Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

MEMÓRIA E VERDADE —“Esquecer não é uma alternativa”, afirma historiador sobre invasão militar na UnB em 1968

Quarta, 31 de agosto de 2022
Por trás da violenta invasão militar na UnB estava o combate à organização do movimento estudantil - Arquivo Central / UNB

Há 54 anos, militares invadiam, torturavam e prendiam estudantes por resistirem à ditadura

Flávia Quirino
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 31 de Agosto de 2022

A data de 29 de agosto é marcada por rememorar os 54 anos da invasão mais violenta dos militares na Universidade de Brasília (UnB) em 1968, historicamente um dos períodos mais sangrentos da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985).

Numa manhã ensolarada e de tempo seco na capital do país, militares invadiram o Campus Darcy Ribeiro com forte aparato policial. Cerca de 500 pessoas, entre estudantes, professores e parlamentares federais, foram amontoadas e espancadas na quadra de esportes localizada em frente à Faculdade de Educação.

Assista:


O filme “Barra 68 Sem Perder a Ternura”, do cineasta e professor emérito da UnB, Vladimir Carvalho, lançado em 2000, narra o momento de violência que resultou na prisão de 60 estudantes, entre estes Honestino Guimarães, presidente naquele momento da Federação dos Estudantes Universitários de Brasília (FEUB).

Por trás da violenta invasão militar na UnB, estava o combate à organização do movimento estudantil, que naquele período estava em efervescência em todo o país, mas o ataque representava mais que isso. Para os militares, a UnB representava um projeto de educação contrário aos interesses do regime.

“Em 1968 a UnB era uma trincheira da luta contra a ditadura, em Brasília, bem ao lado do governo militar. Essa invasão, ao mesmo tempo que era uma demonstração de força, punha a nu a fragilidade dos militares, desafiados por jovens que não se intimidavam”, conta Betty Almeida, professora aposentada, ex-aluna da UnB.

LUTA DEMOCRÁTICA —Atuante contra a ditadura, Sindicato dos Jornalistas do DF completa 60 anos

Quarta, 31 de agosto de 2021
Nos últimos anos, jornalistas voltaram a enfrentar um ambiente conflagrado e violento para o exercício da profissão - SJPDF/Divulgação

Câmara Legislativa realizou sessão solene para homenagear trajetória da entidade

Redação
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 31 de Agosto de 2022

A trajetória da capital brasileira, fundada há 62 anos, se confunde com a da organização que representa os profissionais que ajudaram e ajudam a escrever e registrar a história da cidade, e também do país.

Completando exatamente seis décadas de existência em 2022, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) nasceu apenas dois anos depois da fundação de Brasília. A marca da entidade, desde então, tem sido a luta pela construção da democracia e de resistência ao autoritarismo.

Para marcar a memória desse período histórico, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizou nesta terça-feira (30) uma sessão solene, convocada por iniciativa do deputado Chico Vigilante (PT), em conjunto com a deputada distrital Arlete Sampaio (PT) e os deputados Leandro Grass (PV) e João Cardoso (Avante).

OS ÍNDIOS DE CASACA E A DISPUTA PARA FEITOR NO BRASIL 2022

Quarta, 31 de agosto de 2021

Pedro Augusto Pinho

Este imenso, rico e bonito curral é habitado por seres muito estranhos. Não se prezam, têm o menor amor-próprio, a mais baixa autoestima do universo. E acreditam, como as crianças na primeira infância, em bruxas malvadas e fadas madrinhas.


A chave do portão de acesso ao curral tem nome; é chamada consenso de washington. Ela impõe baboseiras do tipo: controlar qualquer despesa exceto financeira, que tem pagamento privilegiado, a isso se denomina: disciplina fiscal. A questão dos nomes é outra das características estranhas do curral.


Alguns intelectuais, pessoas sem moral e dignidade, que “nada produzem e fumam maconha” (!), dizem que no curral se fala ao modo barroco, muitas palavras para pouco significado. Mas estes seres são estranhos e não se deve levá-los em consideração.


Outra imposição para usar a chave é manter o curral permanentemente aberto para entrada e saída de estrangeiros, mas impor restrição para circulação dos índios que lá residem.


Estes índios constituem um caso muito especial. Não se conformam em serem os nativos de um verdadeiro paraíso terrestre, onde em se plantando tudo dá, onde há água doce em abundância, o clima é gentil e o sol brilha o ano inteiro. Por isso usam roupas inadequadas, têm costumes opostos aos que estariam em conformidade com suas necessidades e com os inúmeros recursos existentes no curral.


