Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 14 de setembro de 2025

Morre o “bruxo” da música brasileira: artistas e famosos homenageiam Hermeto Pascoal

Domingo, 14 de setembro de 2025

"Quem desejar homenageá-lo, deixe soar uma nota no instrumento, na voz, na chaleira e ofereça ao universo", diz família

Brasil de Fato — São Paulo (SP)
14.set.2025

Morreu na noite deste sábado (13), Hermeto Pascoal, ícone da música brasileira, aos 89 anos. O anúncio foi feito pela família do artista pelas redes sociais. O músico estava internado no hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.

“Com serenidade e amor, comunicamos que Hermeto Pascoal fez sua passagem para o plano espiritual, cercado pela família e por companheiros de música”, disse a família.

“No exato momento da passagem, seu Grupo estava no palco, como ele gostaria: fazendo som e música. Como ele sempre nos ensinou, não deixemos a tristeza tomar conta: escutemos o vento, o canto dos pássaros, o copo d’água, a cachoeira, a música universal segue viva… Quem desejar homenageá-lo, deixe soar uma nota no instrumento, na voz, na chaleira e ofereça ao universo. É assim que ele gostaria. Gratidão por todo carinho ao longo do caminho”, completou o comunicado. A causa da morte não foi informada.

Em defesa do golpe —Audiência Pública na Câmara do DF relativiza crimes do 8 de janeiro e ataca STF em nome da ‘fé e família’

Domingo, 14 de setembro de 2025

Evento foi realizado nesta quinta (11); defensora pública disse que país vive "tirania judicial"


Brasil de Fato — Brasília (DF)

Em meio ao julgamento histórico que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados por tentativa de golpe, o deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) transformou a Câmara Legislativa do DF em palco de defesa dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A audiência pública desta quinta-feira (11) teve como pauta a anistia dos condenados — proposta que contraria frontalmente a Constituição e tenta reescrever os crimes cometidos contra o Estado Democrático de Direito.

Atualmente, 141 pessoas seguem presas pelos atos golpistas. O STF já responsabilizou 1.190 réus, dos quais 638 foram condenados por crimes graves, como tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Mas para Manzoni e seus aliados, trata-se apenas de “vingança da esquerda”.

Durante três horas, o parlamentar e seus convidados recorreram ao velho repertório da extrema direita: relativizar crimes, vitimizar golpistas e atacar o sistema de Justiça. A sessão foi marcada por contradições. De um lado, o deputado repete que o STF é “ilegal” e age por “vingança”; de outro, usa versículos bíblicos e discursos sobre liberdade para defender quem tentou justamente suprimir a democracia.

sábado, 13 de setembro de 2025

Devastação —Dossiê denuncia ecogenocídio no Cerrado com conivência do Estado e avanço do agronegócio; bioma já perdeu mais de 100 milhões de hectares

Sábado, 13 de setembro de 2025

Documento foi apresentado neste sábado (13) no encerramento do 11ª Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, em Brasília.



Lançado neste sábado (13), durante a programação do 11º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, o dossiê Terra e Território no Cerrado denuncia o ecogenocídio no bioma. O documento revela não apenas a devastação ambiental causada pelo agronegócio e pelo desmatamento, mas também a ameaça ao modo de viver e à cultura dos povos cerratenses, como comunidades tradicionais indígenas, quilombolas, ribeirinhas e camponesas.

O dossiê de 155 páginas, produzido pela Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, reúne indicadores de duas décadas, entre os anos 2000 e 2021. Os dados apresentados apontam que a área desmatada no bioma cresceu 40%, com uma média de 1,45 milhão de hectares perdidos por ano. Em 2000, foram registrados 71,8 milhões de hectares desmatados; já em 2021, esse número chegou a 100,77 milhões de hectares.

Truculência —Professora é presa após gravar abordagem policial em colégio no DF

Sábado, 13 de setembro de 2025

Sindicato, Secretaria de Educação e deputado distrital repudiaram a ação


Brasil de Fato — Brasília (DF)
Postado originalmente o BdF às 18h07 de 12 de setembro de 2025


Na última quarta-feira (10), uma professora que participava de uma feira de ciências no Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião, popularmente conhecido como Centrão, foi detida após filmar jovens sendo abordados por policiais militares nas dependências externas da escola.

