quinta-feira, 31 de outubro de 2024
ESQUERDA NO PODER —Governo Sheinbaum nacionaliza energia e a declara recurso estratégico do México
Meio Ambiente. Amazônia Protege: Justiça aceita pedidos do MPF e condena réu a pagar R$ 1,2 milhão por desmatamento no Pará
STF forma maioria para tornar réu deputado Gustavo Gayer



Justiça defere realização de audiência pública para discutir segurança do "Eixão" e "Eixinhos"
Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF deferiu a realização de audiência pública para debater medidas de segurança e melhorias nas vias conhecidas como "Eixão" e "Eixinhos", em Brasília/DF. A decisão atende a pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em ação civil pública.
O MPDFT ajuizou ação em que solicita que o Distrito Federal e suas autarquias adotem providências para reduzir a velocidade máxima nas vias para pelo menos 60 km/h, melhorar a iluminação, assegurar a limpeza eficaz das passagens subterrâneas e garantir a mobilidade e acessibilidade dos pedestres. Alega que tais medidas visam resguardar a segurança dos usuários, como pedestres, ciclistas, pessoas com deficiência e motoristas.
Saúde: MPDFT ajuíza ação para que o GDF encerre intervenção no ICTDF —Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal
Quinta, 31 de outubro de 2024
Secretaria de Saúde administra temporariamente o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal até normalização dos serviços, que já ocorreu
Do MPDFT
A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) ajuizou, nesta segunda-feira, 28 de outubro, ação civil pública (ACP) para que o Distrito Federal, por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), encerre a intervenção administrativa no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) vigente desde 2023. A ação também requer a realização de um chamamento público para selecionar uma nova entidade gestora para o ICTDF, em um prazo de até 60 dias.
Na hipótese de não cumprimento dessas medidas, o MPDFT solicita a aplicação de uma multa diária de R$ 10 mil ao governo distrital, cujo valor seria destinado a projetos sociais voltados à saúde pública. Atualmente, o ICTDF é responsável por cerca de 85% dos procedimentos cardíacos e de transplante da rede pública do DF, sendo um dos únicos no tratamento de alta complexidade em cardiologia pediátrica.
Racismo religioso —Escola denuncia racismo e intolerância religiosa em vídeo publicado por deputado distrital
Quinta, 31 de outubro de 2024
Parlamentar acusou professora de obrigar alunos a realizar "rituais" e cultuar entidades de religiões afro-brasileiras

Parlamentares criticaram, durante sessão ordinária realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta terça-feira (29), o deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP-DF) por ter exposto uma professora da rede pública de ensino. Em vídeo publicado em uma rede social na semana passada, Castro alega que a docente estava obrigando estudantes a realizar rituais e cultuar entidades de religiões de matriz africana.
Segundo o deputado distrital Gabriel Magno (PT-DF), a Comissão de Educação, Saúde e Cultura da CLDF recebeu uma denúncia do caso, feita pelo Centro Educacional do Lago (CEL), onde a aula foi ministrada. A escola afirma que o vídeo expressa "um preconceito claro e inaceitável" contra os cultos afro-brasileiros.
Para Magno, a atitude de Castro representa uma forma de tentar “amordaçar professores”. “É [um vídeo] carregado de racismo, de preconceito, porque quer comparar ou tentar traduzir que religiões matriz africanas são rituais de magia ou que a professora tentou obrigar estudantes a cultuar a religião. Não foi isso que aconteceu”, afirmou o deputado.
No vídeo publicado por Daniel de Castro, há imagens de folhas de árvores no chão de uma sala de aula e áudios que supostamente são gravações da aula. Segundo o pastor, a cena representa a realização de “rituais”, em que os estudantes eram obrigados a “cantar hinos dessas culturas” e “dizer nomes dessas entidades”. O parlamentar acusa a professora de ferir a laicidade do Estado.
Castro afirma ainda que encaminhou denúncia contra a professora ao Ministério Público do DF (MPDFT), à Secretaria de Educação (SEEDF) e à Regional de Ensino. “Eu fiz o meu papel como cristão, pedagogo e advogado. Lá tem alunos evangélicos e eles não são obrigados a participar disso”, afirmou durante a sessão na CLDF.
