Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 31 de março de 2020

SAÚDE E BEM-ESTAR — Registros de uma caminhada em busca de saúde e bem-estar consistentes e duradouros

Terça, 31 de março de 2020
Aldemario Ajaujo Castro*


SAÚDE E BEM-ESTAR
Registros de uma caminhada em busca de saúde e bem-estar consistentes e duradouros. Veja todos os escritos em: http://www.aldemario.adv.br/saude.htm


56 ESTRESSE



“Na era da Internet, das redes sociais, dos jogos de videogame, da TV a cabo, que se misturam com cinema, jornais, estudos, são tantas informações e que é muito difícil não saturar o cérebro. Você acorda cansado? É impaciente? Quer tudo na hora? Tem dores de cabeça? Detesta ouvir não? Tem dificuldade de concentração? Anda esquecido? Sua mente é agitada? Quando alguém o critica ou algo não dá certo, você fica irritadíssimo? Se você tem alguns desses sintomas, você está estressado.


E se está estressado, bom, você é normal. Afinal, nada mais normal hoje em dia do que ser estressado”. Essa é a curiosa informação acerca do livro “Manual para jovens estressados, mas muito inteligentes” do doutor Augusto Cury.

AI, GEGÊ! AI, GEGÊ!

Terça, 31 de março de 2020
Por
Pedro Augusto Pinho

Deposto pelos interesses estadunidenses, Getúlio Vargas, efetivamente o primeiro presidente que teve o Brasil (sempre tivemos, antes e depois, feitores ou embaixadores de interesses alienígenas) volta - sem que seja uma falsa ou literária construção, mas pela pura e efetiva verdade histórica - nos braços do povo, em 1950.

E é desta época a marcha carnavalesca, de João de Barros e José Maria Abreu, que diz:

“Ai, Gegê! Ai, Gegê! Que saudades que nós temos de você”.

As ironias da história deram-nos outro Gegê, o general Ernesto Geisel, também um efetivo Presidente do Brasil. Este par, Gegê, configura os momentos do Brasil soberano, os únicos de um Estado Nacional Brasileiro.

Se fomos, historicamente, colônia de Impérios, desde a sucessão de Geisel, da Nova República, da Constituição de 1988, o Brasil tem sido colônia de uma ideologia: a neoliberal.

Em outubro de 1942, a Livraria José Olympio Editora publicou a coletânea “As Diretrizes da Nova Política do Brasil”, de Getúlio Vargas. No Prólogo, o General Severino Sombra escreveu que “a obra político-administrativa do Presidente Getúlio Vargas já fixou - é inegável - um marco histórico da evolução nacional. O futuro historiador de nossa vida política, ao perlustrar lhe as páginas para definir lhe as fases características, assinalará uma nova época ante o marco plantado por esse homem singular”.

E, fugindo dos embates ideológicos importados, que viriam ofuscar e fazer retroceder as diretrizes de Vargas, com a compreensão do vigor e da imprescindível formulação própria, nacional, Severino Sombra, na conclusão do Prólogo, assim se expressa:
“Que melhor doutrinador que o próprio chefe do Estado Nacional? Que melhor pregação do que a das suas palavras, reunidas sob o sugestivo título de “A Nova Política do Brasil”? Ali está contida a ideologia do novo Estado Brasileiro”.

Setenta anos são passados; e quanto retrocesso - interrompido apenas pelo quinquênio de Geisel - assombrou o Brasil!

Clóvis Rossi, jornalista, cronista da Folha de S. Paulo, a respeito do último embate eleitoral, lamentou que nossa Pátria chegasse ao deserto de líderes. Acrescento, e das ideias. É o domínio do pensamento único, da globalização, da pasteurização da vida e das vontades. O triunfo neoliberal.

Karl Polanyi (1886-1064), em seu livro de 1944, “A Grande Transformação”, também lamenta a destruição da sociedade humana pela fraqueza de não reagir à sociedade de mercado. Hoje poderíamos tirar a indefinição de sua expressão (ver “A Liberdade numa Sociedade Complexa”, capítulo XXI da obra citada) e precisar: à sociedade do mercado, pois é a finança que dirige os governos, as sociedades, o mundo globalizado.

O antagonismo desta pandemia material e moral é expresso por uma liderança do financismo, o bilionário húngaro George Soros. A bem da verdade nem sei se é apropriado imputar-lhe uma nacionalidade, quando seu país é a moeda. Afirmou Soros ao criar a Open Society que seu inimigo era o nacionalismo. Simples. Quem ama a civilização, vê o futuro como a continuidade da existência humana. Tem na família, na tribo, na sua cultura, na nação, na expressão política de tudo isso, que é o Estado Nacional, o seu lugar: é nacionalista. O contrário é a psicopatia da irrefreável luta cotidiana pela moeda, pela acumulação de capital.

E, neste caso, o marxismo surge como a cismogênese do monetarismo, com a mesma perspectiva globalista, desenraizada da existência; não mais pela moeda, mas na opção por uma classe que declara guerra às demais.

Não esqueço a questão social trazida à condição das pessoas, à promoção da igualdade de direitos e à universalização da educação nos países que implantaram o comunismo. Também uma simbiose comunismo-nacionalismo que levou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), não mais existente e sem sucessor, à ação colonizadora. As sujeições observadas em Angola e Moçambique contrastam e fortalecem a capacidade da autonomia cubana. Há a possibilidade de se implantar no nacionalismo um modelo socialista, sem características hegemônicas e coloniais.

A questão que discuto, e em prol de nosso Estado Nacional, é a submissão do econômico ao político. Observando a história, desde a mais remota antiguidade que a tecnologia nos permite, verificamos que os poderes sempre foram o político, o militar e o psicossocial. A ideia do homo economicus está na Idade Moderna, no capitalismo e na “crítica da economia política”.

“A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza, a origem delas, provenham do estômago ou da fantasia” (Karl Marx, O Capital, Livro I, Capítulo I, A Mercadoria, tradução de Reginaldo Sant’Anna, Civilização Brasileira, RJ, 1980, 5ª edição).