Segundo a Polícia Militar (PM), a abordagem teve início quando se depararam com um grupo de estudantes do lado de fora do colégio com “atitudes suspeitas”. Um deles portava uma faca e estava sem uniforme escolar. Ao se deparar com alunos sendo revistados pelos policiais no muro da escola com armas em punho, a docente que leciona em outra instituição, iniciou a filmagem pelo celular como tentativa de resguardar os adolescentes e crianças que estavam próximos ao local.

Logo após, a professora encerrou a gravação e entrou no colégio. Pouco tempo depois, um dos policiais entrou na unidade escolar em busca dela. O agente segurou a educadora pelo braço e decretou voz de prisão por desacato. Em seguida, a docente foi levada à delegacia.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Voto de Fux foi ‘premeditado e incendiário’, diz procurador; líder do MST vê anistia ‘inviável’

Sexta, 12 de setembro de 2025

Jurista chama peça de “atrocidade jurídica” e liderança do MST afirma que burguesia “já abandonou a extrema direita”

Play
42:10

Brasil de Fato

O ex-procurador de Justiça Roberto Tardelli e o economista João Pedro Stedile, liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), avaliaram no podcast Três por Quatro, da Rádio Brasil de Fato, o voto do ministro Luiz Fux no julgamento da tentativa de golpe. Tardelli classificou a manifestação, que foi a única a favor da absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como tecnicamente falha e politicamente incendiária, enquanto Stedile disse não ver um ambiente para a aprovação da anistia no Congresso.

Para Tardelli, a guinada de Fux destoa de sua trajetória no Supremo Tribunal Federal (STF). “Ele era um talvez o mais punitivista dos ministros do Supremo. (…) Este homem ontem acordou abolicionista”, compara. O jurista apontou erros conceituais. “Quando ele diz que não há indício, não há uma tentativa, ele comete um erro conceitual de direito. (…) Há o crime de empreitada, em que o crime em si já é a conspiração. Não há tentativa de conspiração, a conspiração é o crime. (…) Ele comete uma atrocidade jurídica”, pontua.

Ele também criticou a mudança de posição de Fux ao votar pela incompetência do Supremo para julgar o caso da tentativa de golpe de Estado. “Na questão da incompetência do Supremo, ele votou pela competência suprema quando do recebimento da denúncia. […] Em bom ‘juridiquês’, nós chamamos isso de preclusão prejudicada”, fala.

Os três grandes motores da insegurança alimentar

Sexta, 12 de setembro de 2025

Não é a escassez o maior problema, mas uma tríplice monotonia. O Agronegócio impõe alimentação pouco diversa, a pecuária predatória espalha doenças e a oferta de ultraprocessados só cresce. Mas na América Latina despontam os bioinsumos


OutrasPalavras         Terra e Antropoceno
Por Ricardo Abramovay              Publicado 11/09/2025


Foto: Iepec

A COP30 é uma excelente oportunidade para que se redefina a segurança alimentar, até aqui sistematicamente associada a produzir cada vez mais. No entanto, as conquistas científicas e os dispositivos tecnológicos, que foram fundamentais para o aumento das safras e a drástica redução da fome na segunda metade do século XX, se converteram hoje na mais importante ameaça à segurança alimentar global. O que nos ameaça não é mais a escassez. É o excesso.

O sistema agroalimentar global é marcado por uma tríplice separação: a agricultura separou-se da biodiversidade; as factory farmings separaram os animais de criação das fontes de sua alimentação e a alimentação se separou da saúde. Esta tríplice separação se exprime, por sua vez, numa tríplice monotonia.

A primeira monotonia é a da agricultura. A humanidade conhece mais de sete mil produtos comestíveis, dos quais quatrocentos são cultiváveis. No entanto, 75% de nossa alimentação vem de apenas seis produtos: soja, milho, trigo, cana-de-açúcar, arroz e batata. E estes produtos são obtidos com base em técnicas que transformaram microorganismos, insetos, fungos e, de forma geral, a biodiversidade em inimigos a serem eliminados por meio de técnicas que fazem do combate à vida a base do aumento da produtividade. Esta é a dupla face da monotonia agrícola e do excesso que a caracteriza: ela se revela nos produtos e nas técnicas para obtê-los.

