De Auschwitz a Gaza Gaza foi transformada no maior campo de concentração a céu aberto jamais conhecido pela humanidade. Um inimaginável “corredor da morte” onde o povo palestino, mais da metade crianças, aguarda a condenação sem sursis ditada pelo inimigo luciferino assustadoramente belicoso e perverso. E, na mesma medida, covarde. O governo sionista de Israel promove, há meses, sob as vistas cegas da comunidade internacional, cínica, uma declarada limpeza étnica. Nesse verdadeiro “campo de concentração e extermínio” os desgraçados não caminham com seus próprios pés para as câmaras de gás a que eram condenadas as vítimas do nazismo: são destroçados pelas bombas do moderníssimo exército do Estado de Israel, fundado em 1947 sob os auspícios da ONU exatamente para garantir um lar ao povo sobrevivente do holocausto. Como os judeus de ontem, os palestinos de hoje não têm condições de defesa; mas sobre eles (como se a fome, o vilipêndio e o roubo de suas terras não fossem suficientes) um poderoso exército — aviões supersônicos, drones, mísseis, tanques de guerra e toda sorte de artilharia — vomita bombas. Trata-se de um genocídio operado às claras e à sombra da iniquidade moral de uma comunidade internacional que a tudo assiste impassível. Ao contrário dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, as vítimas de hoje não podem sonhar com a libertação do Exército Vermelho, que em janeiro de 1945 avançou sobre a Polônia a caminho de Berlim. Ninguém marcha em seu socorro. Estão abandonadas “à própria sorte”, que se tem revelado madrasta. |
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(Millôr Fernandes)
sábado, 31 de maio de 2025
De Auschwitz a Gaza
Justiça Eleitoral cassa mandato do vereador de São Paulo Rubinho Nunes por divulgar laudo falso contra Boulos
Com crescimento de 12%, agro puxa PIB, mas pouco contribui com bem-estar
Sábado, 31 de maio de 2025
Agropecuária cresce exportando soja enquanto alimentos ficam mais caros no país
Produção do agronegócio cresce com safra recorde brasileira; metade da produção é soja
A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, puxada pela alta de 12,2% da produção agropecuária entre o início de janeiro e o final de março. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na sexta-feira (20) e confirmaram o bom momento do agro.
Sem as secas nem as inundações de 2024, o setor caminha para colher a maior safra da história brasileira em 2025. Serão cerca de 328,4 milhões de toneladas de grãos, também segundo o IBGE. Mais da metade disso será soja.
“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, confirmou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, ao comentar o PIB do trimestre.
Acontece que toda essa produção e crescimento pouco contribui com o bem-estar da população brasileira. Primeiro, porque dois terços da soja produzida aqui será exportada, cenário que não contribui para a disponibilidade de alimentos no país nem reduz seus preços; segundo, porque a atividade agropecuária extensiva quase não gera empregos no Brasil, não distribui renda e, portanto, pouco estimula o crescimento de outros setores.
Fora as questões econômicas, ainda há todo custo ambiental que essa atividade gera.
“Se a gente levar o país a sério, não é algo a se comemorar”, disse o economista Weslley Cantelmo, presidente do Instituto Economias e Planejamento. “Tem o desmatamento, a utilização de água, a perda de biodiversidade… E ainda é num setor que não gera tantos empregos e que tem uma economia associada bastante simplória.”
Outros setores com mais impactos positivos para o toda a economia praticamente mantiveram sua produção estável do final do ano passado para o final do primeiro trimestre de 2025. O setor de serviços cresceu 0,3%; já a indústria encolheu 0,1%.
Juros e dólar
As indústrias de transformação e construção tiveram quedas 1% e 0,8%, respectivamente, frente ao quarto trimestre de 2024. Eles, assim como a indústria como um todo, estão sendo negativamente afetados pela “política monetária restritiva”, disse Palis.
A política monetária citada tem a ver com as altas da taxa básica de juros, a Selic, implementadas pelo Banco Central (BC) a partir do ano passado. Os juros encarecem o crédito e reduzem o consumo e investimentos.
Eles pouco afetam, porém, o financiamento à produção de soja, que é subsidiada pelo governo por meio do Plano Safra. O setor agropecuária também acabou se beneficiando com a alta do dólar, pois suas exportações passaram a valer mais.