Transcrevo da referida obra de Polanyi, na tradução de Miguel Serras Pereira, com revisão de Pedro Bernardo, nas Edições 70, Lisboa, 2012:

“O juízo de Frank H. Knight, “nenhuma motivação especificamente humana é de ordem econômica”, aplica-se não só à vida social em geral, mas à própria esfera econômica da existência. A inclinação para o negócio, em que Adam Smith baseava tão confiantemente a sua visão do homem primitivo, não é uma tendência comum do ser humano nas suas atividades econômicas, revelando-se, pelo contrário, extremamente infrequente”.

Concluindo estas breves reflexões e clamando pelo surgimento de uma liderança que siga a trilha de Vargas e Geisel, apresento uma interpretação bastante particular, que nos merece a consideração e estudo, pois Capistrano de Abreu (1853-1927) não foi apenas nosso primeiro grande historiador. Este cearense inovou na pesquisa e interpretação da história, que foi buscar nas fontes primárias, literárias, documentais, consistentes os elementos de suas reflexões. O texto que reproduzo tem diferente visão de outro brasileiro, o gênio Darcy Ribeiro (1922-1997). Mas se um privilegia a geografia, outro o faz com os recursos da antropologia.

De Capistrano (Ensaios e Estudos (Crítica e História) 1ª série, Civilização Brasileira, RJ, 1975, 2ª edição):

“O característico da constituição mental dos Tupis era a hipertrofia da sensibilidade. A inteligência ficava sopitada sob a exuberância da Natureza e a facilidade da existência; a vontade sem impulsos vegetava mesquinha; tudo o que tinham de vivaz concentrava-se na emoção. A cooperação nunca ultrapassou a tribo, e mesmo aí a união momentânea produzida pelas expedições afrouxava com o motivo que a provocara. O governo não existia; pelo menos sua existência não era distinta e independente, o que torna impossível a organização social, pela ausência de um centro regulador”.

Darcy Ribeiro (Estudos de Antropologia da Civilização - Os Brasileiros I Teoria do Brasil, Editora Vozes, Petrópolis, 1978, 3ª edição):

“A compreensão do processo de formação dos povos americanos em termos de etapas da evolução sociocultural não pode ser alcançada dentro deste quadro (das construções e teorias eurocêntricas) porque ele não corresponde aos fatos referentes ao mundo extra europeu e não pode explicá-los. Estes, por sua vez, somados ao que hoje se conhece a respeito das diversas correntes civilizatórias extra europeias, podem prover uma base mais ampla e inclusiva para refazer o próprio esquema evolutivo europeu”.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado.

VEP/DF (Vara de Execuções Penais) esclarece soltura de presos e ratifica que medida não é feita de forma indiscriminada

Terça, 31 de março de 2020
Do TJDF
A VEP/DF informa que no bojo da decisão proferida no último dia 20 de março, por meio da qual suspendeu os benefícios externos concedidos a presos que já os haviam alcançado, lhes assegurou outros direitos, a exemplo da remição ficta. Além disso, acolheu parcialmente pedido da Defensoria Pública para conceder prisão domiciliar antecipada aos presos que tiverem requisito objetivo para ser alcançado em ate 120 dias - portanto até 18/07/2020 -, desde que preenchidos os requisitos subjetivos. Isso equivale dizer que não haverá soltura coletiva e/ou indiscriminada de presos.

No aniversário do golpe militar, MPF oferece nova denúncia contra ex-agente da ditadura

Terça, 31 de março de 2020
Do MPF
Harry Shibata fez laudo necroscópico que omitiu sinais de tortura nos corpos de dois militantes políticos assassinados em 1973
Fotografia de acervo histórico, onde uma pessoa escreve "abaixo a ditadura" em uma parede
Foto: Kaoru / CPDoc
Manoel foi preso no dia 16 de agosto de 1973 em Recife (PE) no âmbito da Operação Guararapes, que tinha como alvo os integrantes do Partido Comunista Revolucionário (PCR) e contava com a atuação do delegado Fleury. As torturas começaram ainda a caminho da unidade do Exército na cidade, com a aplicação de choques dentro da viatura. Nos dias seguintes, o militante foi submetido a contínuos interrogatórios, durante os quais sofria agressões, queimaduras e empalamento. Os agentes chegaram a colocá-lo em um pau-de-arara (barra na qual a vítima fica com os pés e as mãos amarrados, de cabeça para baixo), usar a chamada “cadeira do dragão” (assento para a descarga de corrente elétrica por fios amarrados nas orelhas, na língua ou inseridos na uretra) e disparar tiros, tudo na busca de informações que Manoel pudesse revelar sobre a organização política.O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o médico legista Harry Shibata por elaborar um laudo necroscópico falso para justificar o assassinato de dois militantes políticos pelos órgãos de repressão em 1973. Shibata é o único ex-agente da ditadura ainda vivo que teve envolvimento nas mortes de Manoel Lisboa de Moura e Emmanuel Bezerra dos Santos, presos e cruelmente torturados entre agosto e setembro daquele ano. O episódio teve a participação de figuras destacadas entre os oficiais responsáveis pela aniquilação de opositores do regime militar, como o delegado Sérgio Paranhos Fleury. Embora os óbitos tenham sido causados por intensas sessões de espancamento e uso de instrumentos de tortura, o laudo assinado por Shibata omitiu marcas evidentes nos corpos das vítimas e apenas endossou a versão oficial forjada na época, de que os militantes haviam sido mortos após troca de tiros com agentes das forças de segurança.

Lei que proíbe genericamente uso de máscara em manifestações é inconstitucional, diz PGR

Terça, 31 de março de 2020
Do MPF
Para Augusto Aras, máscaras de proteção contra doenças infectocontagiosas não podem ter uso restringido em manifestações
O procurador-geral da República, Augusto Aras, defende no Supremo Tribunal Federal (STF) a inconstitucionalidade de uma lei do estado do Rio de Janeiro que prevê genericamente a vedação do uso de máscaras em manifestações públicas, restringindo o direito fundamental de reunião. No entendimento do chefe do Ministério Público da União (MPU), a Corte deve fixar tese no sentido de que a restrição é permitida somente no contexto de prática de atos de violência e condutas ilícitas, excluindo-se da restrição a utilização de máscaras contra doenças infectocontagiosas.

