Sábado, 14 de setembro de 2024
Foto de A. C. Neto quando ainda criança
EU SOU
aquele menino tonto
e vesgo que no dia primeira comunhão, todo de branco
carregava uma flor
para Deus.
Uma flor de pano que enfeitava a alma
e embelezava os sonhos doces
da criança pura que eu era.
Hoje, não visto mais branco.
E a flor sem brilho e murcha enfeita o túmulo das desesperanças.
Que morreram atônitas.
E foram vomitadas com uma água ácida, salgada, amarela.
Deixando um gosto esquisito na boca.
Um gosto azedo de abacate podre.
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Poema de Antônio da Costa Neto — Simplesmente azul.
O poeta Antônio da Costa Neto é aposentado pela Secretaria de Estado de Educação do DF. Quando da sua aposentadoria, trabalhava na sede da SEDF. Começou como professor no Centro Educacional 6 na QNL de Taguatinga. Trabalhou depois no Centro Educacional 3 do Guará (Centrão). Mais tarde na EAPE —Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação. Passou também pela Escola Normal e pelo Elefante Branco. Trabalhou depois por 12 anos na UnB de contrato.