Terça, 18 de março de 2014
              Da Agência Brasil
                    — Edição: Graça Adjuto
Com informações da Agência Lusa 
          
As mulheres têm maior 
probabilidade de não resistir a um enfarte do miocárdio do que os 
homens, devido a erros de diagnóstico que atribuem os sintomas a crises 
de ansiedade, mostra um estudo canadense.
Os investigadores da Universidade McGill, de Montreal, tentaram 
compreender o que justificava a grande diferença na taxa de mortalidade 
entre homens e mulheres vítimas de enfarte, em estudo divulgado na 
semana passada.
Foram ouvidos 1.123 pacientes com idade entre 18 e 55 anos, 
hospitalizados em 24 estabelecimentos de saúde do país, mas também em um
 hospital americano e outro suíço.
Os pacientes, todos diagnosticados com síndrome coronária aguda, 
responderam às perguntas dos investigadores nas 24 horas após a 
internação.
As mulheres ouvidas tinham rendimentos menores do que os dos homens 
que participaram do estudo. Apresentavam também maiores riscos de 
diabetes e de hipertensão arterial, tinham um histórico familiar de 
doenças cardíacas e estavam ainda mais sujeitas à depressão e ansiedade.
Os pesquisadores, que tiveram as suas conclusões publicadas no Jornal
 da Associação Médica do Canadá, constataram que, em média, se recorre 
mais frequentemente a eletrocardiogramas e desfibriladores no tratamento
 dos homens do que no das mulheres.
A diferença de tratamento foi explicada pelo fato de que os pacientes
 que procuram as urgências por dores torácicas de origem não cardíaca 
são, em sua maioria, mulheres.
Da mesma forma, “a prevalência da síndrome coronária aguda é menor 
nas jovens mulheres do que nos homens mais novos”, informou a 
pesquisadora principal do trabalho, Louise Pilote.