Repensar a imprensa em tempos de pandemia

Terça, 31 de março de 2020


Por
Allan Barbosa*
A pandemia provocada pelo Covid-19 também pode nos ajudar a refletir sobre o papel da imprensa na sociedade. No momento em que seguimentos conservadores, inclusive no Brasil, tentam desacreditar e até mesmo colocar o jornalismo como descartável, a mídia, mais uma vez, apresenta-se para representar um de seus papéis, ou seja, o de colocar o mundo alerta para uma tragédia. Assim, enquanto alguns pregavam a onipotência das redes sociais, que têm o seu papel social muitas vezes discutível, é a imprensa – livre, profissional e estruturada –  a grande responsável por veicular a informação tão necessária para manter a coesão social neste momento de crise.  Isso não impede a reflexão sobre a parcialidade e até omissão desta mesma imprensa quanto à cobertura de temas importantes para a coletividade.
O que seria do mundo, neste momento em que uma pandemia ameaça de morte um número incalculável de pessoas, sem o trabalho da imprensa? Quando muitos acreditavam que o Covid-19 permaneceria pelas bandas da Ásia, a cobertura midiática parecia uma verdadeira chatice, sensacionalismo ou, como disse o presidente Jair Bolsonaro, a provocação de uma histeria, uma fantasia. Estaria mesmo a imprensa dando mais valor à pauta que o necessário? Afinal, a morte de chineses comunistas não tinha valor algum, não é mesmo? Importante seria, apenas, retirar os nacionais de outros países daquele “inferno”. E o Brasil também fez isso.
Mas o vírus chegou por aqui. E não foi pelas malas da imprensa. Esta, sim, trouxe informação, conhecimento, aprendizado. Até lavar a mãos – gesto que deveria ser cotidiano, o cuidado com o outro, o zelo nas relações, tudo isso, estamos reaprendendo com especialistas graças à mediação jornalística. Claro, podemos questionar muitos pontos da cobertura da imprensa, o que não retira o seu papel fundamental de trabalhar pelo interesse público, pelo menos neste caso.
Por outro lado, o que chega ao cidadão por meio das mídias sociais é um quê de dúvidas. Não temos certeza se a informação é verdadeira, se é fakenews. Mas, mesmo assim, as pessoas propagam, disseminam, até mais rápido que o vírus, e muitos o fazem pelo simples desejo de ajudar, de colaborar nesse momento de tensão, mesmo sem saber que a mensagem pode ter sido produzida por pessoas mal-intencionadas. E quem acaba por tentar desconstruir essa teia de desinformação, não por acaso, são os jornalistas.
Segundo teóricos da comunicação, a imprensa exerce funções independentes de “contextos comunicativos especiais, mas à presença normal dos mass media na sociedade” (Wolf, 2002, p.63). O contexto da teoria funcionalista era o de rompimento com o pensamento de poderio total dos meios de comunicação sobre as pessoas para um processo de partilha, em que emissores e receptores beneficiavam-se do processo comunicativo. Os indivíduos, antes vistos apenas como um artefato manipulado, agora se utiliza dos veículos de comunicação, responsáveis, entre outros, por manter a estabilidade e a coesão social. Exatamente como ocorre agora durante a pandemia: a sociedade está sendo mobilizada pelo mass media, ao mesmo tempo em que se utiliza da mídia para conhecer, se informar e se mobilizar contra o vírus.
A importância da imprensa para a sociedade, a qualquer tempo, deveria ser indiscutível. Mas, infelizmente, os jornalistas estão na mira de totalitaristas e de conservadores. E isto não é novidade. Não há, na história mundial, quem tenha tomado o poder sem antes ter vilipendiado a imprensa. A destruição do quarto poder geralmente antecede ao fechamento de parlamentos e ao aparelhamento do judiciário. Não à toa, as ofensivas das manifestações recentes no país, capitaneadas por redes sociais, buscam esses objetivos. 
Não quero, aqui, fazer uma defesa incondicional do jornalismo brasileiro. Para além das falhas de redação e apuração, que ocorrem com frequência e devem ser evitadas a todo o custo, há algo mais perverso ainda: a defesa de interesses que não são o do público. E isso não vem de agora. A imprensa, que teve suas origens no ideal de liberdade burguês, assim como este, cedeu sua inspiração para servir aos interesses do mercado. Não é que não se veja mais pauta de interesse público nas matérias veiculadas pela mídia, muitas ainda estão lá. No entanto, o que move a grande máquina empresarial do jornalismo não é a sociedade como um todo, mas apenas parte dela. Com isso, o resultado de boa parte do trabalho jornalístico é uma cobertura com enquadramento duvidoso, superficialidade da pauta e, não raro, a retaliação de fontes que contrariem interesses.
Outra grande falha da imprensa é ignorar pautas muito mais relevantes para a agenda pública. E nisto, muito do ódio alimentado contra os políticos se deve, também, a uma cobertura superficial das discussões que ocorrem no legislativo e outras esferas de poder, principalmente naquelas em que há participação de movimentos populares para o exercício do controle social do poder público. A consequência é que o povo acaba não acompanhando o que é relevante e faz todos os políticos parecerem iguais. A mídia, quase sempre, envolve-se muito mais num roteiro de intrigas, mais próximo do enredo das telenovelas do que com a política. É um diz que me diz, um leva e traz que não contribui em nada. Enquanto isso, em alguma comissão legislativa, há um tema relevante para o cidadão em discussão, solenemente ignorado. Ou alguém acha mesmo que temas como a Reforma da Previdência teve o debate amplo divulgado pela mídia? As vozes que aparecerem eram sempre a favor, sempre! Qualquer outra voz, noutro sentido, era tida, claramente, como contra o país. E é esse discurso que foi à rua nos protestos conservadores.
Portanto, a imprensa tem, sim, de rever o seu papel de servidor público incondicional do cidadão, como faz agora perante a pandemia provocada pelo Covid-19. Mas tem de exercer essa sua vocação em todos os momentos e, também, no ambiente social e político da sociedade. Precisamos da imprensa que trabalhe pelo interesse público todos os dias, não só de vez em quando.
*Allan Barbosa é jornalista
Texto publicado no 

MPDFT vai apurar uso de celulares dentro de presídios

Terça, 31 de março de 2020
Do MPDF
Presos editaram vídeo de dentro da cadeira para pedir prisão domiciliar devido ao novo coronavírus 

O Ministério Público do Distrito Federal vai apurar o uso de celulares por detentos dos presídios do DF. Em vídeo que circulou no início desta semana, presos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), gravaram um vídeo em que, com rostos escondidos, pedem prisão domiciliar e afirmam temer o contágio pelo coronavírus.
O MPDFT explica que o ingresso de aparelho celular no sistema prisional caracteriza falta grave capaz de gerar a regressão do preso para o regime fechado. Além disso, a infração configura crime, de acordo com o artigo 349, do Código Penal. Uma vez apurada a autoria do delito, a Instituição deve oferecer denúncia contra os envolvidos.