Vejamos um fenômeno recente, que está ocorrendo há seis anos.


Alguns já descobriram que existem dois pilares de sustentação de qualquer sociedade: a produção de alimentos e a geração de energia. Fora do curral, a avaliação das sociedades se dá pelo consumo de energia por pessoa; quanto mais energia é consumida, mais avançada é a sociedade. Mas há muitos índios que pensam que isso é coisa de comunista.


O que é coisa de comunista não é bem entendido no curral, porque ora diz respeito à família, mesmo quando a pessoa tem várias e não cuida de nenhuma, basta ser rico ou muito pobre, isso é estranho, não é mesmo?


Também comunista é quem acha que é mais importante cuidar da saúde da indiada do que pagar altos juros pela liberalização do setor financeiro ou para incentivar a exploração ou expropriação do curral por quem nem mora nele.


Voltando à energia, o curral também é riquíssimo. Tem energia de origem fóssil, petróleo e gás, que dá para consumir por um século, tem rios que podem produzir energia por toda vida, tem vegetais que produzem energia da biomassa, tem ventos e sol cuja energia é mais cara, mas está disponível 365 dias por ano, o que não acontece em quase nenhum lugar fora do curral.


E apesar de ter toda essa energia dentro do curral e, o que é muitíssimo importante, ter total conhecimento para produzi-la, os índios compram fora do curral a preços caríssimos, porque a chave ordena a liberalização comercial. E quem for contra, já sabe, é comunista.


Mas nem sempre isso foi assim. Já houve um tempo em que o curral ao invés de feitor tinha presidente. Você nem acredita, mas eu provo.


Foi quando um cientista e político chamado José Bonifácio de Andrada e Silva elaborou um projeto para o curral. Mas antes que pudesse colocar em prática, foi preso e exilado. Morreu pobre e esquecido.


Foi também quando um homem baixinho e gordo, com sorriso simpático, conseguiu ser presidente do curral e teve a aprovação e admiração dos índios e até de estrangeiros que souberam o que ele fazia, procurando imitá-lo. Mas os invejosos do êxito dos índios trataram de afastar este presidente que de tristeza foi levado ao suicídio.


Mais recentemente, no fim do século passado, foi elaborada a lei que orientaria a vida no curral, protegendo os aqui nascidos, defendendo a prioridade dos nacionais para o trabalho e para gozar dos benefícios das riquezas existentes. Nem se passaram 10 anos e o feitor em exercício revogou estes direitos, pelo que o linguajar barroco denominou Emendas Constitucionais. Elas foram cinco em 1995, uma em 1996, duas em 1998, uma em 1999 e em 2002. E ainda não pararam de acontecer.


E agora, quando um novo feitor deve ser escolhido, como está o curral? Vai manter a energia com preço do exterior, de importada, mesmo quando produzida no curral? E as empresas que cuidam da energia serão todas transferidas para a propriedade de estrangeiros, como já se está fazendo? Ficará o curral ainda mais pobre, mais doente, mais ignorante do que antes daquela lei de 1988?


Quem se atreve a restabelecê-la? Estes índios tão bobos que acham o máximo se vestir com casacas?


Observação à indiada. O Brasil teve um compositor genial, que provocou admiração e inveja em todo mundo, chamava Heitor Villa-Lobos. Para minimizar sua importância na história da música erudita, foi-lhe atribuída a pecha, a extravagância de ser um índio de casaca. Razão da nomenclatura aqui usada. Como um intelectual lusitano, pois lá também há comunistas, afirmou com sua arrogante firmeza: “um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a língua da sua terra: todas as outras as deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso que denuncia logo o estrangeiro” (Eça de Queiroz, falecido a 16 de agosto de 1900).

 

Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado.

Dia Internacional para Pessoas Afrodescendentes luta pelo fim do racismoBR

Quarta, 31 de agosto de 2022
MINUSTAH/Logan Abassi. —Nações Unidas marcam neste 31 de agosto o Dia Internacional para Pessoas Afrodescendentes

Dia Internacional para Pessoas Afrodescendentes luta pelo fim do racismo

ONU News
Celebrado em 31 de agosto, data foi aprovada durante debates da Década Internacional das Pessoas Afrodescendentes; secretário-geral da ONU condena discriminação “enraizada e sistêmica”; integrante do Fórum Permanente das Pessoas Afrodescendentes explica avanço do autorreconhecimento e reparação histórica.

As Nações Unidas marcam neste 31 de agosto o Dia Internacional para Pessoas Afrodescendentes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, destaca que a data é um lembrete de que milhões de pessoas de ascendência africana ainda estão sujeitas ao racismo e à discriminação racial profundamente enraizada e sistêmica.