“O resultado do agro é bastante esperado. A questão do câmbio ajudou bastante”, complementou Cantelmo. “Tem cada vez mais a produção sendo voltada para exportação. Mas isso gera a tensão sobre inflação.”
Em abril, a alta acumulada em 12 meses dos itens de comida e bebida chegou a 7,81% – a maior desde fevereiro de 2023, no segundo mês deste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu alimentos mais baratos.
Emprego e distribuição
O peso do preço dos alimentos acaba recaindo sobre os trabalhadores, que não se beneficiam do crescimento do agro. Para José Luis Oreiro, economista e professor da Universidade de Brasília (UnB), isso tem a ver como o setor trabalha.
“Do ponto de vista da geração de emprego, o impacto é muito restrito, porque o agronegócio brasileiro é extremamente produtivo, tem alta produtividade tanto por trabalhador como por hectare. Emprega muito pouca gente”, afirmou.
Por essas e outras razões, a riqueza gerada pelo agro acaba não tendo efeitos sobre outras áreas da economia nacional, diferentemente do que acontece com o crescimento dos serviços e da indústria, principalmente. “O resultado positivo do PIB é sempre bom, mas é importante ressaltar que o agronegócio não tem tração sobre a economia brasileira. Não tem a capacidade de arrasto sobre os demais setores de atividade econômica, até porque as máquinas, equipamentos e insumos utilizados no agronegócio são basicamente importados”, acrescentou Oreiro.
Considerando isso, Pedro Faria, economista e doutor em história pela Universidade de Cambridge, diz que o agronegócio é um setor que concentra renda no Brasil à medida que cresce. “Você gera um excedente que é muito concentrado na mão dos proprietários da renda da terra”, afirmou ele.
Soluções
Para economistas, é preciso estimular outras áreas da economia para que o Brasil não fique tão dependente do agro. Juliane Furno, economista e professora de economia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), defende que medidas para direcionar os dólares que exportadores do agro recebem para a compra de máquinas para a indústria com um câmbio mais favorável, por exemplo.
“Precisamos de mudanças significativas, inclusive algum direcionamento para as importações, garantindo que as divisas que o agronegócio possam ser utilizadas para importar máquinas e equipamentos para a indústria de transformação”, disse.
Mauricio Weiss, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), diz que o governo também precisa conseguir espaço no Orçamento para investimento e fomento à pesquisa, que geram ganhos de produtividade.
Weiss ressaltou que, além disso, é fundamental que a taxa básica de juros da economia seja reduzida. Com os juros nesse patamar, o investimento em títulos da dívida pública brasileira, que tem risco zero, passa a valer mais a pena do que um investimento em produção. “É preciso baixar os juros, pois é um entrave para o investimento. Não só em termos de custo, como também de fonte alternativa para aplicação dos recursos em títulos e não em bens de capitais”, explicou.
Eric Gil Dantas, economista do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e autor de um dos artigos do livro Os Mandarins da Economia: Presidentes e Diretores do Banco Central Do Brasil, ressaltou que não há sinalizações para uma queda significativa dos juros no curto prazo. “Infelizmente, Gabriel Galípolo [presidente do BC] vem dia após dia mostrando uma continuação do Campos Neto. Viveremos mais anos com a Selic estrangulando a economia e destruindo as contas públicas.”
Editado por: Thalita Pires
sexta-feira, 30 de maio de 2025
MPDFT discute melhoria na gestão da alimentação escolar nas escolas públicas do DF; É o caos?
“Em 2024, teve arroz com caruncho, carne com gordura, plástico na comida. Em 2025, o cenário se repete. A SEE constatou que havia toneladas de arroz com caruncho no depósito e não foi atrás das escolas para onde foram destinados esses alimentos. Isso é inadmissível”
"cerca de 70% das escolas públicas do DF não têm refeitório e alunos se alimentam em salas de aula ou no chão"
Durante reunião, realizada nesta quinta-feira, 29 de maio, foram debatidas falhas na infraestrutura, qualidade nutricional e fiscalização da merenda escolar

Do MPDFT

O objetivo foi avaliar a situação da alimentação escolar no DF. Todas as entidades presentes enfatizaram a urgência em melhorar a gestão da política de alimentação escolar por parte da Secretaria de Educação do DF (SEE-DF), incluindo a implementação de um sistema informatizado para auxiliar na fiscalização dos contratos com as empresas fornecedoras de alimentos em todas as escolas públicas do DF.