GDF precisa priorizar a assistência social, afirma a Rede em nota oficial

Quinta, 31 de março de 2020
Leia a nota desta terça (31/3) da Rede Sustentabilidade 

Embora estejamos vivendo um momento de intensa excepcionalidade, tanto na vida das pessoas, quanto das empresas e do próprio governo, existem atividades que não podem parar. Assim se dá com algumas categorias de trabalhadores, segmentos empresariais e, também, com parte das atividades afetas ao Estado. Enquanto, por exemplo, as escolas estão com suas atividades suspensas, os sistemas de saúde e segurança seguem operando, inclusive, em escala superior ao que ocorre em tempos de normalidade.
Neste contexto, e inclusive pelos impactos que a acertada política de isolamento social tem acarretado na economia popular, entendemos que a continuidade das políticas assistenciais deva estar entre as atividades que precisam ser garantidas e priorizadas pelo governo. Somente dessa forma as famílias que normalmente já dependem do Estado para garantir a sua segurança alimentar não serão obrigadas, neste momento, a sair de suas casas em busca da satisfação de suas necessidades mais básicas.
Infelizmente, segundo informações recebidas de técnicos da área de desenvolvimento social do Distrito Federal, o GDF não vem atendendo de forma tempestiva às requisições por cestas básicas, demorando até quatro meses para a concessão desse e de outros benefícios. São centenas de famílias que acessam as políticas de assistência social por dia, às quais, mesmo antes da pandemia, já vinha sendo dispensada pouca ou nenhuma atenção pelo atual governo do Distrito Federal, mas que agora se veem em um desamparo ainda maior.
A REDE Sustentabilidade, embora não integre a base de apoio ao governo Ibaneis Rocha, vem elogiando e respaldando diversas providências implementadas pelo atual governador na administração desta crise que afeta a população do Distrito Federal, tanto quanto vem afetando a do Brasil e a do mundo. Por outro lado, essa mesma crise vem impondo aos líderes políticos de todas as matizes ideológicas uma revisão na sua escala de valores e prioridades, indicando aos mesmos que a negligência histórica em relação a determinados papéis do Estado, cedo ou tarde, cobra o seu preço.
Sendo assim, se a área de assistência social nunca esteve entre as prioridades do atual governo do Distrito Federal, é imperioso que passe a figurar entre as mesmas, não apenas porque é justo e necessário amparar essas famílias, mas também para que as negligências em relação a esse dever do Estado não venham, neste momento crítico, a agravar ainda mais os sistemas de saúde e segurança.



PGR recebe autos de petição que apresenta notícia-crime contra presidente da República

Terça, 31 de março de 2020
Do MPF
Documentos seguem trâmite normal no órgão ministerial; manifestação ainda não foi enviada ao Supremo Tribunal Federal
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu nesta terça-feira (31), às 11h02, a Petição (PET) 8.744, encaminhada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. Na petição, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT/MG) apresenta notícia-crime contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), por suposta prática do crime de infração de medida sanitária que poderá resultar em perigo comum.
As justificativas apresentadas pelo parlamentar são as manifestações do presidente, de tomar medidas que contrariam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate à pandemia do novo coronavírus. A petição seguirá o trâmite normal de qualquer procedimento que chega à PGR. Ainda não houve manifestação do órgão ministerial.

segunda-feira, 30 de março de 2020

Após Twitter, Facebook e Instagram também removem postagens de Bolsonaro

Segunda, 30 de março de 2020
Da DW — empresa pública de radiodifusão da Alemanha

O Facebook e o Instagram removeram nesta segunda-feira um vídeo publicado na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a visita que ele fez ao comércio da região de Brasília, contrariando as recomendações de autoridades de saúde para que se evitem aglomerações.
"Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas", disse o grupo em nota. O Instagram pertence ao Facebook.

Campanha coronavírus: procuradores pedem que secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten, responda na Justiça por improbidade; propaganda governamental que incentiva retomada a atividades coloca sob risco saúde da população

Segunda, 30 de março de 2020
Do MPF
Representação foi enviada à Procuradoria da República no DF. Propaganda governamental que incentiva retomada a atividades coloca sob risco saúde da população
Arte com os dizeres “Proteção Direito à Saúde”
Arte: Ascom/PFDC
Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e também do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo encaminharam nesta segunda-feira-feira (30) ao Ministério Público Federal no Distrito Federal representação para que seja apresentada à Justiça uma ação contra o secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten. O pedido aponta atos de improbidade administrativa que teriam sido cometidos pelo secretário em razão da veiculação de propaganda institucional que deslegitima medidas de preservação da vida e da integridade física dos brasileiros no contexto da pandemia do coronavírus.
Veiculada em contas institucionais da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência e disseminada por redes sociais, a publicidade está em desconformidade com diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias brasileiras, no sentido do isolamento social como forma de conter a epidemia da covid-19. Sob o slogan “O Brasil não pode parar”, o material incentiva a retomada do regime normal de trabalho. Para a realização da campanha, houve a contratação, sem licitação, de uma agência de publicidade, no valor de R$ 4,9 milhões.

