Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Educação impõe primeira derrota a Bolsonaro

Quarta, 31 de outubro de 2018

A tentativa de cercear o direito de cátedra dos professores das escolas públicas, além de banir o senso crítico no ambiente escolar por meio da aprovação Lei da Mordaça, foi por água abaixo graças à mobilização de professores e estudantes dentro e fora da Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 7180/14 , também conhecido como Escola Sem Partido, estava pautado para ser votado nesta quarta (31), em Comissão Especial da Casa, e era uma das principais bandeiras do candidato da extrema-direita eleito para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL).

Maioria do STF mantém suspensão de ações policiais nas universidades

Quarta, 31 de outubro de 2018
Por André Richter - Repórter da Agência Brasil 
A maioria dos ministros Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (31) manter a decisão da ministra Cármen Lúcia que suspendeu decisões da Justiça Eleitoral que determinaram ações policiais e de fiscalização eleitoral nas universidades públicas durante as eleições.

A Corte julga nesta tarde se referenda a liminar proferida pela ministra na semana passada. Até o momento, seguiram a relatora no entendimento seis ministros, entre eles os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

Faltam os votos dos ministros Marco Aurélio, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

As decisões da Justiça Eleitoral em diversos estados foram questionadas no STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a procuradora-geral, Raquel Dodge, as decisões ofenderam os princípios constitucionais da liberdade de expressão e de reunião. 

Após as decisões proferidas pelos juízes eleitorais, os tribunais regionais eleitorais (TREs) informaram que decisões foram proferidas para coibir a propaganda eleitoral irregular a partir de denúncias feitas por eleitores e pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

Fusão de ministérios antecipa desmonte ambiental no Brasil de Bolsonaro

Quarta, 31 de outubro de 2018
Nota do Observatório do Clima sobre anúncio de junção do Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura

Não surpreende a decisão anunciada nesta terça-feira (30) pela equipe do presidente eleito de levar adiante a proposta de fundir o Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura. Com ela, o governo de Jair Bolsonaro antecipa o início do desmonte da governança ambiental do Brasil. Submete o órgão regulador ao setor regulado. Ignora que o patrimônio ambiental único ao Brasil é um ativo, e não um passivo, que também demanda uma estrutura única de regulação. Também deixa claro que pretende cumprir cada uma das ameaças que fez durante a campanha ao meio ambiente e aos direitos difusos: enfraquecer o Ibama e o Instituto Chico Mendes, não demarcar mais um centímetro sequer de terras indígenas, acabar com todo tipo de ativismo e facilitar o acesso a armas de fogo por proprietários rurais.

O movimento integra uma agenda maior de aliados de Bolsonaro, expressa também nesta terça-feira pela pauta prioritária da bancada ruralista: antes do final do ano, pretendem aprovar o enfraquecimento do licenciamento ambiental e o fim das demarcações de terras indígenas. Numa comissão do Senado, está marcada a votação de um projeto de lei relatado pelo senador bolsonarista Magno Malta que amplia as definições da lei de terrorismo para enquadrar organizações e movimentos da sociedade civil.

O bolsonarismo vai, assim, mostrando sua cara: um regime ideológico de truculência e saque aos recursos naturais, que se curva às forças mais atrasadas do setor produtivo para minar a competitividade do agronegócio brasileiro, que depende de uma governança ambiental forte, e tornar o Brasil um pária no cenário internacional.

Fonte: Observatório do Clima

1º/11: Taguatinga recebe espetáculo gratuito inspirado no metrô

Quarta, 31 de outubro de 2018
No balanço do metrô: dança e teatro de graça
ISABELE LUISE
Percepção Urbana aborda questões como o assédio nos vagões e o desrespeito a deficientes. Em 1º de novembro, Taguatinga recebe o espetáculo
O balanço de uma viagem de metrô refletido em movimentos de dança, teatro e poesia: assim nasceu o “Percepção Urbana”, espetáculo que percorre o DF desde o início de outubro. Ele já foi apresentado, gratuitamente, para moradores de Ceilândia e do Gama. Agora, é a vez de Taguatinga receber duas sessões em 1º de novembro (veja mais detalhes abaixo).