Um julgamento histórico e o labirinto das circunstâncias

Sexta,  12 de setembro de 2025

Um julgamento histórico e o labirinto das circunstâncias
 

Roberto Amaral *
 
É de relevância insofismável o julgamento que se desenrola no STF; relevância intrínseca ao fato, mas certamente ainda maior em face da carga simbólica representada pelo banco dos réus, onde se sentam, pela primeira vez em nossa história (e isto não é pouco), um ex-presidente da República e uma choldra de generais golpistas a ele associados na tentativa de, mais uma vez em nossa história, violentar o processo eleitoral decidido pela soberania popular. E, como de regra, para fazer regredir o processo social e impor o Estado de exceção, que sempre transita do autoritarismo larvar para a ditadura.
 
Mas isto ainda não é tudo. O julgamento é também relevante pelo que encerra como defesa do sistema democrático-representativo, reacendendo brios esquecidos. Pode mesmo indicar o ponto de partida da recuperação do poder civil, tão aviltado pela preeminência da vontade da caserna, expressa nos tantos putsches, golpes de Estado e ditaduras que promoveu.
 
Trata-se, pois, de julgamento merecedor do adjetivo de histórico e, fora de dúvida, já pode ser considerado como o mais significativo da vida republicana do STF. É, portanto, um fato novo, tanto quanto alvissareiro, pelo que promete. Mas não se completa em si mesmo, e este é o desafio que desponta, porque não é pequeno nem ameno o caminho a percorrer.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Culpado por golpe —Com voto de Zanin, Bolsonaro é condenado por 4 x 1

Quinta, 11 de setembro de 2025

'Bolsonaro foi o principal articulador e maior beneficiário dos atos executórios', declarou o ministro

Ministro Cristiano Zanin foi o última a votar e forma maioria para condenação de Bolsonaro e outros sete réus - Gustavo Moreno/SCO/STF

Brasil de Fato
11.set.2025 às 18h29
Brasília (DF)
Luiza Melo

Após o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais réus na tentativa de golpe de Estado, fixou no placar quatro votos favoráveis e um contrário. O magistrado foi o quinto e último da Primeira Turma a votar nesta quinta-feira (11).

“Os acusados objetivavam romper com o Estado democrático de direito, valendo-se deliberadamente e da concertação expressa a um desejado uso das Forças Armadas”, afirmou.

Seguindo os seus pares, assim como Moraes e Cármen Lúcia, o magistrado avaliou que Bolsonaro era o líder da organização criminosa: “Foi ele [Bolsonaro] o principal articulador e maior beneficiário dos atos executórios voltados à tentativa de ruptura do Estado democrático de direito, tendo atuado para instrumentalizar a presidência da República, a fim de seminar narrativas falsas sobre o sistema eleitoral num primeiro momento e depois para optar o apoio das Forças Armadas a fim de promover um golpe de estado.”

Segundo Zanin, o ex-presidente incitou publicamente a população a agir contra as instituições constituídas da República.

Após a conclusão dos votos, os ministros irão fixar a dosimetria da pena na sexta-feira (12). O tempo de pena será analisado de forma individualizada, aplicando agravante de acordo com o nível de participação de cada indivíduo nas ações criminosas.

O julgamento é inédito na história do Brasil. É a primeira vez que um ex-chefe do Executivo e militares de alta patente sentaram nos bancos dos réus por tentativa de golpe de Estado.

Maioria formada

A maioria pela condenação foi formada com o voto da ministra Cármen Lúcia, no início da tarde desta quinta-feira. Em seu voto, a magistrada afirmou que “Jair Messias Bolsonaro praticou os crimes que são imputados a ele na condição de líder da organização criminosa. Ele não foi tragado para o cenário das insurgências. Ele é o causador, ele é o líder de uma organização que promovia todas as formas de articulação alinhada para que se chegasse ao objetivo da manutenção ou tomada do poder”.