Justiça do DF nega pedido de suspensão de cirurgias e procedimentos eletivos

Segunda, 30 de março de 2020
Do TJDF
O juiz titular da 3a Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal negou o pedido de antecipação de tutela, feito pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal - Sindmédico-DF, para suspender, em todo o DF, as cirurgias e procedimentos médicos eletivos, bem como os atendimentos ambulatoriais que não sejam de emergência, até a normalização da situação atual de epidemia.

Coronavírus: MPDF obtém liminar obrigando GDF e Iges-DF a divulgarem gastos com pandemia

Segunda, 30 de março de 2020
Decisão atende pedido da força-tarefa do PDFT. Objetivo é zelar pela transparência das despesas públicas

A Justiça do Distrito Federal decidiu, nesta segunda-feira, 30 de março, conceder liminar para obrigar o Distrito Federal e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) a publicar, em tempo real e sem omissões, todas as contratações e aquisições realizadas para combater a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Devem ser divulgados os nomes e CNPJs dos contratados, além de prazos, objetos, quantidades e valores dos contratos. A decisão deve ser cumprida em, no máximo, dois dias a partir da intimação da decisão.

O QUE FOI O ULTRADIREITISTA GRUPO DE AÇÃO PATRIÓTICA-GAP

Segunda, 30 de março de 2020
Por
Salin Diddartha

O Grupo de Ação Patriótica-GAP foi uma organização terrorista de extrema-direita e de ação ofensiva criada durante o Governo João Goulart por estudantes ricos do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais para opor-se às reformas propostas pelo Poder Executivo de então. Inseriu-se na conjuntura histórica que antecedeu o Golpe Militar, integrando-se ao IPES-Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais e ao IBAD-Instituto de Ação Democrática na oposição ao Governo João Goulart. Fazia parte da “Rede da Democracia” do IBAD, onde falava da necessidade de um golpe miliar que (supostamente) disciplinasse o País. Atuava como um braço do IPES no movimento estudantil.

O GAP era uma organização paramilitar que, além de estudantes, reunia civis e militares da reserva, mantinha laços com a Legião Brasileira Anticomunista, seguia a orientação política e tática dada pelo ex-Ministro da Marinha, almirante Sílvio Heck, era contrário à legalização do Partido Comunista Brasileiro-PCB, à encampação das refinarias particulares, à influência dos dirigentes sindicais nos destinos do País, à representação estudantil, a entidades como a União Nacional dos Estudantes-UNE e às Ligas Camponesas lideradas por Francisco Julião. Era um agrupamento conservador radical da época que tencionava expurgar João Goulart do poder, combatia as ideias marxistas e agia provocando conflitos de rua. Defendia a democracia liberal, mas livre do convívio com comunistas e socialistas. Era patrocinado e financiado pelo complexo IPES/IBAD, bem como pelo empresariado reacionário, notadamente pelo megaempresário Paulo Suplicy (pai do político petista Eduardo Suplicy). Participou da “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, que também foi fomentada financeiramente por aquele megaempresário.

O GAP tinha a pretensão de legitimar o golpe de direita, brandia a palavra de ordem “Almoçar os Esquerdistas Antes que Eles nos Jantem.” Além de dedicar-se à propaganda anticomunista, participou de conflitos de rua e apoiou o Golpe Militar de 1964. Posteriormente, foi usado para espionar membros da UNE e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas-UBES. Mais tarde, a CIA municiou-o com 50.000 livros e folhetos da Guerra Fria sobre a ameaça comunista e, mais adiante, diretrizes contra a UNE e a UBES.

Do Grupo de Ação Patriótica saiu parte das lideranças que, a partir do Golpe de 64, assumiram como interventores nas entidades estudantis quando as gestões de esquerda foram depostas e as intervenções estabelecidas pelo Governo. Acresce-se que vários dos seus elementos atuaram como assessores do Ministro da Justiça Gama e Silva, que, no passado, já havia idealizado o CCC como uma organização paramilitar.

O GAP não só possuía um grande estoque de armas de fogo, como também se envolveu em contrabando de armas que entravam no Brasil transportados pelos navios da empresa L. Figueiredo. A polícia sempre demonstrou desinteresse em investigar os estudantes terroristas do Grupo de Ação Patriótica.

Anos mais tarde, alguns de seus membros circularam pelo Chile, em apoio ao sangrento golpe que derrubou o Presidente constitucional Salvador Allende. O Grupo efetuou ligação entre o Brasil e aquele país, levando armas e dinheiro tanto para a organização extremista Pátria y Libertad – liderada pelo protofascista Pablo Rodrigues e pelo industrial Roberto Thiems – como para os comitês de bairro de direita do Chile.

O mais importante líder do GAP foi seu fundador e presidente do seu Diretório Nacional, Aristóteles Drummond, que atuou na oposição à UNE na época em que José Serra a presidia. Aristóteles pertencia ao PSP, de Adhemar de Barros (golpista e ex-Governador de São Paulo), apoiou a Ditadura Militar, conquanto tenha criticado o ex-Presidente Ernesto Geisel; após concluir a faculdade, Aristóteles Drummond foi presidente da COHAB-GB no Governo de Negrão de Lima, Diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro e do Banco Nacional, Assessor do Ministro das Minas e Energia César Cals e Diretor da Light no final do Governo Figueiredo.

Cruzeiro-DF, 29 de março de 2020

SALIN SIDDARTHA

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Este artigo foi publicado originalmente no Jornal InfoCruzeiro

O samba está de luto. Aos 98 anos, morre em Salvador o sambista Riachão

Segunda, 30 de março de 2020

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Segundo família, artista morreu na madrugada desta segunda-feira (30)