A peça conta a história de um ex-dançarino com Alzheimer. Ele embarca em um dos trens para encontrar a filha. Esse é o ponto de partida da narrativa, que se desenvolve por meio de ritmos variados. Da salsa ao samba de gafieira. Em cena, 12 profissionais se revezam para contar a história do dia a dia nos trens. Eles recriam desde gestos simples, como o caminhar das pessoas, até movimentos mais complexos, como a forma de se segurarem no vagão, quando o trem freia bruscamente.

Moinhos de Vento II ou Reflexões sobre a Eleição de 28 de outubro de 2018

Quarta, 31 de outubro de 2018
Por
Pedro Augusto Pinho

Por Deus, irmão, que agora acabo de desenganar-me do equívoco em que mergulhei há muito tempo, desde que lhe conheci, tendo-o por discreto e prudente em todas suas ações” (Miguel de Cervantes Saavedra, “El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha”, Ediciones Ibéricas, Madrid, 4ª edição, sem data, tradução livre).

Sem demérito para as questões transversais, mas as colocando na relatividade frente à profunda crise política, institucional e de afirmação nacional na qual vivemos, afirmamos: a banca já venceu esta eleição” (Pedro Augusto Pinho, “Questões transversais e a banca”, Coletivo Geólogos pela Democracia, 27/09/2018).

Após a eleição do primeiro turno, comentei os temas que foram objeto das discussões políticas, nas campanhas para Presidente do Brasil. Lamentei a ausência dos assuntos que me pareceram mais relevantes e necessários para que se fizesse a escolha do principal dirigente político nacional. Denomino, genericamente, estes assuntos “questões nacionais”.

Saga bolsonarista começou e com ela começa sua oposição

Quarta, 31 de outubro de 2018
Por

Frente não pode cingir-se às forças progressistas e de centro-esquerda, precisa abrigar todos que se sintam no dever de opor-se a Bolsonaro

Ato “Ninguém solta a mão de ninguém” na terça-feira 30 em Curitiba

O resultado do pleito do dia 28 último não deve ser estudado como um episódio em si, autônomo, fato isolado.
Estamos diante de fenômeno mais extenso e mais profundo do que sugerem as aparências, e suas raízes, sabidamente, nos remetem às jornadas de 2013, esfinge ainda não decifrada por analistas e políticos e que, por isso mesmo, vem devorando governos, partidos e lideranças. Entre muitas de suas artes está a de promover erupções que seguidamente surpreendem os cientistas, seja pela sua extensão, seja pela sua profundidade, semelhando a movimentação de placas tectônicas imprevistas pelos melhores sismógrafos.

MPF e MP de Pernambuco recomendam que Secretarias de Educação e instituições de ensino não permitam assédio moral a professores

Quarta, 31 de outubro de 2018
Do PMF
Recomendações reforçam que ensino e aprendizagem devem ser efetivamente plurais, em ambiente de liberdade de ideias e de respeito à diversidade do país
O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco (PE) expediu duas recomendações, sendo uma direcionada à Secretaria Estadual de Educação, Secretaria de Educação do Recife e Universidade de Pernambuco, assinada em conjunto com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), e a outra à Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal Rural de Pernambuco e Instituto Federal de Pernambuco. MPF e MPPE recomendam que não haja qualquer atuação ou sanção arbitrária, bem como que seja impedida qualquer forma de assédio moral a professores, por parte de estudantes, familiares ou responsáveis.

MPF denuncia juiz e procurador por colaboração com a ditadura; é a primeira denúncia contra membros do Judiciário por tal crime

Quarta, 31 de outubro de 2018
Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil 
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou um juiz e um procurador aposentados, além de um ex-delegado, pela atuação no caso do assassinato do ativista político Olavo Hanssen, em 1970 pela repressão da ditadura militar. O juiz da Auditoria Militar Nelson da Silva Machado Guimarães e o então procurador da Justiça Militar Durval Ayrton Moura de Araújo são os primeiros membros do Ministério Público e do Judiciário denunciados por crimes durante o regime autoritário.