Ao contrário do que o parlamentar alega, a atividade faz parte de uma disciplina não obrigatória. “É uma disciplina que está prevista no currículo da Secretaria de Educação e nas diretrizes curriculares nacionais: ‘História e Cultura Afro-brasileira e Indígena’”, explicou Gabriel Magno.
Na própria publicação do vídeo na rede social do pastor, há comentários de várias pessoas que se identificam como estudantes da instituição de ensino e afirmam que a disciplina faz parte da cadeia eletiva e que as imagens apresentadas estão descontextualizadas.
“Tudo tirado de contexto! A aula da professora é para informar sobre a cultura africana. Na nossa escola somos muito bem informados sobre tudo, e por que a cultura africana não seria uma delas? E ainda mais tudo que ela está informando está de acordo com o currículo da Secretaria de Educação!”, diz um comentário.
quarta-feira, 30 de outubro de 2024
MAIS DE 1.500 CANDIDATOS DISPUTARÃO AS ELEIÇÕES NO ÂMBITO DA OAB/DF
Turismo: Nova rota internacional conectará candangos e porteños

DF é condenado a pagar pensão a mãe socioafetiva por morte de filho em ação policial
O 2º Juizado Especial da Fazenda Pública do Distrito Federal condenou o Distrito Federal a pagar pensão mensal a mulher, cujo filho socioafetivo foi morto por disparo de arma de fogo efetuado por policial militar em serviço. A decisão reconheceu o vínculo socioafetivo entre a autora e a vítima e estabeleceu a responsabilidade do Estado.
No processo, a autora relatou que, em 2005, recebeu a guarda de criança deixada pela mãe biológica e o criou como seu próprio filho, com todos os cuidados, educação e afeto. Em 28 de janeiro de 2022, o jovem foi morto em decorrência de um disparo de arma de fogo efetuado por um policial militar em serviço. Diante disso, a autora ingressou com ação judicial, na qual solicitou pensão mensal como forma de reparação pelos danos materiais sofridos.
✊🏼🌳 Vitória dos povos do Xingu! Gruta de Kamukuwaká ganha réplica

terça-feira, 29 de outubro de 2024
Atos antidemocráticos: STF condena mais 14 réus pela participação nos eventos de 8/1
Do STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais 14 pessoas que participaram dos atos antidemocráticos de 8/1. Em 12 casos, são réus que, mesmo tendo cometido crimes de menor gravidade, rejeitaram o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) proposto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para evitar a continuidade da ação penal. A decisão do Plenário foi tomada na sessão virtual encerrada na sexta-feira (25).
Segundo a denúncia oferecida pela PGR, os réus nas Ações Penais (APs) 1105, 1194, 121, 1228, 1296, 1314, 1359, 1473, 1550, 2085, 2087 e 2326 ficaram no acampamento montado no Quartel General do Exército, em Brasília, enquanto outro grupo se deslocou para a Praça dos Três Poderes e invadiu e depredou os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF. A PGR considera que, como os crimes têm origem em uma atuação coletiva (ação multitudinária), os acusados, mesmo não tendo participado de todas as fases, dividem uma parcela da responsabilidade.
Esses réus foram condenados a um ano de detenção, substituída por restrição de direitos, pelo crime de associação criminosa (artigo 288, caput, do Código Penal), e a uma multa de 10 salários mínimos por incitação ao crime (artigo 286, parágrafo único, do CP), por estimularem as Forças Armadas a tomar o poder sob a alegação de fraude eleitoral.
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
Servidor Público: valorização e reconhecimento de quem cuida do Brasil
Hoje, 28 de outubro, celebramos o Dia do Servidor Público, data que se apresenta como um convite à reflexão sobre o nosso papel na sustentação do Estado brasileiro e na materialização de políticas que afetam a vida de milhões de pessoas, famílias e comunidades. Longe de ser apenas uma celebração formal, esta data nos leva a discutir a importância de um compromisso permanente com a humanização e valorização de nossa categoria profissional, que, em nossas diversas funções, tornamo-nos agentes de transformação social.