Da Tribuna da Bahia

Foto: Carol Garcia/GovBA


Morreu em Salvador, na madrugada desta segunda-feira (30), o sambista Riachão. Ele tinha 98 anos. A causa da morte ainda é desconhecida.
Nascido no bairro do Garcia, na capital baiana, ele compôs a primeira canção aos 12 anos, em 1921. Ele era um dos mais importantes sambistas do país.
Entre as canções mais famosas do músico, está “Cada Macaco no seu Galho”, lançada em 1972 nas vozes de Caetano Veloso e Gilberto Gil .
Além disso, Riachão é compositor de sambas como "Vá morar com o diabo", apresentado em disco em 2000, em dueto dele com Caetano, mas popularizado no ano seguinte com a gravação feita pela cantora Cássia Eller (1962 – 2001) para o álbum e DVD ao vivo da série Acústico MTV.
Outro artista consagrado que gravou Riachão foi Jackson do Pandeiro. O sambista baiano gravou o primeiro CD aos 80 anos.
Durante a carreira, o sambista fez participação no filme "Os Pastores da Noite", do francês Marcel Camus, baseado na obra homônima de Jorge Amado.
Grande figura do bairro do Garcia, o artista também foi homenageado, em 2014, pela "Mudança do Garcia".
Para este ano, ele planejava lançar o álbum "Se Deus quiser eu vou chegar aos 100", com repertório inédito e autoral. Este seria o primeiro disco de Riachão desde "Mundão de Ouro", lançado em 2013.
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De Taciano, editor do Gama Livre: A Bahia perde um sambista, um malandro (no melhor dos sentidos), um poeta das ladeiras ruas e becos da 'Cidade da Bahia'. Uma figura que irradiava alegria e poesia. Uma grande figura humana. Um artista que alegrava não só o Carnaval de Salvador, mas todos os dias em todos os shows, fosse num grande teatro ou num palanque armado pela Prefeitura nos circuitos do Carnaval. Quantas vezes eu curti o jeito malandro do artista Riachão? Muitas e muitas.

Riachão da Bahia, vá com Deus e com todos os Orixás da Nossa Terra. A Terra está mais triste hoje, mas os Céus ganharão a alegria e as energias positivas desse sambista maior.

Veja mais sobre Riachão da Bahia em postagens anteriores:

Retrato da Bahia. Grande Riachão! Sambista baiano

É PRECISO CRÉDITO SELECIONADO

Segunda, 30 de março de 2020
Por
Helio Fernandes*

Esse terrível e mortal coronavírus não veio só para matar e sim para infernizar, descontrolar, assustar, deixar o mundo desorientado e desesperado. E o mais grave: não se sabe por quanto tempo. 

Para enfrentá-lo, combatê-lo, destruí-lo, imprescindível muito dinheiro. Mas muito mesmo.

No início do terrorismo virótico, as manchetes eram ocupadas  pela China, Itália, Espanha. Os EUA nem figuravam no noticiário. Subitamente os que estudaram e conhecem o assunto, informaram: "Na crise do coronavírismo os EUA caminham para o epicentro". (Desculpem, é a palavra). 

Os americanos começaram a ser atingidos em massa, Trump  demorou, mas coordenou uma ajuda de 2 TRI de dólares, equivalente a 10 TRI do nosso real.

Logo, logo os  países mais  ricos do mundo (o G-20), fortemente atingidos, numa reunião, decidiram: votaram 5 TRI de dólares (25 TRI de reais) para combater o vírus e salvar o mundo.

O Brasil tem um presidente, que é o epicentro do retrocesso. Deveria  ter votado ajuda para a "micro e  pequena empresa", que representa 70 por cento da produção e trabalho. 

PS- Não  faz nada, preocupado e assoberbado em combater  o obrigatório e salvador isolamento, que ele indevidamente chama de confinamento.

PS2- (Só quem viveu três vezes a realidade  dessa palavra, foi este repórter, por combater de frente, a ditadura que ele  insiste que não existiu).

PS3- Por que não concretizam rapidamente o impeachment?

A JUSTIÇA DESAUTORIZOU O CAPITÃO PRESIDENTE

Abuso de autoridade transformando lotéricas em serviços essenciais. E concedendo benefícios também essenciais, a  "bispos"  evangélicos. A primeira, absurda. A segunda, vergonhosa  e ignominiosa.

O capitão expulso do Exército ficou revoltado. Garante  que entrarão com recurso e ganharão.

PS- Alguém precisa dizer a Bolsonaro, que um presidente não pode tudo. 

PS2-  Quem pode tudo é a Constituição e o bom senso.

PS3 - Constituição nunca leu. Bom senso, revelaria, renunciando antes do impeachment.

QUEM MANTÉM O CORRUPTO MANDETTA NO IMPORTANTE MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quando foi nomeado e empossado, era mais um cargo. Ninguém pensava ou imaginava que surgiria o terrorismo virótico, que domina e apavora o mundo, identificado como coronavírus.

Foi aceito  sem investigação, isso cabia ao presidente da República. Mas não demorou, surgiu o problema mundial, Mandetta  se  mostrou tão frágil quanto o resto do ministério.

Inicialmente apareceu equivocado, sem convicção, se arrojando aos pés de Bolsonaro, para manter o cargo. Isso era o início. A tragédia para o governo, (desgoverno)  surgiu com as denúncias irrefutáveis da Doutora em Historia, Mariana Lopes. Ela revelou seu passado tenebroso.

Ninguém sabia que  tinha presidido a Unimed. Que é  desonestíssimo. Responde a vários processos no seu estado,  quando foi  secretário de Saúde. Já  devia ter sido demitido, não é hora para glorificar corruptos.  

PS- Só para mostrar a  impropriedade de ter um ministro da Saúde como esse.

PS2-  A  OMS, (Organização Mundial da Saúde) informou e alertou: um terço  da população do mundo, está em isolamento.  Devem  ser mais de 2 BILHÕES de pessoas. Só a China e a Índia somam 2 bilhões e  500 milhões.

PS3- Mandetta era a favor do isolamento. Como Bolsonaro ficou contra, mudou para agradá-lo.

GOVERNADORES CRITICAM PUBLICAMENTE BOLSONARO

Quase todos, com raras exceções: "O Presidente gera insegurança". O que é  verdade.

E alertam: "Podemos entrar na Justiça". Se Bolsonaro chegar a 2022, quem votará nele?

Alguém viu o teste do presidente ? Como  saber se não é positivo?

BOLSONARO PASSOU A SEMANA INTEIRA, "VOU AJUDAR A MICRO E PEQUENA EMPRESA"

Na hora de assinar o decreto, substituiu a micro pela media empresa.  Dizem:  tem muitos amigos na média, nenhum na micro. Estas que se danem.