Segundo o MPF, Hanssen foi preso por distribuir panfletos nas comemorações do 1º de Maio, Dia do Trabalho. Levado ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), no centro de São Paulo, foi submetido a sessões de tortura durante uma semana sob o comando do então delegado Josecir Cuoco, também denunciado, e com a participação do chefe da equipe de interrogatórios preliminares do Dops, Ernesto Milton Dias, e do investigador Sálvio Fernandes do Monte, ambos já falecidos.

Busca e apreensão: Cade e PF realizam operação para investigar cartel em licitações; foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 13 empresas com sede no Distrito Federal

Quarta, 31 de outubro de 2018
Do Cade
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quarta-feira (31/10) em 13 empresas com sede no DF
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Polícia Federal (PF) deflagraram nesta quarta-feira (31/10) a Operação Ponto de Encontro, que investiga suposto cartel em licitações realizadas por órgãos federais para contratação de serviços terceirizados. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 13 empresas com sede no Distrito Federal.
A investigação teve início a partir da representação de um integrante da Divisão de Licitação e Contratos do Cade que identificou indícios de possível irregularidade em pregão eletrônico para contratação de serviços de brigadistas. O fato levantou outras suspeitas, tendo em vista que um cartel raramente se organiza com o objetivo de fraudar um único certame, mas um conjunto significativo de licitações, a fim de permitir que todos os envolvidos sejam contemplados com contratos.
A partir da representação, a Superintendência-Geral do Cade utilizou ferramentas desenvolvidas no âmbito do Projeto Cérebro – como filtros econômicos (screening) e técnicas de mineração de dados – para identificar quais empresas  poderiam estar envolvidas na conduta, além daquelas citadas inicialmente.
O Cade, então, detectou um subconjunto de empresas que teriam padrões semelhantes de atuação nas licitações, o que possibilitou o mapeamento de ações suspeitas nos certames analisados, como possível rodízio e apresentação de propostas de cobertura. A coleta de indícios adicionais de suposta comunicação entre as empresas reforçou os resultados produzidos pelas ferramentas econométricas do Projeto Cérebro.
As licitações possivelmente afetadas relacionam-se a quase 500 procedimentos de contratações de serviços terceirizados por órgãos públicos federais desde o ano de 2014.
Aproximadamente 40 policiais federais e 28 servidores do Cade participaram da operação nesta quarta-feira (31).
Cartéis
Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os cartéis geram um sobrepreço estimado entre 10% e 20% comparado ao preço em um mercado competitivo, causando perdas anuais de bilhões de reais ao Estado e aos consumidores. Além de infração administrativa, a prática de cartel também configura crime.

Projeto Cérebro
O Cérebro, projeto iniciado em 2013, desenvolve técnicas e ferramentas para a área responsável pela investigação de cartéis, com ênfase no uso aplicado de tecnologia da informação para o desenvolvimento de filtros econômicos e mineração de bases de dados de licitações públicas para a identificação de comportamentos suspeitos. A equipe do projeto já realizou intercâmbio de experiências e técnicas com servidores das autoridades antitruste da Suíça, Inglaterra, Holanda, entre outras.

Polícia Federal faz operação contra fraudes no Porto de Santos

Quarta, 31 de outubro de 2018
Por Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil 
A Polícia Federal deflagrou (31) a Operação Tritão contra fraudes em licitações da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), empresa estatal que é a autoridade portuária do Porto de Santos. O nome da operação remete a Tritão, na mitologia grega, conhecido como o rei dos mares.

A ação envolve a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União, a Receita Federal e o Ministério Público Federal.

São cumpridos sete mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília, todos expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Santos.

Atuam na operação 100 policiais federais, 8 auditores da CGU e 12 servidores da Receita Federal.

Licitações
Segundo as investigações, o grupo atuava em processos licitatórios das áreas de tecnologia da informação, dragagem e consultoria. As suspeitas de irregularidades surgiram com um vídeo postado na internet em setembro de 2016, no qual um assessor da presidência da Codesp confessava a prática de diversos delitos. O inquérito teve início em novembro de 2017.

