Terça, 3 de julho de 2012
Carlos Newton, da Tribuna da Internet
Os sites dos jornais publicam que a polícia francesa revistou nesta
terça-feira, a residência e dois escritórios políticos do ex-presidente
Nicolas Sarkozy em busca de provas no processo movido contra ele sobre
financiamento ilegal da campanha presidencial de 2007.
De acordo com a agência Associated Press, o juiz Jean-Michel Gentil e
investigadores da unidade de crimes financeiros de Paris fizeram as
buscas. A AP disse que a fonte deu as informações sob condição de
manter-se em anonimato, por não estar autorizada a revelar informações
sobre a investigação.
A reportagem mostra que o processo contra Sarkozy se concentra na
alegação de que a herdeira da fábrica de cosméticos L’Oreal, Lilliane
Bettencourt, teria fornecido dinheiro ilegalmente para a campanha do
ex-presidente. Lilliane é a mulher mais rica da França.
Um contador da bilionária disse em 2010 que ela deu 50 mil euros em
dinheiro para o tesoureiro de campanha do ex-presidente em 2007,
montante muito além do limite legal para doações individuais, que é de
4,6 mil euros.
Um livro lançado no ano passado sugere que o próprio Sarkozy recebeu
dinheiro de campanha não declarado, afirmação também negada pelo
ex-presidente.
Sarkozy, que deixou o cargo em maio após perder as eleições para
Francois Hollande, nega as acusações. O ex-presidente se tornou alvo
potencial de problemas legais desde que deixou a presidência. Ele perdeu
a imunidade conferida pelo cargo em 15 de junho.
O caso também despertou o debate sobre a liberdade de imprensa. O
jornal Le Monde abriu um processo acusando o escritório de Sarkozy de
usar serviços de contrainteligência para identificar uma fonte que
estava vazando informações sobre a investigação. O escritório de Sarkozy
disse que nunca deu tais instruções a qualquer agência de inteligência.
Enquanto isso, no Brasil…