DIFERENÇA  DE ATIVIDADE POLÍTICA ENTRE CÂMARA E SENADO

Na quinta chegou á Câmara, mensagem do Executivo,  criando ajuda de  200 reais  para informais, impedidos de trabalhar, infectados pelo coronavírus. Maia achou pouco aumentou para 500, parlamentares fixaram em 600.

Eram 5 da tarde, às 7 estava aprovado, com um adendo que permite que os 24 milhões de informais, recebam duas cotas, mil e duzentos  reais. É pouco, mas melhorou.

Enviaram para o senado, esperando que votassem na sexta. Passaram para hoje, segunda, nenhuma certeza. 

PS- O senado está sem comando. Seu presidente foi infectado pelo coronavirus. Podia dirigir os trabalhos pelo telefone do isolamento presidencial. Preferiu abandonar o senado.

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*Fonte: Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa. Matéria pode ser republicada com citação do autor.

domingo, 29 de março de 2020

NOTA CONJUNTA EM REPÚDIO AO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

Domingo, 29 de março de 2020

         Nós, partidos políticos que subscrevemos esta nota, vimos a público para repudiar a atitude do Presidente da República Jair Bolsonaro de ter feito visitas a feiras populares e comércios do Distrito Federal, incentivado a população a descumprir as medidas sanitárias decretadas localmente, orientadas pelo seu próprio Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
         O Presidente da República insiste em ir na contramão de todas as ações que têm sido tomadas por chefes de Estado de todo o mundo no enfrentamento à pandemia do COVID-19. O DF é, hoje, a terceira Unidade da Federação com o maior registro de casos. Assim, essa apologia ao descumprimento de orientações sanitárias pode fazer com que os números cresçam em nossa cidade e que cheguemos ao completo colapso do sistema de saúde. O discurso criminoso e irresponsável do presidente custará vidas, principalmente dos mais pobres, vulneráveis e moradores das periferias.

É preciso frisar que não há dicotomia entre saúde e economia. Os países que melhor enfrentaram até o momento a crise do COVID-19 adotaram medidas de isolamento social, aumento no número de UTIs e realização de testes massivos em sua população, e o Estado atuou de forma a garantir o emprego e a renda das pessoas.

          Por isso, estamos estudando medidas judiciais cabíveis contra a atitude do Presidente da República, no intuito de salvaguardar vidas em nossa cidade, bem como mobilizando-nos em diversas ações de natureza política. Momentos como o que estamos vivendo no Brasil, e em especial no Distrito Federal, materializam e reforçam ainda mais os elos de união das forças progressistas na defesa da vida e de uma sociedade livre, justa e solidária.

Assinam a nota

PSB
PT
PSOL
PCdoB
Rede Sustentabilidade
Unidade Popular
Consulta Popular
PCB
PRC
PDT
PV

POR UM PUNHADO DE DÓLARES

Domingo, 29 de março de 2020
Por
Pedro Augusto Pinho

O modelo de sociedade neoliberal não é perverso apenas pela concentração de renda, ou por divulgar que um atleta olímpico, um idoso manco e um menino na primeira infância podem disputar a mesma corrida, em outras palavras, podem competir. Se você contrapõe que só há competição entre iguais, eles colocam todas as pessoas como recém nascidas, onde umas venceram e outras perderam na corrida pela vida. Esquecem, pois não são especialmente ignorantes, os estudos sobre o capital cultural, que as desigualdades são construídas antes mesmo do parto.

Nesta crise, provocada pelo Covid 19, surgem várias reflexões que levam à mais contundente crítica do neoliberalismo. Tanto que, muitos defensores desta selvageria (ou não é uma lei da selva), não tendo como a defender, ressuscitam o comunismo, que nada mais é do que o neoliberalismo (globalizante, ideológico, centralizador, gerenciado por uma burocracia), com a diferença na distribuição do butim, para uns poucos ou para o Estado.

Notícias na televisão dizem que o aparelho respiratório para os infectados, em Nova Iorque, passou de 25 dólares, em janeiro de 2020, para 45 dólares atuais (28/03/2020). E há quem considere simplesmente uma “oportunidade de mercado”, ou seja, a vida humana exige um lucro excepcional para quem a tem sobre controle ou dela pode dispor.

Ouvindo o ministro Paulo Guedes, numa tela onde só há representantes do mercado, nome dado aos especuladores e aproveitadores das finanças desreguladas, fica-se com a impressão monárquica: um suserano e sua corte.

É o caso de fazer a pergunta, por tantos anos enunciada e repetida pela corajosa e combativa auditora fiscal Maria Lucia Fattorelli: que dívida é esta que não resiste a uma auditoria? É a farsa para transferir para bolsos privados o dinheiro público, e depois afirmar que a saúde e a educação não dispõem de orçamento para atender aos contribuintes, o cobertor só não é curto para os especuladores com dinheiro alheio.

Para o povo brasileiro, o povão desconhecido por todos governantes que combateram e combatem a Era Vargas, existe a Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016, a PEC do Fim do Mundo, que por vinte anos, uma geração, congela as despesas com a saúde e a educação. Mas para os financistas, a privilegiada casta dos especuladores, o Banco Central transfere, todo dia, milhões e milhões de reais nas Operações Compromissadas. Estas Operações (poderia chamar assaltos) destinam-se a remunerar as sobras de caixa dos bancos, um overnight sobre o saldo dos depósitos menos saques. Que, na verdade, é o dinheiro dos correntistas remunerando os donos dos bancos. Um furto legalizado.

Vejamos algumas notícias, informações do sábado, 28/03/2020.

A biderberguiana cnnbrasil, emissora que pretende tirar da Globo o título de órgão oficial do neoliberalismo, surpreende ao afirmar que a Rússia, com 146 milhões de habitantes e 17.098 mil km², teve 253 casos de Covid 19, sendo quatro fatais, enquanto Luxemburgo, com 628 mil habitantes em 2.586 km² apresentava 670 casos com oito mortes. Mas foi incapaz de dizer que se tratava de um Estado Nacional Soberano e de um Estado Mínimo, em todos os sentidos, inclusive moral. Vive da lavagem de dinheiro.