Em mensagem sobre a celebração, o chefe das Nações Unidas destaca que este ano acontece o primeiro Fórum Permanente das Pessoas Afrodescendentes. Para Guterres, sua criação é uma importante conquista da Década Internacional das Pessoas Afrodescendentes, que segue até 2024.

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Orçamento secreto: integrantes do Centrão recebem 1,5 vezes mais

Terça, 30 de agosto de 2022
Congresso Nacional (foto de Claudio Marcio)


Jair Bolsonaro encerrou 2019, seu primeiro ano de mandato, com uma taxa de sucesso legislativo de apenas 31% – a menor taxa observada desde 1989, conforme dados divulgados pelo Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB). O distanciamento da “velha política” durou pouco. Em 2020, além de distribuir o comando e cargos no interior dos ministérios para partidos e parlamentares pertencentes ao Centrão, Bolsonaro recriou a modalidade das emendas orçamentárias do relator-geral, conhecidas como emendas RP9.

As RP9 estiveram no centro do escândalo conhecido como Anões do Orçamento, de 1993. Assim como acontecia até 1995, o relator-geral da LOA ganhou o poder de alocar recursos de forma ilimitada e sem necessidade de autorização prévia do Poder Executivo ou do Poder Legislativo. Essas emendas compõem hoje o elemento central do chamado Orçamento Secreto. Em 2023, serão R$ 19 bilhões para a execução dessas emendas. O valor equivale à soma dos reservados para a liberação das emendas individuais e de bancada, segundo o OLB.

Somente 66,7% dos deputados federais cumpriram a determinação de revelar quanto receberam e como foram utilizados os recursos. Dos quase R$ 30 bilhões aprovados para essa modalidade de emenda, apenas R$ 10,9 bilhões foram até agora mapeados e identificados.

ELEIÇÕES 2022 —Ibaneis quer ampliar modelo de saúde que virou foco de corrupção no DF

Terça, 30 de agosto de 2022
Depois que quebrar promessa de não expandir terceirização, Ibaneis Rocha agora quer ampliar modelo do Iges-DF - Paulo H Carvalho/Agência Brasília

Candidato à reeleição fala em ampliar participação do Iges-DF na gestão de novos hospitais

Pedro Rafael Vilela
Brasil de Fato | Brasília (DF)

O governador Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, tem afirmado, em entrevistas recentes, que não apenas vai manter, como pretende ampliar a atuação do Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), caso seja reeleito. O modelo de gestão prevê mais terceirização de serviços e menor controle dos recursos públicos.

Criado em 2019, o Instituto, que já administrava o Hospital de Base, o principal centro hospitalar da capital, assumiu também a gestão do Hospital Regional de Santa Maria e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Ceilândia, do Núcleo Bandeirante, do Recanto das Emas, de Samambaia, de São Sebastião e de Sobradinho. A promessa era que, nesse formato, tendo à frente uma entidade sem fins lucrativos de direito privado, as compras de insumos, contratações e reformas seriam céleres. O que se viu, no entanto, foi uma porta aberta para negócios escusos.

Somente este ano, duas operações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) foram deflagradas para apurar crimes em contratos do Iges-DF.

Em setembro de 2021, outra operação do MPDFT começou a apurar irregularidades na contratação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para tratamento da covid-19 pelo instituto, que registraram mais óbitos do que a média de outros hospitais. A suspeita dos investigadores era de que as empresas prestadoras do serviço economizavam na medicação, levando pacientes a óbito e aumentando a rotatividade dos leitos.


Em agosto de 2020, Francisco Araújo, ainda no cargo de secretário de Saúde do DF, foi preso durante a Operação Falso Negativo, também deflagrada pelo MPDFT. Ele ficou mais de 20 dias encarcerado. A investigação abarcou ilicitudes na aquisição de testes rápidos para detecção da covid-19 para a rede pública de saúde local, com conexões com a empresa de medicamentos Precisa, que está sendo investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal.

Dia dos Desaparecidos

 Agosto

30

Dia dos Desaparecidos

Desaparecidos: os mortos sem tumba, as tumbas sem nome.
E também:
os bosques nativos,
as estrelas na noite das cidades,
o aroma das flores,
o sabor das frutas,
as cartas escritas a mão,
os velhos cafés onde havia tempo para perder tempo,
o futebol de rua,
o direito a caminhar,
o direito a respirar,
os empregos seguros,
as aposentadorias seguras,
as casas sem grades,
as portas sem fechadura,
o senso comunitário
e o bom-senso.


