Segunda, 12 de agosto de 2019
Por
Helio Fernandes*
Demorou muito, como é que foi sendo promovida até chegar a essa alta posição? Agora foi justiçada na própria "casa", o tribunal. Pelos crimes que cometeu e pelos quais virou ré, não tem condições de julgar alguém. Um cidadão condenado por essa desembargadora, têm todo o direito de ficar em liberdade e recorrer automaticamente para instâncias superiores.
Vai responder perante a Justiça, por um crime verbal hediondo. Assim que a brava e respeitada lutadora, vereadora Marielle foi assassinada covardemente por contrariar interesses de poderosos, a desembargadora caluniadora entrou em cena. E no próprio tribunal acusou a vereadora já morta, "de ter ligações com bandidos". Só foi enquadrada como ré, agora 15 meses depois.
PS- Mestra da calúnia exibicionista já podia ter sido responsabilizada e afastada de julgamentos.
PS2- Atacou violentamente o então deputado Jean Willis, que não tinha condições de viver no Brasil, ameaçado de morte. Ia renunciar, (renunciou) para ensinar numa universidade famosa. A desembargadora, publicamente, "fez a apologia da sua morte".
PS3- Sem limites para o desrespeito e a calúnia, fez comentários inadequados sobre uma professora, atingida pelo Mal de Down. Nesse caso acumula a calúnia, o desequilíbrio, a desumanidade, a crueldade.
PS4- E aumenta a responsabilidade dos que vão julgá-la
CONGRESSO: INÉDITO, SURPREENDENTE, POSITIVO
Cesar Maia, presidente da Câmara, David Alcolumbre do senado, se unem numa entrevista histórica, para defender e consolidar seu Poder constitucional.
Gostando ou não gostando deles é um avanço político que ninguém esperava.
O presidente do senado é do Amapá, um ex-território que a Constituição "cidadã" de 1988, transformou em estado. Antes só era citado pela corrupção.
E mais grave ainda: a maior concentração do riquíssimo manganês, deixou que "empresários" dos EUA roubassem toda essa riqueza.
(Durante anos na Tribuna da Imprensa, denunciei tudo. Alcolumbre nem era nascido. Surgiu do nada, se elegeu senador. Com a derrocada de Renan Calheiros, assumiu a presidência. Articulado, compenetrado, se destacou, está nas manchetes e no primeiro time do comando político-eleitoral-democrático.
Teve a sensibilidade, o espírito público, a credibilidade, de fazer união com o presidente da Câmara, (a maior revelação da coordenação e liderança da Política, Rodrigo Maia).
O grande personagem dessa reviravolta da recuperação parlamentar, que pode se transformar numa epopéia democrática, é um deputado que está no sexto mandato. Nos 4 primeiros, inteiramente desconhecido, 16 anos de fundo de plenário.
Só uma referencia negativa: era filho de César Maia, não acrescentava nada. O pai era um político municipal, apenas prefeito. Terminados os mandatos, tentou ser senador, depois governador. Derrotado, se contentou em ser vereador.
Já o filho assumiu o quinto mandato, com a obsessão de recuperar o tempo perdido. (logicamente nada a ver com Marcel Prust). Foi uma ascensão fulgurante e retumbante. Dominou o plenário, foi eleito presidente da "casa", passou a ser o grande nome, citado e respeitado. Exerceu o cargo com autoridade mas sem hostilidade.
Como não havia vice, assumia nos impedimentos do presidente. Era interino, mas ajudou a projetá-lo para o sexto mandato. Novamente presidente da Câmara, exerce o cargo com honras e glórias. Briga, responde e rompe até com o próprio presidente da República.
Presidente da Câmara com 334 votos, transferiu praticamente todos para a aprovação da tumultuada e execrada reforma da Previdência.
Com tanto Poder e prestigio coordenou (o seu forte a partir do quinto mandato) a inédita entrevista dos dois presidentes parlamentares. Antes nem se falavam, ontem conversaram juntos e agradavelmente. Mas Rodrigo Maia tem projetos e ideias mais positivas e construtivas.