Leiamos, na sempre magnífica tradução da Vila Mandinga, o que o diplomata britânico Alastair Crooke escreveu na plataforma Strategic Culture Foundation.

Título da matéria: “Dinheiro de helicóptero”: o grande evento geopolítico do momento. “EUA e Reino Unido, para deter o Covid-19, adotam abordagem bem próxima de tempos de guerra, com níveis invasivos de intervenção na vida social; ao mesmo tempo esses governos – como corolário da quarentena – propõem ‘resgates’ massivos. À primeira vista, talvez até pareça sensível e adequado. Mas... calma! Querem resgatar o quê? Ora... Claro que querem resgatar os mercados financeiros; de fato, sobretudo e esses todos: a Boeing, a indústria norte-americana do petróleo de xisto, companhias aéreas, indústria do turismo e (nos EUA) todos os cidadãos, enviando a cada um/uma, pelo Correio, essa semana, um cheque de $1.000 ou de $2.000 – ou, como se discute em DC – um cheque desses por mês. Excelente! Faz de conta que é Natal”. Não é para rir, caro leitor; é para chorar!

Para conter a “pandemia” tão a gosto dos neomalthusianos liberais, agora, por razão que talvez só os céus conheçam, atingindo mais ricos e classe média favorecida do que pobres e classe média baixa, mas sem prejudicar as receitas das “gestoras de ativos” só chovendo dólares.

E desta forma, Axel Christensen, estrategista-chefe de investimento na América Latina da BlackRock, pode enxergar maiores oportunidades de retomada aplicando em ações (!).

Oh Cristo! Será o caso de exorbitante cinismo, pois exorbitante já é o saque que esta gestora de ativos, que ao fim de 2019 apresentava-se com 10 trilhões de dólares estadunidenses em especulações pelas bolsas mundiais. Pois além de falidas - o que não era difícil prever desde a jogada geopolítica dos Estados Unidos da América (EUA) ao “descobrirem” sua “libertação” da dependência do petróleo árabe com as shale oil em seu território - a indústria do xisto só sobrevive por causa dos aportes estatais, sob as diversas denominações. A extração de petróleo dos folhelhos betuminosos não se sustenta, pelos custos e pela tecnologia disponível, frente à dos reservatórios “convencionais” de petróleo.

Mas o neoliberalismo, dos Estados Mínimos, da Lei da Selva, do projeto de extermínio de 2/3 da humanidade, também é o corruptor do judiciário, hoje desacreditado por pobres e ricos. Vamos ao exemplo da bilderberguiana cnnbrasil.

No noticiário noturno do sábado, 28/03/2020, ficamos sabendo que o Prefeito de São Roque (interior paulista), após frustradas negociações com o Hospital particular São Francisco, e com a autorização dada pelo Decreto de Calamidade Pública no Município, retirou e transferiu para Santa Casa sete respiradores. O prefeito, empresário Claudio José de Góes, é do PSDB, o mesmo partido do atual Governo paulista e que desde 1995 administra o Estado, além de ser dos maiores apoiadores do presidente Bolsonaro no Congresso.

A apreensão se deu após ser registrado o 38º caso de Covid 19 no município. Mas tanto as jornalistas da cnnbrasil quanto o entrevistado-consultor, que foi apresentado como médico, representante de hospitais particulares, acharam que o Hospital, que negociava com a vida dos munícipes, deveria ir à justiça contra o Prefeito. Aonde leva o neoliberalismo!

Alastair Crooke, sempre na tradução da Vila Mandinga, acrescenta:

“Na crise de 2008/9, o público ficou perplexo: o mundo financeiro parecia demasiado complexo para ser completamente compreendido. Só adiante apareceu quem percebesse que os bancos tinham sido salvos mediante a ‘socialização’ de seus erros e prejuízos. As perdas foram ‘socializadas’, vale dizer, transferidas para o balanço das contas públicas, e disseram que o povo esperasse austeridade e mais austeridade [“arrocho e mais arrocho”] – e cortes nos sistemas de saúde e bem-estar, para pagar por todos aqueles ‘resgates’ de 2008.

Dessa vez, não são os bancos, mas as empresas e sua respectiva dívida ‘podre’, que as autoridades esperam conservar em formol (como foi feito, antes, com os bancos). Em termos simples, o sistema permitirá que empresas super alavancadas assumam dívidas ainda maiores – tomando esses empréstimos agora avalizados pelo governo federal dos EUA.

Mas... será que público mais bem informado aceitará prontamente que a empresa Boeing mereça ser ‘resgatada’ com $60 bilhões, quando todo o dinheiro que hoje falta à empresa foi torrado ano passado para recomprar as próprias ações da empresa e pagar altos dividendos a eles mesmos?! Pode-se perfeitamente argumentar que, se o dinheiro é só papel impresso... ninguém mais precisa se preocupar com a tal ‘austeridade’ e os tais cortes.

Mas imprimir dinheiro oco dilui o potencial subjacente de compra do próprio dinheiro que havia antes da diluição. Quer dizer que, outra vez, os mesmos 60% pagarão os custos – outra vez.

Essa ‘neoausteridade’ será transferência clandestina de riqueza mediante a diluição do poder de compra das pessoas”

Mas as empresas, hoje, quase todas as negociadas nas bolsas de valores e outras de capital fechado - e isso é muito importante conhecer - após tantas crises fabricadas, pertencem ao BlackRock e seus colegas (concorrentes?) gestores de ativos: Vanguard, Wellington, Fidelity, State Street, PIMCO, Charles Schwab, Amundi, Morgan Stanley, Allianz e outras mais. Os cerca de 100 trilionários e bilionários sorvedouros da poupança mundial, para deleite e conforto de 0,001%, talvez menos, da população do planeta.

E quem as protege? Ouçamos um grande especialista, o primeiro civil a dirigir a Agência Central de Inteligência (CIA), dos EUA, Allan Dulles: “o serviço de inteligência é o veículo ideal para conspiração”. Inferimos que os gestores do MI6, do Mossad, e dos seus similares por todo mundo, não pensem e nem ajam diferentemente.

Pelo punhado de dólares, o neoliberalismo vende a senhora sua mãe. Prazerosamente.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado.