Domingo, 3 de maio de 2012
 A greve das instituições federais de ensino já atinge 46 
universidades federais e mais dois institutos de ensino tecnológico, 
segundo levantamento do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
 de Ensino Superior (Andes).
A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de 
carreiras. O sindicato defende que o atual modelo não permite uma 
evolução satisfatória do professor ao longo da profissão. A greve já 
dura mais de 15 dias.
No ano passado, o governo fechou um acordo com a categoria. Ele 
previa a revisão do plano de carreiras para 2013, além de um aumento de 
4%, a partir de março, e a incorporação de gratificações. Os dois 
últimos pontos já foram concedidos, mas o novo plano continua pendente.
Na última semana, o comando de greve tinha uma reunião de negociação
 marcada no Ministério do Planejamento, mas o encontro foi adiado pelo 
próprio governo. O sindicato diz que não recebeu nenhuma justificativa 
para o cancelamento da reunião. O ministério informou, por meio da 
assessoria de imprensa, que o encontro foi apenas adiado por razões de 
"agenda" e será remarcado.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez um apelo para que os
 professores retomem suas atividades e justificou o atraso nas 
negociações por causa da morte, em janeiro, do secretário executivo do 
Ministério do Planejamento, Duvanier Costa, que era responsável pela 
negociação salarial de todo o serviço público federal.
Da Agência Brasil — Roberta Lopes, repórter