Segredo
A Seduh não responde essas perguntas. Diz que o estudo que fez a identificação dos prédios vazios é de terceiros e, por isso, não pode revelar.
Terceiros?!