Em tempos de incertezas e mudanças, nós, servidoras/es públicos representamos o núcleo vital dos serviços essenciais, especialmente em áreas fundamentais como a educação, a saúde, a segurança, a assistência social, só para falar de alguns. Nesse sentido, é crucial reconhecermos o nosso trabalho, mulheres servidoras, que em grande parte compõem a base dessas categorias, com uma presença marcante e historicamente resiliente. Mulheres que não apenas garantem o funcionamento do Estado, mas também trazem uma sensibilidade necessária para lidar com questões complexas e emergentes.
O desafio da docência no setor público: pilar da formação social
Entre os diversos segmentos, nós, professoras e professores, nos destacamos como um dos pilares da formação social e humana. Não apenas porque produzimos e traduzimos o conhecimento, mas também iluminamos consciências críticas, comprometidas com um futuro mais equitativo. Contudo, a precariedade estrutural que marca a educação, tanto em âmbitos municipais quanto estaduais e federais, impõe desafios diários que ainda comprometem a efetividade de nossa missão.
No Brasil, o corpo docente da rede pública de ensino é formado por cerca de 2,54 milhões de profissionais, conforme os dados mais recentes do Censo Escolar 2023, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Desse total, aproximadamente 1,5 milhão de professores atuam nas escolas municipais, que são responsáveis pela maior parte da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. As escolas estaduais contam com cerca de 940 mil docentes, principalmente nas etapas finais do ensino fundamental e no ensino médio. Já a rede federal, composta por universidades e institutos federais, emprega cerca de 100 mil docentes, segundo o Cadastro Docente do Ministério da Educação (MEC).
Esses profissionais estão presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros, desempenhando um papel fundamental na formação de cidadãos críticos e conscientes, desde os grandes centros urbanos até as áreas mais remotas. Valorizar esses professores, assegurando condições dignas de trabalho, remuneração justa, apoio psicológico e oportunidades de desenvolvimento, é essencial para promover uma educação de qualidade e construir um futuro mais justo e equitativo para o país.
A humanização da carreira no serviço público transcende o oferecimento de boas condições materiais. Ela abarca a necessidade de resgatar o valor humano nas relações de trabalho, onde o cuidado com a saúde mental, o respeito à diversidade e a equidade de gênero devem ser elementos centrais. Servidores públicos que atuam na linha de frente da saúde, como enfermeiros, médicos, técnicos e agentes comunitários, exemplificam essa dimensão, exercendo funções que exigem não apenas competência técnica, mas também uma empatia profunda com aqueles que atendem.
A valorização desses trabalhadores, especialmente as mulheres, também é uma questão de justiça social. Muitas vezes sobrecarregadas por jornadas duplas e expectativas sociais arraigadas, as servidoras enfrentam barreiras adicionais que precisam ser reconhecidas e superadas. Por isso, pensar na humanização implica também revisar políticas de apoio, ampliar espaços de escuta e promover mudanças estruturais.
Conquistas e perspectivas: caminhos para o futuro do serviço público
O fortalecimento do serviço público depende de um olhar atento aos desafios históricos que marcam a trajetória de seus profissionais. Houve avanços na defesa de direitos, como a criação de programas de capacitação e planos de carreira, mas é necessário vislumbrar novas formas de apoio que estejam em sintonia com as transformações da sociedade. As inovações tecnológicas, por exemplo, exigem novas competências e um investimento em letramento digital, essencial para que os profissionais possam se adaptar e continuar a oferecer um serviço de qualidade.
A valorização do servidor público não se restringe ao presente. Ela aponta para um projeto de futuro em que o serviço público se torne um ambiente mais inclusivo, solidário e inovador. Para isso, é fundamental uma articulação entre governos, sindicatos e sociedade civil, de modo a construir políticas que assegurem o reconhecimento e a dignidade desses trabalhadores, abrindo espaço para novos modelos de carreira que dialoguem com a complexidade contemporânea.