Eduardo Galeano, no livro ‘Os filhos dos dias’.
2ª edição, pág. 276,  L&PM Editores.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

STF: 1ª Turma confirma decisão que manteve julgamento de Ronnie Lessa pelo Tribunal do Júri; o policial reformado será julgado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Segunda, 29 de agosto de 2022
Mariellle Franco
Foto do amigo e professor de história Leon Diniz | Foto: arquivo pessoal
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Do STF
o policial reformado será julgado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a rejeição de habeas corpus em que a defesa do policial militar reformado Ronnie Lessa questionava a decisão que o submeteu a júri popular pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro. Na sessão virtual encerrada em 26/8, o colegiado, por unanimidade, negou provimento a recurso (agravo regimental) contra decisão da ministra Rosa Weber no Habeas Corpus (HC) 216511. Lessa está preso preventivamente.

Em março de 2020, a sentença de pronúncia (decisão que submete o réu ao Tribunal do Júri) acolheu três qualificadoras previstas no artigo 121 do Código Penal: "motivo torpe", "outro meio que dificultou a defesa da vítima" e "para assegurar a impunidade de outro crime". O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negaram recursos da defesa, e a sentença foi mantida.

Eleições DF: quando o erotismo entra na campanha

Segunda, 29 de agosto de 2022

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

A recente peça publicitária da distrital, Julia Lucy (UB), que tenta uma vaga a federal. foca o eleitorado masculino. A candidata posa com um maiô decotado, expondo seus dotes anatômicos. Não bastasse a imagem, o texto da campanha reafirma a sexualização da estratégia de marketing: “Seu amigo já tem federal? Agora tem: Júlia Lucy”

Por Chico Sant’Anna
Em 24 de fevereiro desse ano, o direito de voto das mulheres completou 90 anos. A conquista foi consagrada por meio do decreto 21.076/32, do então presidente Getúlio Vargas. Desde então, aos poucos as mulheres vem conquistando seu espaço de direito no mundo da política, votando e sendo votadas. Não tem sido uma caminhada fácil, mas historicamente, importantes quadros foram revelados, trazendo fortes contribuições para o Brasil.

Se de um lado, há mulheres que buscam demonstrar que no mundo da política são iguais ou mesmo melhores do que os homens, elaborando importantes leis, fiscalizando a ação governamental; de outro, há mulheres que reafirmam valores extremamente machistas para conquistar apoio. Demonstração desse erro de percurso é a recente peça publicitária da distrital, Julia Lucy (UB), que tenta uma vaga a federal. Focada no eleitorado masculino, a candidata posa com maiô decotado, expondo seus dotes anatômicos. Não bastasse a imagem, o texto da campanha reafirma a sexualização da estratégia de marketing: “Seu amigo já tem federal? Agora tem: Júlia Lucy”.

A candidata é exibida da forma que os movimentos da emancipação feminina condenam, qual seja, a transformação da mulher em um mero objeto sexual. O curioso é que, em abril, quando a cantora Anita estourou nas paradas internacionais de sucesso, Julia Lucy metralhou a artista: “Ela, como brasileira, somente está reforçando o velho papel que a mulher brasileira sempre ocupou: papel de mulher gostosa, papel de objeto a ser consumido”, disse a parlamentar em um vídeo.

VITÓRIA DOS USUÁRIOS —Senado aprova projeto que obriga planos a cobrir atendimentos fora da lista da ANS

Segunda, 29 de agosto de 2022

Proposta aprovada resgata o rol exemplificativo, que estabelece que a relação da ANS é uma "referência básica" para os planos de saúde - Waldemir Barreto/Agência Senado

A proposta aprovada põe fim ao chamado rol taxativo e permite que usuários busquem procedimentos fora da lista da ANS

Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 29 de Agosto de 2022



O Senado Federal aprovou nesta segunda-feira (29) projeto de lei que obriga planos de saúde a cobrir tratamentos e procedimentos não previstos pela Agência Nacional de Saúde (ANS). O texto agora vai à sanção presidencial. A aprovação é uma vitória dos usuários dos planos, em especial ativistas dos direitos de pessoas com deficiências e doenças graves.

A proposta põe fim ao chamado rol taxativo, interpretação segundo a qual a lista de procedimentos da ANS seria exaustiva, ou seja, apenas procedimentos incluídos textualmente na lista seriam obrigatoriamente cobertos pelos planos. A partir de agora, volta a valer o rol exemplificativo, que estabelece que a relação da ANS é uma "referência básica" para os planos de saúde, permitindo que usuários possam solicitar tratamentos não incluídos.