PS- Exemplo: intensificar o número de reuniões do Congresso, juntando deputados e senadores.
PS2- Como seu mandato de presidente termina em 31 de dezembro de 2020, tem pelo menos 16 meses á disposição.
A JUSTIÇA MANDA INTERDITAR
A PENITENCIARIA NELSON HUNGRIA
Grande juiz, notável e irrepreensível ministro do STF vítima dessa mania de identificar penitenciarias com nomes de personalidades. Ele seria glorificado pela própria carreira. E pelo voto magistral, impedindo que o vice Café filho, assumisse o Poder, chamou-o de aventureiro, "com ele presidente, o país não terá tranquilidade". Assumiu o primeiro da hierarquia, Nereu Ramos.
O extraordinário criminalista, Evaristinho de Moraes, morto muito jovem, pediu á mulher e aos filhos: "Não deixem que coloquem meu nome numa penitenciaria". Não colocaram. Em SP tem uma penitenciaria, "Presidente Prudente". Sempre lembrado como primeiro presidente civil da Republica".
MORREU A NOTÁVEL TONI MORRISSON
Ganhou o Nobel de Literatura, apesar de ser negra. Unanimidade entre os julgadores da Academia da Suécia, críticos do mundo inteiro, leitores de pelo menos 153 países, nos quais foi distribuído. Seus livros são admiráveis e admirados.
Mas sem desmerecer os outros, é impossível deixar de reconhecer: "Amada" é um hino á palavra escrita, foi pensado e transformado em livro, acreditando na eternidade.Já fiz a experiência, é fascinante e aconchegante. Depois de acabar a leitura, alguns dias passados, abra o livro numa pagina qualquer, releia pelo menos 5 vezes, se satisfaça com o prazer renovado e exaltado. Constate
EIKE BATISTA: TRÊS PRISÕES, TRÊS HABEAS CORPUS
Assim que foi preso essa vez, recebi montanhas de mensagens. Todas no mesmo tom, estilo e duvida: quem vai solta-lo, o ministro do STF que o libertou duas vezes está publicamente sob suspeita. Nenhum problema, Eike já devia estar na cadeia ha 20 anos.
Nas outras duas vezes não completou 72 horas na prisão. O fato se repetiu. Apareceu uma desembargadora federal do Rio,(Simone Schreiber, plantonista) com um HC estapafúrdio, estranho, mal fundamentado, mas que cumpriu o objetivo: devolver Eike á sua quilométrica e bela mansão de uma rua fechada e sem saída.
A desembargadora teve a audácia de citar nominalmente o ministro Gilmar Mendes na libertação de Eike em 2017, o segundo HC. A argumentação (?) da desembargadora, é falha, esfarrapada, comprometida e comprometedora. Dá vergonha, repetir que o juiz Bretas mandou prender Eike, "viola o devido processo legal". Ela não cita Bretas, mas garante: "O objetivo era submeter o suspeito a interrogatório ilegal".
PS- O Eike libertado, está condenado a 30 anos por corrupção e lavagem de dinheiro.
PS2- Foi preso agora por operações de Bolsa, com lucros espantosos e ilegais.
PS3- Por esses crimes financeiros, teve bloqueados mais de 1 bilhão em nome dele e dos filhos.
PS4- Como a desembargadora não tocou no assunto o desbloqueio é automático?
O VAR NÃO PODE SER UM RETROCESSO
Mas também não está sendo um avanço, apesar de representar a tecnologia.
Dois itens sofrem muitas criticas.1- A consulta do juiz de campo, interrompe o jogo, a resposta é muito demorada.
2- Está havendo excesso de penaltis, jogos com 3, é muito. Antes do VAR, semanas e mais semanas sem nenhum.
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*Fonte: Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa. Matéria pode ser republicada com citaço do autor.