domingo, 14 de setembro de 2025
Morre o “bruxo” da música brasileira: artistas e famosos homenageiam Hermeto Pascoal
Em defesa do golpe —Audiência Pública na Câmara do DF relativiza crimes do 8 de janeiro e ataca STF em nome da ‘fé e família’
sábado, 13 de setembro de 2025
Devastação —Dossiê denuncia ecogenocídio no Cerrado com conivência do Estado e avanço do agronegócio; bioma já perdeu mais de 100 milhões de hectares
Truculência —Professora é presa após gravar abordagem policial em colégio no DF
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Voto de Fux foi ‘premeditado e incendiário’, diz procurador; líder do MST vê anistia ‘inviável’
Os três grandes motores da insegurança alimentar
Por Ricardo Abramovay Publicado 11/09/2025
A COP30 é uma excelente oportunidade para que se redefina a segurança alimentar, até aqui sistematicamente associada a produzir cada vez mais. No entanto, as conquistas científicas e os dispositivos tecnológicos, que foram fundamentais para o aumento das safras e a drástica redução da fome na segunda metade do século XX, se converteram hoje na mais importante ameaça à segurança alimentar global. O que nos ameaça não é mais a escassez. É o excesso.
O sistema agroalimentar global é marcado por uma tríplice separação: a agricultura separou-se da biodiversidade; as factory farmings separaram os animais de criação das fontes de sua alimentação e a alimentação se separou da saúde. Esta tríplice separação se exprime, por sua vez, numa tríplice monotonia.
A primeira monotonia é a da agricultura. A humanidade conhece mais de sete mil produtos comestíveis, dos quais quatrocentos são cultiváveis. No entanto, 75% de nossa alimentação vem de apenas seis produtos: soja, milho, trigo, cana-de-açúcar, arroz e batata. E estes produtos são obtidos com base em técnicas que transformaram microorganismos, insetos, fungos e, de forma geral, a biodiversidade em inimigos a serem eliminados por meio de técnicas que fazem do combate à vida a base do aumento da produtividade. Esta é a dupla face da monotonia agrícola e do excesso que a caracteriza: ela se revela nos produtos e nas técnicas para obtê-los.
Um julgamento histórico e o labirinto das circunstâncias
Roberto Amaral *
Mas isto ainda não é tudo. O julgamento é também relevante pelo que encerra como defesa do sistema democrático-representativo, reacendendo brios esquecidos. Pode mesmo indicar o ponto de partida da recuperação do poder civil, tão aviltado pela preeminência da vontade da caserna, expressa nos tantos putsches, golpes de Estado e ditaduras que promoveu.
Trata-se, pois, de julgamento merecedor do adjetivo de histórico e, fora de dúvida, já pode ser considerado como o mais significativo da vida republicana do STF. É, portanto, um fato novo, tanto quanto alvissareiro, pelo que promete. Mas não se completa em si mesmo, e este é o desafio que desponta, porque não é pequeno nem ameno o caminho a percorrer.
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Culpado por golpe —Com voto de Zanin, Bolsonaro é condenado por 4 x 1
'Bolsonaro foi o principal articulador e maior beneficiário dos atos executórios', declarou o ministro
Ministro Cristiano Zanin foi o última a votar e forma maioria para condenação de Bolsonaro e outros sete réus - Gustavo Moreno/SCO/STF11.set.2025 às 18h29
Brasília (DF)
Luiza Melo
Após o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais réus na tentativa de golpe de Estado, fixou no placar quatro votos favoráveis e um contrário. O magistrado foi o quinto e último da Primeira Turma a votar nesta quinta-feira (11).
“Os acusados objetivavam romper com o Estado democrático de direito, valendo-se deliberadamente e da concertação expressa a um desejado uso das Forças Armadas”, afirmou.
Seguindo os seus pares, assim como Moraes e Cármen Lúcia, o magistrado avaliou que Bolsonaro era o líder da organização criminosa: “Foi ele [Bolsonaro] o principal articulador e maior beneficiário dos atos executórios voltados à tentativa de ruptura do Estado democrático de direito, tendo atuado para instrumentalizar a presidência da República, a fim de seminar narrativas falsas sobre o sistema eleitoral num primeiro momento e depois para optar o apoio das Forças Armadas a fim de promover um golpe de estado.”
Segundo Zanin, o ex-presidente incitou publicamente a população a agir contra as instituições constituídas da República.
Após a conclusão dos votos, os ministros irão fixar a dosimetria da pena na sexta-feira (12). O tempo de pena será analisado de forma individualizada, aplicando agravante de acordo com o nível de participação de cada indivíduo nas ações criminosas.
O julgamento é inédito na história do Brasil. É a primeira vez que um ex-chefe do Executivo e militares de alta patente sentaram nos bancos dos réus por tentativa de golpe de Estado.
Maioria formada
A maioria pela condenação foi formada com o voto da ministra Cármen Lúcia, no início da tarde desta quinta-feira. Em seu voto, a magistrada afirmou que “Jair Messias Bolsonaro praticou os crimes que são imputados a ele na condição de líder da organização criminosa. Ele não foi tragado para o cenário das insurgências. Ele é o causador, ele é o líder de uma organização que promovia todas as formas de articulação alinhada para que se chegasse ao objetivo da manutenção ou tomada do poder”.