O projeto de lei já foi aprovado pela Câmara no dia 3 de agosto. Ele tem sua origem em um grupo de trabalho criado pela Câmara no final de junho, após decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que favoreceu as operadoras de planos de saúde.

Anitta é a 1ª brasileira a ganhar o prêmio VMA, nos EUA

Segunda, 29 de agosto de 2022
                               © Divulgação
Agência Sputnik De Noticias
29.08.2022

A cantora e compositora Anitta foi premiada durante o Video Music Awards (VMA), da MTV, neste domingo (29). A artista se tornou a primeira brasileira a ser reconhecida na premiação internacional.

Anitta venceu a categoria melhor clipe de música latina com o megahit "Envolver", que a levou para o topo das paradas mundiais. Ela concorria com Bad Bunny, Becky G, Karol G, Daddy Yankee, Farruko e J Balvin.
Em discurso, a artista celebrou o fato de ser a primeira brasileira a vencer a premiação e lembrou da criminalização do funk, ritmo que marcou sua carreira.

"Hoje é um dia histórico. É a primeira vez do Brasil aqui. É a primeira vez que meu país ganha esse prêmio. Eu quero agradecer: obrigado à minha família e aos meus fãs. Hoje eu cantei aqui um ritmo que, por muitos anos no meu país, foi considerado crime. Eu nasci no gueto do Brasil, e, para quem nasceu lá, a gente nunca pensou que isso seria possível. Então muito obrigada", disse a cantora.


Discurso HISTÓRICO da primeira brasileira a vencer um #VMAs - Anitta:
“Fui criada no gueto do Brasil — para quem nasceu lá, nós nunca poderíamos pensar que isso seria possível. Então muito obrigada”

Ministro Alexandre de Moraes torna públicos documentos sobre operação que envolve empresários

Segunda, 29 de agosto de 2022
                                                          EBC


Na decisão que autorizou medidas, ministro levou em conta fortes indícios que estão em análise em vários inquéritos desde 2019.

Do STF
29/08/2022

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tornou públicos nesta segunda-feira (29) documentos sobre a operação policial que envolveu empresários, autorizada por ele na semana passada - confira as íntegras ao final do texto.

Conforme o ministro, as notícias veiculadas na Petição (PET) 10543 guardam estrita correlação com o rumo de investigações nos Inquéritos (INQ) 4781, 4828, 4879, 4888 e 4874, todas elas voltadas ao possível financiamento de notícias fraudulentas, discurso de ódio e de ataques orquestrados às instituições públicas, às urnas e a reforçar o discurso polarizado, promovendo o descrédito dos Poderes da República; envolvendo, inclusive, alguns empresários que já estão sendo investigados desde 2019.

O material indica que as provas juntadas nos autos, somadas a outros fortes indícios que estão sendo analisados nos referidos inquéritos, desde 2019, de possível participação de diversos empresários, anteriormente do grupo do grupo “Brasil 200 Empresarial”, que, atualmente, participam do grupo "WhatsApp Empresários & Política", citados na representação da Polícia Federal, em financiamento na produção e divulgação de notícias fraudulentas e na organização de atos antidemocráticos, não permitem que a troca de mensagens com caráter eminentemente antidemocrático possam ser ignoradas, em especial, à vésperas do dia 7 de setembro.

EDUCAÇÃO —Aos dez anos, Lei de Cotas confirma sucesso e se aprimora contra fraudes

Segunda, 29 de agosto de 2022

Combate às fraudes nas universidades é feito pelas comissões de heteroidentificação - Foto: Marcelo Casall/Agência Brasil

Elaboração do movimento negro, legislação aumentou em 400% a presença de pretos e pardos nas universidades

Igor Carvalho
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 29 de Agosto de 2022

"Eu sempre acreditei que era um caminho natural, sair do ensino médio e entrar no ensino superior, mas eu não sabia como isso era possível. De certo modo, o que entendíamos é que o ensino superior não é para todo mundo". Essa é a memória que o sociólogo Wellington Lopes, de 28 anos, tinha sobre sua ideia de acessar uma universidade em 2013. Às vésperas de sair do Ensino Médio, Lopes ainda não conhecia a Lei 12.711, conhecida como Lei de Cotas, promulgada em 29 de agosto de 2012.

Após um ano de estudos na Uneafro, rede de cursinhos populares que prepara jovens de periferia para vestibulares, Lopes conseguiu uma vaga, usando a Lei de Cotas, para Ciências Sociais na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), onde se formou em 2018. Hoje, é voluntário da organização e milita para garantir a manutenção da legislação.