Neste Dia do Servidor Público, mais do que uma homenagem, devemos reafirmar um compromisso coletivo de reconhecimento genuíno e ações concretas que assegurem um ambiente de trabalho humanizado, justo e eficiente. Que os gestores e governantes compreendam que a excelência do Estado começa pela valorização de quem o compõe e o faz funcionar, todos os dias, por meio de sua dedicação.
Essa data não é apenas um marco para celebrações, mas um ponto de inflexão para repensar o serviço público, ampliando horizontes de conquistas e promovendo um futuro em que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas. É dessa forma que construiremos um Estado mais forte, justo e solidário, capaz de atender às demandas da população e de promover um futuro melhor para todos.
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Professora Fáima Sousa
Paraibana, mais de 44 anos dedicados a saúde e a gestão pública;
Professora e pesquisadora da Universidade de Brasília;
Enfermeira Sanitarista, Doutora em Ciências da Saúde, Mestre em Ciências Sociais;
Doutora Honoris Causa;
Implantou o ‘Saúde da Família’ no Brasil, depois do sucesso na Paraíba e em São Paulo capital;
Implantou os Agentes Comunitários de Saúde;
Dirigiu a Faculdade de Saúde da UnB: 5 cursos avaliados com nota máxima;
Lutou pela criação do SUS na constituinte de 1988;
Premiada pela Organização Panamericana de Saúde, pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
José Roberto Arruda (DEM-DF) recebendo dinheiro de Durval Barbosa
https://youtu.be/NAr7K0UM5Sk?si=Jrgr4WeamImEqAHX
Caixa de Pandora: Justiça do DF condena ex-Governador e mais quatro réus em esquema de propinas
Segunda, 28 de outubro de 2024
Do TJDFT
A 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal condenou o ex-Governador José Roberto Arruda, o ex-Secretário Durval Barbosa Rodrigues, o ex-Chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel, a empresária Nerci Soares Bussamra e a empresa UNI REPRO Serviços Tecnológicos EIRELI por atos de improbidade administrativa. A decisão está relacionada à Operação Caixa de Pandora que investigou esquema de propina em contratos de informática com o Governo do Distrito Federal. O ex-Vice-Governador Paulo Octávio e o diretor empresarial Marcelo Carvalho de Oliveira foram absolvidos por insuficiência de provas.
De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os réus participaram de um esquema de corrupção em que a empresa UNI REPRO pagava propinas a agentes públicos em troca de contratos governamentais. José Roberto Arruda teria liderado a organização criminosa com a colaboração dos outros réus. O esquema envolvia o desvio de recursos públicos e o pagamento de vantagens indevidas a servidores, o que causou prejuízos ao erário e violou princípios da administração pública.
O Juiz analisou as provas apresentadas, o que incluiu depoimentos, gravações de áudio e vídeo e documentos que comprovavam a participação dos réus no esquema de propina. "As gravações que captam as vozes e imagens dos mesmos são peças essenciais que levam a uma conexão absoluta entre a narrativa do MPDFT e a conduta ímproba daqueles réus", afirmou na sentença. As provas indicaram que os valores repassados pela UNI REPRO eram provenientes de contratos firmados com o governo e destinados ao pagamento de propinas aos agentes públicos.
Em relação a Paulo Octávio e Marcelo Carvalho de Oliveira, o Juiz entendeu que não havia evidências suficientes para condená-los. Apesar de seus nomes terem sido citados em conversas gravadas, "não há prova suficiente de que os réus receberam vantagens indevidas dos contratos de informática", destacou o magistrado, ao absolver os referidos réus por insuficiência de provas.
Os condenados foram sentenciados ao ressarcimento integral do dano ao erário, no valor de R$ 152.500,00, de forma solidária, além de multa civil no mesmo valor. José Roberto Arruda teve seus direitos políticos suspensos por 12 anos, enquanto José Geraldo Maciel e Nerci Soares Bussamra tiveram seus direitos políticos suspensos por 10 anos. Com exceção de Durval Barbosa Rodrigues, todos estão proibidos de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais pelo prazo de 10 anos. A empresa UNI REPRO foi condenada nas mesmas sanções financeiras e também está proibida de contratar com o poder público e receber benefícios fiscais por 10 anos.