Foram condenados os réus: Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; o ex-presidente Jair Bolsonaro; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil; e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Voto divergente

Apesar de a maioria do colegiado ter votado a favor da condenação dos réus, houve divergência no entendimento do ministro Luiz Fux. Para ele, a Suprema Corte era incompetente para julgar o caso, tese também sustentada pelas defesas dos acusados.

Em um voto que durou 14 horas, o magistrado defendeu a tramitação do processo na primeira instância, já que os réus perderam os seus cargos e, por isso, não poderiam ser julgados como se tivessem foro privilegiado.

“Concluo, assim, pela incompetência absoluta do Supremo Tribunal Federal para o julgamento deste processo, na medida em que os denunciados já haviam perdido os seus cargos. E, como é sabido, em virtude da incompetência absoluta para o julgamento, impõe-se a declaração de nulidade de todos os atos decisórios praticados. De sorte, senhor presidente, que a minha primeira preliminar anula o processo por incompetência absoluta”, disse.

O voto gerou reações diversas, inclusive para o plenário. Por um lado, Fux votou a favor da condenação do delator Mauro Cid e do ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto e julgou inocente o ex-presidente Jair Bolsonaro.

CULPADO —Voto de Cármen Lúcia decreta condenação de Jair Bolsonaro por liderar trama golpista

Quinta, 11 de setembro de 2025

Pela 1ª vez na história do Brasil, militares de alta patente são responsabilizados por atentarem contra a democracia

Pouco depois das 15h desta quinta-feira (11), o voto da ministra Cármen Lúcia formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus pela trama golpista. Em seu voto, a ministra afirmou que “Jair Messias Bolsonaro praticou os crimes que são imputados a ele na condição de líder da organização criminosa. Ele não foi tragado para o cenário das insurgências. Ele é o causador, ele é o líder de uma organização que promovia todas as formas de articulação alinhada para que se chegasse ao objetivo da manutenção ou tomada do poder”.

E continuou: “há prova cabal que o grupo liderado por Jair Messias Bolsonaro e composto por figuras-chave do governo desenvolveu e implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022, minar o livre exercício dos demais Poderes constitucionais, especialmente do Poder Judiciário.”

Live nesta quinta-feira (11/setembro): O Sistema da Dívida e a insuficiência de recursos para Direitos Sociais como Saúde e Educação

Quinta, 11 de setembro de 2025


🚨 Já deixa seu 👍 like no link da live e ative o lembrete!  [https://www.youtube.com/watch?v=Lh6Pg4lY-Cc]

A quarta live da série especial dos 25 anos da Auditoria Cidadã da Dívida vai trazer um debate essencial: como o Sistema da Dívida compromete recursos que deveriam garantir direitos sociais fundamentais.

🎤 Convidados(as):

Maria Lucia Fattorelli - Coordenadora nacional da ACD

Cláudio Mendonça – Mestre em Geografia, Presidente do ANDES-SN e Professor na UFMA

Rivânia Moura – Doutora em Serviço Social pela UFRJ e Professora na UERN

Márcia Abrahão Moura – Doutora em Geologia, Professora  e ex-reitora da UnB

Élida Graziane – Doutora em Direito Administrativo pela UFMG e Procuradora do MPC-SP

📌 Apresentação: José Fernandes Jr. – Advogado, jornalista e Prof. de ciência política e direito constitucional

📅 11/09 (quinta-feira)
⏰ 19h

Um debate fundamental para entender por que faltam recursos em áreas essenciais e como isso impacta a vida de todos nós.

✅ Participe, compartilhe e ajude a fortalecer essa luta!

#ACD #ACD25anos #auditoriacidadã




quarta-feira, 10 de setembro de 2025

TJDFT confirma condenação por erro médico em diagnóstico de AVC

Quarta, 10 de setembro de 2025
Imagem ilustrativa

TJDFT —publicado 10/09/2025

A 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) confirmou a condenação da Neurofis Serviços Médicos Ltda. e de um médico por erro relacionado ao diagnóstico inadequado de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A clínica e o profissional devem pagar R$ 30 mil por danos morais e R$ 16.800,00 por danos materiais ao paciente.