"Uma pessoa pobre e de quebrada ingressar no ensino superior faz parecer mais possível para todo mundo. Outras pessoas, inclusive da minha família, entraram no ensino superior após o meu ingresso", explica o sociólogo.

ELEIÇÕES 2022 —Soraya Thronicke ataca Bolsonaro no debate: “Tchutchuca com homens e tigrão com mulheres”

Segunda, 29 de agosto de 2022

Confira nove vezes em que o atual presidente atacou os direitos das mulheres

Inara Chagas
Brasil de Fato | São Paulo

Soraya: "Quando eu vejo o que aconteceu agora, contra a Vera, eu fico extremamente chateada"

Durante o debate realizado pelo grupo de mídias, na noite deste domingo (28), a candidata Soraya Thronicke (União Brasil) atacou o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, por sua postura com as mulheres.

A crítica veio após Bolsonaro atacar a jornalista Vera Magalhães, que o questionou sobre a pandemia. “Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Deve ter alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido em um debate. Uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, afirmou o presidente.

Indignada, Soraya Thronicke respondeu a Bolsonaro e se solidarizou com a jornalista. “Eu quero aproveitar, sou muito tranquila, bandeira branca. Mas, quando eu vejo o que aconteceu agora, contra a Vera, eu fico extremamente chateada. Quando homens são tchutchucas com outros homens e com mulheres são tigrão, fico extremamente incomodada.”

É HOJE, segunda-feira (29/8), A LIVE: Desmontando a cartilha de ataques dos neoliberais contra a Auditoria Cidadã da Dívida (ACD); Participe!!!

SEGUNDA-FEIRA, 29 de agosto de 2022


Nesta segunda-feira, dia 29/8, às 19 horas, a live nos canais da Auditoria Cidadã da Dívida no YouTube e Facebook será imperdível!

Da Auditoria Cidadã da Dívida
Apesar de utilizarmos unicamente dados oficiais nas auditorias cidadãs que realizamos, a ACD tem sido alvo de constantes ataques que repetem os mesmos argumentos ensaiados, como se existisse uma cartilha preparada para esses ataques ao nosso trabalho.

A coordenadora nacional Maria Lucia Fattorelli e o economista da ACD, Rodrigo Ávila, irão desmontar os principais ataques feitos contra o nosso trabalho e a luta pela realização da auditoria da dívida pública no Brasil. Mostraremos como as falácias e acusações quase sempre originadas de argumentos neoliberais são falsas, reforçando a seriedade do trabalho realizado pela ACD em prol do povo brasileiro. Participe!


domingo, 28 de agosto de 2022

O PODER DO EXEMPLO PUNINDO PSEUDOS GOLPISTAS

 Domingo, 28 de agosto de 2022

Henrique Matthiesen*

Nada mais didático e eficiente do que o exemplo. A justiça, além de ter seu caráter punitivo, serve, de forma sine qua non, como ação educativa por meio do exemplo, para que maus comportamentos ou pretensões criminosas sejam alertados e advertidos de suas consequências.


Darcy Ribeiro, nosso grande antropólogo dizia: “O Brasil tem uma classe dominante ranzinza, azeda, medíocre, cobiçosa, que não deixa o país ir pra frente.” Primorosa conceituação que se soma a outra frase: “nossa elite tem a mente colonizada.”


É verdade, um dos grandes males de nosso país é a mente atrasada de parte de nossa classe dominante; suas raízes escravocratas e sua falta de aptidão com a democracia e com nossa soberania.


A ação da Polícia Federal, com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, contra alguns empresários bolsonaristas, que supostamente pregam um golpe de Estado, é essencial e didática.


Diferentemente da liberdade de expressão —valor sagrado de qualquer sistema democrático— a articulação, a pregação, ou o financiamento para atacar a democracia constitui crime, o qual deve ser investigado e punido exemplarmente.


É importante não nos olvidarmos dos exemplos pretéritos de tristes e funestos episódios, onde setores empresariais financiaram e articularam o golpe de 1964; o caso da FIESP e a compra da consciência (se é que tinha) do general Amaury Krüel; sem falar do financiamento dos órgãos de repressão.


Mais recentemente, o papel tosco de setores empresariais na promiscuidade com o Congresso Nacional, cujo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, orquestrou a deposição da presidente Dilma Rousseff e resultou na entrega da Petrobrás aos acionistas internacionais, e a aprovação da reforma trabalhista que retirou direitos dos trabalhadores.