Foram condenados os réus: Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; o ex-presidente Jair Bolsonaro; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil; e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Voto divergente
Apesar de a maioria do colegiado ter votado a favor da condenação dos réus, houve divergência no entendimento do ministro Luiz Fux. Para ele, a Suprema Corte era incompetente para julgar o caso, tese também sustentada pelas defesas dos acusados.
Em um voto que durou 14 horas, o magistrado defendeu a tramitação do processo na primeira instância, já que os réus perderam os seus cargos e, por isso, não poderiam ser julgados como se tivessem foro privilegiado.
“Concluo, assim, pela incompetência absoluta do Supremo Tribunal Federal para o julgamento deste processo, na medida em que os denunciados já haviam perdido os seus cargos. E, como é sabido, em virtude da incompetência absoluta para o julgamento, impõe-se a declaração de nulidade de todos os atos decisórios praticados. De sorte, senhor presidente, que a minha primeira preliminar anula o processo por incompetência absoluta”, disse.
O voto gerou reações diversas, inclusive para o plenário. Por um lado, Fux votou a favor da condenação do delator Mauro Cid e do ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto e julgou inocente o ex-presidente Jair Bolsonaro.
CULPADO —Voto de Cármen Lúcia decreta condenação de Jair Bolsonaro por liderar trama golpista
Pela 1ª vez na história do Brasil, militares de alta patente são responsabilizados por atentarem contra a democracia
11.set.2025 às 16h01
Pouco depois das 15h desta quinta-feira (11), o voto da ministra Cármen Lúcia formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus pela trama golpista. Em seu voto, a ministra afirmou que “Jair Messias Bolsonaro praticou os crimes que são imputados a ele na condição de líder da organização criminosa. Ele não foi tragado para o cenário das insurgências. Ele é o causador, ele é o líder de uma organização que promovia todas as formas de articulação alinhada para que se chegasse ao objetivo da manutenção ou tomada do poder”.
E continuou: “há prova cabal que o grupo liderado por Jair Messias Bolsonaro e composto por figuras-chave do governo desenvolveu e implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022, minar o livre exercício dos demais Poderes constitucionais, especialmente do Poder Judiciário.”
Live nesta quinta-feira (11/setembro): O Sistema da Dívida e a insuficiência de recursos para Direitos Sociais como Saúde e Educação





quarta-feira, 10 de setembro de 2025
TJDFT confirma condenação por erro médico em diagnóstico de AVC
A 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) confirmou a condenação da Neurofis Serviços Médicos Ltda. e de um médico por erro relacionado ao diagnóstico inadequado de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A clínica e o profissional devem pagar R$ 30 mil por danos morais e R$ 16.800,00 por danos materiais ao paciente.
O paciente procurou atendimento na clínica em setembro de 2020 com queixas de cefaleia e dores de cabeça intensas, apresentou exame de ressonância magnética do crânio que indicava "pequenas sequelas de eventos de natureza vascular presumível". O médico responsável diagnosticou o quadro como ansiedade e prescreveu tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), composto por 30 sessões diárias. O tratamento custou R$ 16.800,00 ao paciente.
MPDFT inicia projeto inédito com internas da Penitenciária Feminina
Quarta, 10 de setembro de 2025
“Cada uma de nós compõe a sua história. E cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.” O verso da canção Tocando em Frente, entoado no encerramento da primeira atividade, sintetizou o propósito do projeto (Re)Escrevendo Vidas: Vozes Femininas no Cárcere, lançado nesta terça-feira, 9 de setembro, na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF).
A iniciativa, conduzida pelo Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) em parceria com a PFDF e o Centro Educacional (CED) 1, busca oferecer às internas oficinas de escrita e memória autobiográfica. O objetivo é criar um espaço de escuta qualificada e reflexão, fortalecendo autoestima e vínculos sociais, além de garantir visibilidade às narrativas femininas produzidas no ambiente prisional.
Durante o encontro inaugural, a equipe apresentou a proposta, os livros que servirão de inspiração e as etapas previstas até a conclusão do projeto, quando será lançada uma coletânea de textos produzidos pelas participantes, em formato digital e impresso. Entre as obras trabalhadas estão “Em busca de mim” (Viola Davis), “A sapatilha que mudou meu mundo” (Ingrid Silva) e “Quarto de despejo” (Carolina Maria de Jesus). Os encontros ocorrerão semanalmente ao longo dos meses de setembro e outubro.
terça-feira, 9 de setembro de 2025
Brasiliense lidera nova flotilha que busca romper o cerco israelense à Palestina
Por Chico Sant’Anna
Brasília dista 10.500 quilômetros da Faixa de Gaza, mas a distância não fragilizou a solidariedade brasileira para com os palestinos, que vivenciam um verdadeiro genocídio e correm o risco de serem mais uma vez expulsos de suas terras. A Flotilha Global Sumud, formada por vinte embarcações já navega rumo ao Oriente Médio.
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
🌎📖 Conheça “Raoni – Memórias do Cacique”, lançamento histórico
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Queremos a independência do Brasil
Segunda, 8 de setembro de 2025
Pedro Pinho*
O que ocorreu em 7 de setembro de 1822 foi mais um assalto, dos inúmeros que se fizeram às riquezas naturais, ao território sul-americano denominado hoje Brasil.