Cabe recurso da decisão.
Acesse o PJe1 e confira o processo: 0048831-68.2014.8.07.0018 e 0048829-98.2014.8.07.0018
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Coluna Prestes, maior marcha militar do mundo, completa hoje (28/10)100 anos



domingo, 27 de outubro de 2024
ELEIÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA E O DIFÍCIL FUTURO DO BRASIL
ELEIÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA E O DIFÍCIL FUTURO DO BRASIL
A menos de dez dias da eleição para Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), as pesquisas de opinião dão rigoroso empate entre Kamala Harris, do Partido Democrático, e Donald Trump, do Partido Republicano.
Porém, não é o povo quem decide a eleição nos EUA. Desde 1787, uma constituição plutocrática impõe que não haja alteração do poder naquele País, que se declara democrático.
Um sistema descentralizado e desigual determina que alguns Estados escolham por delegação que serão os representantes e determinem o vencedor da disputa. Estes delegados são, exemplificando, com os números de votos: Califórnia (54), Texas (40), Flórida (30), Nova Iorque (28), Pensilvânia (19), Illinois (19), Ohio (17), Geórgia (16), Carolina do Norte (16), Michigan (15), Nova Jersey (14), Virgínia (13), Washington (12), Indiana (11), Tennessee (11), Arizona (11), Massachusetts (11), Maryland (10), Colorado (10), Minnesota (10) Missouri (10), Wisconsin (10), Alabama (9), Carolina do Sul (9), Louisiana (8), Oregon (8), Kentucky (8), Oklahoma (7), Connecticut (7), Arkansas (6), Mississipi (6), Utah (6), Nevada (6), Iowa (6), Kansas (6), Nebraska (5), Novo México (5), Maine (4), Rhode Island (4), Montana (4), Idaho (4), Hawaii (4), New Hampshire (4), Virgínia Ocidental (4), Dakota do Norte (3), Alaska (3), Delaware (3), Vermont (3), Wyoming (3) e o Distrito de Columbia (3).
Para que o presidente seja eleito, ele precisa vencer por maioria simples, ou seja, obter os votos de 271 delegados dos 538 existentes.
Na apuração dos votos, 48 dos 50 estados adotam a sistemática “winner takes all” (o vencedor leva tudo). Há somente duas exceções nessa metodologia, que são Nebraska e Maine, com cinco e quatro delegados, como se vê na relação anterior.
A quantidade de delegados depende da participação que cada estado tem no Congresso Nacional que, por sua vez, está diretamente relacionada à densidade populacional.
E, como a firmar a importância da riqueza, os recursos colocados pelos patrocinadores das campanhas em seus candidatos são divulgados como se fossem votos conquistados.
A campanha democrata, que começou com o presidente Joe Biden e seguiu com Kamala, arrecadou mais de um bilhão de dólares até 30 de setembro e já passou de 1,6 bilhão. Trump se aproxima da marca de um bilhão, segundo dados levantados pelo jornal The New York Times.
De certo modo, estes valores indicam também que a senhora Harris, cujo marido, o advogado Doug Emhoff, judeu, atua em escritório internacional, com filial no Brasil, e que tem como clientes, majoritariamente, investidores financeiros, não ser um mero acaso a existência de ligação dos democratas com as finanças neoliberais.
Isso, no entanto, não santifica Trump. Porém a mídia, majoritariamente em mãos de grupos financeiros, procuram dar à Kamala a imagem de pessoa equilibrada, confiante em si e no futuro do País, que não agiria por impulso, pelas pressões do momento. Ao contrário de Trump, agressivo, envolvido em tentativas de morte, com palavreado menos educado, ou seja, desbocado, e provocador.
No entanto, a situação do povo americano está tão ruim que pesquisas realizadas neste final de outubro/2024, preveem o clima de violência aumentando após a eleição.
De acordo com o Departamento de Serviços aos Desabrigados e de Administração de Recursos Humanos da cidade de Nova Iorque, a população de rua cresceu de setembro de 1983 dos 4.963 sem teto, para 60.252, em setembro de 2023.