Exemplos não faltam da inaptidão de setores empresariais com a democracia; e, evidentemente, não se pode generalizar: há muitos empresários sérios, corretos, produtivos e democratas. Entretanto, quando a democracia a duras penas conquistada, sofre ataques, é preciso reagir com vigor e firmeza para sua defesa.


Não se pode admitir a impunidade, a promiscuidade e a leviandade que estes empresários tratam a democracia e o país, com tamanha arrogância de se colocar acima da soberania popular.


O Brasil não pode retroceder em suas conquistas democráticas. O comportamento, as ações de vassalagem e desrespeito e os arroubos autoritários não podem ser admitidos.


E fundamental a vigilância constante e ininterrupta da sociedade civil e das instituições para que possamos ter um processo eleitoral justo, tranquilo onde a vontade soberana do povo possa ser exercida e que os eleitos possam governar.


Para estes golpistas a severidade da lei, o escárnio público e o exemplo para que não mais aventuras golpistas germinem em solo brasileiro, assim como também seria didático, que os ventos do norte contribuíssem com a punição (cadeia) de Donald Trump, para que nossas mentes colonizadas e atrasadas, quem sabe, perceberem que ninguém está cima da lei e do respeito à democracia.

 

* Henrique Matthiesen, formado em Direito e pós-graduado em Sociologia.

Mídia: perto da COP27, Brasil não cumpriu ações acordadas na COP26 e pode ser pária internacional

Domingo, 28 de agosto de 2022

Em 2021, o governo se comprometeu a adotar uma política ambiental menos nociva na conferência da ONU, no entanto, com a falta de atenção dada à temática e a falta de ações concretas, o país pode chegar na conferência desse ano, mais uma vez, como pária internacional.

Agência Sputnik De Noticias

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) do ano passado, o Brasil assinou uma série de compromissos com o meio ambiente, uma delas era erradicar o desmatamento até 2028, conforme noticiado.
Entretanto, um ano depois e com a COP27 batendo à porta, o país registrou, só na última segunda-feira (22), 3.358 focos de queimadas na Amazônia segundo dados do programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) citados pelo jornal O Globo.
A quantidade de focos de incêndio em 24 horas é não só a maior desde setembro de 2007, mas também quase o triplo do infame "Dia do Fogo", em 10 de agosto de 2019, relata a mídia.
Floresta Amazônica em Tucuruí, no Pará - Sputnik Brasil, 1920, 29.06.2022
Notícias do Brasil
Em estudo inédito, Fiocruz alerta que novas pandemias podem surgir de vírus e bactérias da Amazônia
O compilado anual da área devastada no último ano ainda não foi divulgado, mas as estimativas mensais indicam que não deve ser muito diferente do ano passado. No período entre agosto de 2020 e julho de 2021 foram desmatados 13.235 km² na Amazônia Legal, a maior taxa em 15 anos, segundo o preciso sistema Prodes do Inpe.

Exército Brasileiro fiscaliza e encontra diversos clubes de tiros no país funcionando sem alvará

Domingo, 28 de agosto de 2022
                               Foto Agência Brasil

Da Agência Sputnik De Noticias

Investigação do Exército aponta diversas irregularidades no âmbito das armas de fogo no Brasil, de clubes funcionando sem alvará até CACs com registro de armas vencidos, lojas e a própria indústria de armas, incluindo fabricantes de explosivos e blindados.

Segundo um levantamento feito pelo Exército e divulgado pela Folha de São Paulo, clubes de tiro funcionam com falta de controle adequado de frequentadores ou mesmo sem alvará, além disso, foram encontradas lojas armazenando armamentos acima do limite permitido e CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) com certificado de registro da arma de fogo vencido.

O jornal relata que teve acesso a documentos reservados da Força que mostram quais são as empresas autuadas pela instituição devido a irregularidades. Além de CACs, constam clubes de tiros, lojas e a própria indústria de armas, incluindo fabricantes de explosivos e blindados.

O Exército foi ao Clube de Tiro Esportivo São Carlos, em São Paulo, por não possuir alvará de funcionamento e plano de segurança, além de deixar de fiscalizar os CACs no estande.

​Petróleo brasileiro: Soberania é luta de todo dia.

Domingo, 28 de agosto de 2022
Hoje se glorifica o estrangeiro apelidado “mercado”. Não há qualquer escrúpulo nos dirigentes atuais do Brasil em se humilharem, se auto agredirem imputando as decisões do Estado Nacional à apátrida figura do “mercado”. Quem é esse “mercado” todo poderoso? São as finanças marginais, das drogas, dos contrabandos, da prostituição, da venda de pessoas e de órgãos humanos, associadas aos tradicionais banqueiros, Rothschild, Rockefeller, os donos do Santander, do HSBC, do JP Morgan, Goldman Sachs, entre outros.
São estes que você deseja mandando no Brasil?