O paciente procurou atendimento na clínica em setembro de 2020 com queixas de cefaleia e dores de cabeça intensas, apresentou exame de ressonância magnética do crânio que indicava "pequenas sequelas de eventos de natureza vascular presumível". O médico responsável diagnosticou o quadro como ansiedade e prescreveu tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), composto por 30 sessões diárias. O tratamento custou R$ 16.800,00 ao paciente.

MPDFT inicia projeto inédito com internas da Penitenciária Feminina

Quarta, 10 de setembro de 2025


Iniciativa promove oficinas de escrita e memória autobiográfica com internas da PFDF, fortalecendo autoestima e vínculos sociais

“Cada uma de nós compõe a sua história. E cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.” O verso da canção Tocando em Frente, entoado no encerramento da primeira atividade, sintetizou o propósito do projeto (Re)Escrevendo Vidas: Vozes Femininas no Cárcere, lançado nesta terça-feira, 9 de setembro, na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF).

A iniciativa, conduzida pelo Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) em parceria com a PFDF e o Centro Educacional (CED) 1, busca oferecer às internas oficinas de escrita e memória autobiográfica. O objetivo é criar um espaço de escuta qualificada e reflexão, fortalecendo autoestima e vínculos sociais, além de garantir visibilidade às narrativas femininas produzidas no ambiente prisional.

Durante o encontro inaugural, a equipe apresentou a proposta, os livros que servirão de inspiração e as etapas previstas até a conclusão do projeto, quando será lançada uma coletânea de textos produzidos pelas participantes, em formato digital e impresso. Entre as obras trabalhadas estão “Em busca de mim” (Viola Davis), “A sapatilha que mudou meu mundo” (Ingrid Silva) e “Quarto de despejo” (Carolina Maria de Jesus). Os encontros ocorrerão semanalmente ao longo dos meses de setembro e outubro.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Brasiliense lidera nova flotilha que busca romper o cerco israelense à Palestina

Terça, 9 de setembro de 2025

A Flotilha Global Sumud, considerada a maior missão humanitária rumo à Faixa de Gaza, é formada por vinte embarcações e cerca de trezentos ativistas de 44 países empunhando a bandeira Palestina Livre. Eles vão navegar cerca de 2,6 mil quilômetros, devendo chegar à costa da Faixa de Gaza em meados desse mês de setembro. Treze brasileiros estão à bordo


Por Chico Sant’Anna

Brasília dista 10.500 quilômetros da Faixa de Gaza, mas a distância não fragilizou a solidariedade brasileira para com os palestinos, que vivenciam um verdadeiro genocídio e correm o risco de serem mais uma vez expulsos de suas terras. A Flotilha Global Sumud, formada por vinte embarcações já navega rumo ao Oriente Médio. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

🌎📖 Conheça “Raoni – Memórias do Cacique”, lançamento histórico

Segunda, 8 de setembro de 2025

.......,

No dia 9 de setembro, às 19h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Brasília), acontece o lançamento do livro “Raoni – Memórias do Cacique”, uma realização do Instituto Raoni e da Companhia das Letras, com apoio do ISA e do ISPN. O evento é aberto ao público, terá sessão de autógrafos e um diálogo especial entre Raoni, seu neto Beptuk Metuktire e o antropólogo Fernando Niemeyer.

O livro concretiza um desejo de longa data de Raoni e foi construído a partir de entrevistas inéditas realizadas entre 2020 e 2023, conduzidas por seus netos e gravadas em mẽbêngôkre, sua língua materna. O material foi traduzido para o português por uma equipe Mẽbêngôkre sob coordenação de Niemeyer.


Trajetória do cacique Raoni exalta a floresta viva, com seus espíritos, cosmovisão, modos de vida e esperança Lilo Clareto/ISA


Raoni, nascido em 1937 no norte do Mato Grosso, foi protagonista em momentos decisivos, como a demarcação de terras indígenas nos anos 1970. Suas viagens dentro e fora do Brasil consolidaram alianças que marcaram a pauta socioambiental global.

A publicação reúne histórias, mitos e relatos pessoais, oferecendo uma perspectiva única sobre a história do Brasil contada por quem sempre esteve presente: os povos originários. O conteúdo destaca a trajetória de Raoni como líder político, pajé e porta-voz internacional da luta pelos territórios indígenas e pela floresta.