Desde o fim da II Grande Guerra, as finanças colocaram como principal objetivo a tomada do poder do mundo capitalista, então amplamente triunfante do capital industrial. O período de 1945 a 1975 foi denominado pela Academia de Economia Política da França dos “trinta anos gloriosos”.
Muitos foram os movimentos que levaram, na década de 1980, a vitória das finanças e, desde então, o mundo conheceu a deseducação, o embrutecimento, e a corrupção, as farsas e engodos.
GOLPES E ANTIPATRIOTISMO: BRASIL PROIBIDO DE SER PAÍS DESENVOLVIMENTO
O tiro no peito de Getúlio Vargas retardou, mas não impediu que as forças do atraso, os brasileiros venais e acovardados, usassem de todos os meios para puxar o saco dos EUA, que criaram a Doutrina Monroe (dezembro de 1823) para não ter qualquer país desenvolvido ao sul do Rio Grande ou rio Bravo del Norte, como os chamam os mexicanos. E tiveram no México, na Venezuela, na Colômbia, no Peru, na Argentina, no Chile e no Brasil, verdadeiros inimigos da sua própria Pátria, para se opor aos projetos de desenvolvimento e melhor nível de vida, promovendo golpes de estado, para ajudar os estadunidenses.
Já no governo de Juscelino Kubitschek (JK), ao invés de desenvolver as ferrovias neste país continental, as fechou e as desmobilizou para impulsionar a indústria automobilística estrangeira, construindo rodovias e importando petróleo. Quando um presidente tentou um golpe, que não se sabe para onde levaria o Brasil, pelos seus antecedentes de corrupção, os maus brasileiros tentaram e conseguiram dar o golpe de estado, com apoio da igreja (o irlandês Padre Peyton) e de instituições estadunidenses, para impor a subserviência ao embaixador Lincoln Gordon e ao general Vernon Walters, futuro vice-diretor da Central Intelligence Agency (CIA), que passaram a dirigir o Brasil.
No entanto, ainda existiam os tenentistas, que lutaram ao lado de Vargas, em 1930 e 1932, que promoveram, em 1967, o golpe dentro do golpe, e conseguiram promover o desenvolvimento econômico e social até 1979. Feito que levou a novo golpe, na sucessão do presidente Ernesto Geisel.
É preciso conhecer bem esta década de 1970.
Em 1968, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 9,80%; em 1969, 9,50%; em 1970, 10,40%; em 1971, 11,34%; em 1972, 11,94%; em 1973, 13,97%; em 1974, 8,15%; em 1975, 5,17%; em 1976, 10,26%; em 1977, 4,93%; em 1978, 4,97% e, em 1979, 6,76%.
Em 1973, as finanças aproveitam a criação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em setembro de 1960, para lhes atribuir o aumento do preço do barril de petróleo, estável desde 1928, com a repartição do mundo pelas sete maiores empresas de petróleo, conhecido como o Acordo de Achnacarry (Royal Dutch Shell, Exxon, Texaco, Chevron, Mobil, Gulf e British Petroleum).
Houve também uma resposta dos países árabes ao apoio dos EUA a Israel, na guerra do Yom Kippur. No entanto, este aumento simplesmente trouxe para o barril de petróleo a correção do preço pelos 45 anos imobilizado.
Porém para o Brasil, que importava entre 800 mil barris/dia e um milhão b/d, foi um grande problema, principalmente na área dos créditos internacionais, que não só impulsionavam nosso grande desenvolvimento, como garantiam a importação do petróleo.
No campo psicossocial, surgia nos EUA, por volta de 1975, uma nova igreja que fortaleceria as finanças, a neopentecostal, e na mesma época, no Brasil, a Igreja Salão da Fé, que se transformaria em 1977 na Igreja Universal do Reino de Deus, com imensa arrecadação que era enviada para os EUA. Em 1980 aparecia outra neopentecostal, a Igreja Internacional da Graça de Deus, mostrando sua vinculação com as finanças estrangeiras.