quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Psol pedirá ao STF anulação da Reforma da Previdência‏ do governo Lula

Quarta, 3 de outubro de 2012

Em 2003, trabalhadores se mobilizaram para evitar a aprovação da PEC 40 que retirou direitos previdenciários. Votação pode ter sido viciada pelo esquema do Mensalão. Foto: Roberto Barroso/Radiobrás.

Já que o Supremo entende que parlamentares foram comprados para votar favoravelmente aos projetos do governo Lula, dos quais se destaca a Reforma da Previdência Social, o PSOL decidiu entrar com ADIn no mesmo STF, pedindo anulação da Reforma da Previdência, por considerar viciada a votação. Para o partido, confirmação da compra de votos no julgamento do mensalão gera inconstitucionalidade da Reforma pela contaminação do processo legislativo. Ação deve ser protocolada após a publicação do acórdão da AP 470.

O PSOL – Partido Socialismo e Liberdade deve entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação da votação da Reforma da Previdência aprovada durante o governo Lula. A decisão foi tomada pela direção do partido na quarta-feira (3) com base nos votos dos ministros no julgamento do mensalão apontando a compra de votos no Congresso para apoio a projetos do governo Lula.

Segundo a assessoria jurídica do PSOL, se confirmada a tendência manifestada pelos ministros, o processo legislativo que aprovou a Reforma da Previdência estará contaminado, gerando uma inconstitucionalidade formal na lei. Haveria um vício de legitimidade e uma série de afrontas constitucionais ao processo legislativo.

O partido esperará a publicação do acórdão da AP 470 e a confirmação da posição da maioria dos ministros para formalizar a ADIn.

“O PSOL nasceu da luta contra a Reforma na Previdência, um dos maiores ataques do governo Lula aos direitos dos trabalhadores. Diante da confirmação de que esta votação foi contaminada e violou os princípios do processo legislativo, não podemos silenciar e admitir que tudo continue como está”, afirmou o deputado federal Ivan Valente, presidente nacional do PSOL. “Essa e outras leis que foram aprovadas em votações apertadas e que tiveram consequências significativas para o país e para os direitos dos trabalhadores podem e devem ser questionadas”, concluiu.