🌎📖 Para Engajar e Emocionar - Entre na Trilha da Comunicação do ISA

Segunda, 8 de setembro de 2025



......,

A luta por direitos de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no Brasil passa pela força da comunicação.

Por isso, a equipe do ISA busca diariamente caminhos criativos, com base na credibilidade de dados e informações, para levar para você as belezas, soluções e desafios a serem enfrentados por um futuro melhor para todos nós.

Mas a tarefa não é fácil.

Agimos nas redes sociais, na TV, no rádio, nos jornais, nos cinemas, nas livrarias e nas ruas. Fazemos reportagens, podcasts, filmes, exposições e publicações. Estamos nos territórios e nas cidades, com parceiros, celebridades e influenciadores.


              Queremos engajar e emocionar. E contamos com você!


Gravação do processo de coleta da castanha durante a V Semana do Extrativismo, realizada na Terra Indígena Xipaya, no Pará. Foto: Lilo Clareto/ISA

Queremos a independência do Brasil

Segunda, 8 de setembro de 2025

Pátria Latina - segunda-feira, 8 de setembro de 

Pedro Pinho*

O que ocorreu em 7 de setembro de 1822 foi mais um assalto, dos inúmeros que se fizeram às riquezas naturais, ao território sul-americano denominado hoje Brasil.

Reflita o caro leitor: o Brasil naquele momento era governado como parte dos domínios da família Bragança, que imperava sobre o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves desde 1815. E, no dia 8 de setembro, continuava sendo um Império governado pela família Bragança. No entanto, negociava a condição de exclusividade governativa com Portugal, que buscava pagar sua dívida com os banqueiros ingleses.

Concluídos os cálculos, em 1825, o Brasil pagou a Portugal, ou seja, de Bragança para Bragança, com o mesmo Imperador que proclamou a Independência, a indenização de 2 milhões de libras esterlinas. Este valor corrigido para setembro de 2025 corresponderia a 265 milhões de libras ou, na cotação desta semana da Pátria (R$7,32 por uma libra), R$ 1.943.894.604,94, cerca de dois bilhões de reais. Este foi o custo em moeda corrente. Muitos outros oneraram e continuam onerando o Brasil, sendo o de maior dano a escravidão, que virou a marca indelével que, desde 1822 até 2025, só Getúlio Vargas procurou dar solução definitiva.

Como se alcança a Independência e se promove a igualdade de todos os brasileiros?

domingo, 7 de setembro de 2025

Julgamento no STF é ‘oportunidade histórica’ para enfrentar tutela militar, avaliam pesquisadores e José Genoino

Domingo, 7 de setembro de 2025

Possível condenação de generais por tentativa de golpe expõe papel das Forças Armadas e debate sobre reformas


Play
57:23

04.SET.2025 ÀS 20H45
ATUALIZADO EM 05.SET.2025 ÀS 18H18


Brasil de Fato — 
04.SET.2025
ATUALIZADO EM 05.SET.2025 ÀS 18H18

Em entrevista ao podcast Três por Quatro, do Brasil de Fato, Ana Penido e Jorge Rodrigues, pesquisadores do Instituto Tricontinental e do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional, e o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino analisam o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF), que trata da tentativa de golpe após a eleição de 2022. Para eles, o processo tem um caráter inédito e pode abrir caminho para reformas estruturais nas Forças Armadas.

Na avaliação de Ana Penido, o julgamento em curso rompe padrões históricos. “É inédito por um conjunto de variáveis”, diz. Ela destaca, primeiro, a escolha do foro: “estamos vendo esse julgamento acontecer no sistema de Justiça civil”, e não na Justiça Militar, o que, para ela, evita civis e militares de “cometer o mesmo crime” e receberem “penas distintas” por estarem em “sistema jurídico” diferentes.

Outra novidade, afirma, é ver “as altas patentes” no banco dos réus, inclusive um “militar da ativa”, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que pediu para sair do Exército no início desta semana. O processo, conforme a especialista pontua, contrapõe a ideia de que “militar nunca é condenado”. “Os militares de esquerda […] foram extremamente punidos; isso não aconteceu nas tentativas à direita”, destaca.