Pedro Augusto Pinho*
Em 1964, as Edições Tempo Brasileiro, do Rio de Janeiro, vendo a soberania brasileira em risco, com o movimento estadunidense aliado a militares e empresários assumirem o governo do País, com o golpe contra o Presidente João Goulart, editaram a coletânea de pronunciamentos, mensagens e manifestações do estadista Getúlio Vargas, onde o tema foi o petróleo. E convocaram um de seus colaboradores diretos na criação da Petrobrás, o economista Jesus Soares Pereira, para dar seu depoimento.

Desta iniciativa resultou o livro “A Política Nacionalista do Petróleo no Brasil”, de Getúlio Vargas, com apresentação do Diretor-Superintendente da Tempo Brasileiro, Alfredo Marques Vianna. Esta obra norteará nossas reflexões e comentários sobre o momento igualmente dramático da história do Brasil, quando capitais apátridas, onde não faltam capitais oriundos de ações criminosas, assumem o poder, com o golpe de 2016 contra a frágil democracia brasileira, e colocam o País submisso a aqueles interesses.

O mais nefasto nem se trata desta invasão estrangeira, mas da aceitação, mais do que isso, da aliança que parte da elite do Brasil sempre cometeu contra a Nação, ao unir-se aos interesses colonizadores do exterior. Em mapa — A Aliança Liberal (1929-1930) — onde o economista e historiador gaúcho, Paulo Gilberto Fagundes Vizentini (“Os liberais e a crise da República Velha”, Editora Brasiliense, SP, 1983), retrata esta situação, verifica-se onde as oligarquias brasileiras dominavam o país, para manutenção da nossa sujeição, vassalagem, servidão e dependência aos interesses colonizadores estrangeiros. No sul, apenas havia nacionalismo em elites do Rio Grande do Sul, no nordeste, da Paraíba, um pouco mais era encontrado nas elites mineiras, fluminenses e paulistas. Por todo restante do Brasil, era o escravismo, era a alienação, era a própria covardia que imperava entre as elites em nosso País. O Brasil lutava pela independência, pela soberania, só conquistada em 1930 com a vitoriosa Revolução que, pela primeira vez, deu autonomia ao País.

Mas a luta pela Soberania Nacional não tem fim. Sempre há um novo poder a ameaçá-la. Já foi o divino, quando os jesuítas eram o poder psicossocial e mesmo político no Brasil, já foi de impérios nacionais, português, holandês, inglês, estadunidense, hoje o poder que nos ameaça é mais sutil, mais nefasto, pois não tem a visibilidade dos anteriores, é o poder das finanças apátridas, que, inclusive, usam estados nacionais já conquistados por elas para serem braços armados e para ameaças de bloqueio e sanções das mais diversas.

No poder das finanças está também o desmonte de valores que são próprios da humanidade, como o trabalho.

Ver o trabalho como economia é ter compreensão muito estreita da ação humana. O trabalho, antes de tudo, é a forma de realização pessoal e da contribuição que cada um dá ao bem comum. E nada disso envolve necessariamente recursos financeiros ou tem objetivo econômico. É deformação de vários séculos, desde quando a economia passou a organizar os Estados nacionais no ocidente, que esta redução do trabalho foi ganhando força. Hoje, com a robotização, com o imenso uso da tecnologia da informação, inúmeros trabalhos deixam de ser realizados por seres humanos, o que demonstra haver outras qualidades, outras importâncias no trabalho distintas da produção de valor econômico.

Mas há um tema, indispensável para discussão política, que o neoliberalismo tirou do debate, da pauta das discussões: a questão nacional. Darcy Ribeiro, genial pensador, antropólogo e político brasileiro, afirma sermos uma civilização “lavada em sangue índio, em sangue negro”. E acrescenta, “faz falta ao mundo um Brasil realizado em suas potencialidades de civilização tropical, mestiça e solidária, que não pede a ninguém, mas muito pode dar” (Darcy Ribeiro, “O Brasil no mundo”, em “O Brasil como Problema”, Global Editora, SP, 1995).

Por que o Brasil não consegue, com todos os recursos naturais que dispõe, ser “uma nova Roma”? Pela alienação política, pela elite escravista, mesquinha e medrosa, que domina os governos, sem entender e debater a questão nacional. Somos, exceto no curto período de governo Vargas, uma colônia, um país sem objetivos nacionais.