quinta-feira, 29 de maio de 2025
Meio ambiente: MPDFT e MPGO promovem articulação em defesa do Ribeirão Santa Maria
Quinta, 29 de maio de 2025
Encontro que reuniu diversas instituições do Distrito Federal, de Goiás e da sociedade civil formaliza criação de grupo de trabalho
Do MPDFT


Nesta quarta-feira, 28 de maio, a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) promoveu reunião para construção de Grupo de Trabalho (GT) para a proteção da bacia hidrográfica Ribeirão Santa Maria. A ação foi conjunta com a Promotoria de Justiça do Novo Gama e contou com a participação de diversas instituições do Distrito Federal e Goiás, além de organizações da sociedade civil.
O objetivo do GT é a construção de soluções integradas voltadas à mitigação dos problemas ambientais que afetam o Ribeirão Santa Maria, um manancial estratégico para ambos territórios. O município de Novo Gama atualmente realiza a captação de água no Ribeirão por meio de de estrutura localizada no Distrito Federal, nas proximidades da divisa entre os dois entes federativos.
Gama: MPDFT encaminha ofícios à SES após inspeção em farmácia de alto custo

Resultado das eleições na Venezuela revelam um governo popularmente fortalecido, diz especialista
A Tarifa Zero irrestrita é urgente e necessária
Brasil de Fato — Brasília
Os benefícios da Tarifa Zero são inúmeros: as pessoas podem circular em espaços que foram historicamente negados
quarta-feira, 28 de maio de 2025
Militares envolvidos —Grupo de extermínio formado por militares vendia espionagem sobre autoridades do STF e Senado, diz PF
Quarta, 28 de maio de 2025
Equipe é autodenominada 'Comando C4', sigla para 'Comando de caça a comunistas, corruptos e criminosos' \
28.maio.2025 São Paulo (SP)
A PF cumpriu, por ordem do ministro Cristiano Zanin, cinco mandados de prisão nesta quarta - Divulgação/PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (28) a 7ª Fase da Operação Sisamnes contra um grupo de espionagem e extermínio formado por civis, militares da ativa e da reserva.
Autodenominado “Comando C4”, sigla para “Comando de caça a comunistas, corruptos e criminosos”, a quadrilha tinha autoridades do Judiciário e Legislativo como alguns de seus alvos de interesse. Entre eles, o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, a operação cumpriu cinco mandados de prisão. O ponto de partida do inquérito foi o assassinato do advogado Roberto Zampieri no Mato Grosso, em 2023.
TJDFT destaca papel fundamental da escola no combate à violência sexual infantojuvenil
Quarta, 28 de maio de 2025
Turma mantém condenação do DF por agressão em abordagem policial
A 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do DF manteve sentença que condenou o Distrito Federal ao pagamento de indenização por danos morais a morador, vítima de agressões físicas durante abordagem policial. A decisão do colegiado manteve, por unanimidade, sentença do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública do DF.
terça-feira, 27 de maio de 2025
Descontos indevidos do INSS serão ressarcidos até 31 de dezembro
Os aposentados e pensionistas que sofreram descontos ilegais no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão ressarcidos até 31 de dezembro, disse nesta terça-feira (27) o presidente do órgão, Gilberto Waller Júnior. Em reunião do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), ele disse que o Tesouro Nacional poderá adiantar parte do reembolso, com o valor bloqueado e apreendido das entidades sendo devolvido ao governo posteriormente.
Segundo Waller, o cronograma de devolução sairá em breve. “Com certeza, até 31 de dezembro todo mundo que foi lesado será ressarcido”, disse.
Em relação às fontes de recursos, Waller disse que R$ 1 bilhão em recursos bloqueados das entidades investigadas já estão disponíveis para o ressarcimento. O INSS aguarda a Justiça decidir sobre o bloqueio de outros R$ 2,5 bilhões, pedido pela Advocacia-Geral da União (AGU).