Os autos apontam irregularidades em vários contratos, com fraudes envolvendo agentes públicos ligados à estatal e empresários, como contratações antieconômicas e direcionadas, aquisições desnecessárias e ações adotadas para simular a realização de serviços. Os contratos sob investigação somam mais de R$ 37 milhões.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato e corrupção ativa e passiva, com penas de um a 12 anos de prisão.
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Leia também:

PF prende presidente de estatal que administra o Porto de Santos, área de influência de Temer

Fabiana Costa é nomeada procuradora-geral de Justiça do DF

Quarta, 31 de outubro de 2018
Do MPDF
ppA promotora de Justiça Fabiana Costa foi nomeada para o cargo de procuradora-geral de Justiça do Distrito Federal, biênio 2019-2020. A nomeação, assinada pelo presidente Michel Temer, foi publicada do Diário Oficial da União desta quarta-feira, 31 de outubro.
Fabiana sucederá o atual procurador-geral de Justiça, Leonardo Bessa, que encerra mandato em dezembro deste ano. Bessa esteve à frente do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios de 2015 a 2017 e de 2017 a 2019. Durante esse tempo, contou com a participação de Fabiana na equipe. Ela foi chefe de gabinete parlamentar e chefe de gabinete da procuradoria-geral de Justiça. “Sinto que agora é o momento de colocar à disposição da Instituição e da população do DF toda a experiência que acumulei ao longo da minha trajetória no MP e na vida pública”, destacou Fabiana.

Especialistas se reúnem no MPDFT para debater uso de agrotóxicos

Terça, 30 de outubro de 2018
Do MPDF
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) sediou, na última sexta-feira, 26 de outubro, a III Reunião do Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos do Distrito Federal. O objetivo do encontro foi debater o uso indiscriminado dos agrotóxicos e afins e promover ações concretas de proteção à saúde do trabalhador, do consumidor e do meio ambiente.
III Reunião do Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos do Distrito Federal

Os trabalhos foram organizados pela promotora de Justiça Cristina Rasia Montenegro, titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema). A abertura foi feita pela vice-procuradora-geral de Justiça, Selma Sauerbronn. A biomédica Karen Friedrich, toxicologista da Fiocruz, ministrou palestra na qual discutiu o tema sob a perspectiva da saúde e da relação de causa e efeito entre a incidência de câncer e a exposição a agrotóxicos.
Também estiveram presentes a procuradora do Trabalho e coordenadora do Fórum, Valesca Monte; a defensora pública da União Thaís Aurélia Garcia; e representantes do Governo do Distrito Federal, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), do Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (CIRAT) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).

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Leia também:

O veneno nosso de cada dia: Fundação Oswaldo Cruz diz que agrotóxico vinculado a sementes transgênicas causa danos à saúde

Os avós das caricaturas políticas

Eduardo Galeano, no livro 'Os filhos dos dias'.
L&PM Editores, 2ª edição, página 343.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

MPF: Saiba como denunciar mensagens que violam os direitos humanos e incitam a violência

Terça, 30 de outubro de 2018
Do MPF
Em nota de esclarecimento, Ministério Público Federal indica os canais para denunciar
Arte: Secom/PGR
Para denunciar indique a URL da página com o print da tela ou o número do WhatsApp e envie para o portal do cidadão. O Ministério Público Federal alerta que é crime postar na internet, em qualquer provedor, mensagens incitando a prática de crimes, pregando a violência ou o extermínio de grupos e minorias, ou divulgando mensagens de cunho racista. Os autores dessas postagens podem ser penalizados conforme o previsto no art. 286, do Código Penal, art. 3º da Lei 2.889/1956, e 20, §2º, da Lei 7.716/1989.
Se o conteúdo estiver na web, você também pode denunciar a URL, de forma anônima, no formulário da ONG SaferNet Brasil.

Mobilização contra a Lei da Mordaça nessa quarta (31/10)

Terça, 30 de outubro de 2018
O Sinpro [Sindicato do Professores do DF] convoca os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais para mobilização nessa quarta-feira (31), na Câmara dos Deputados, contra a Lei da Mordaça. A concentração será às 14h, no Anexo II da Câmara, Plenário 8, onde acontecem as discussões e votação do parecer.
O projeto fere o direito à liberdade de cátedra dos(as) professores(as), direito esse baseado no Artigo nº 205 da Constituição Federal, que garante a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. O conteúdo do projeto pretende impor a censura dentro de sala de aula, ponto veementemente repudiado pela diretoria colegiada do Sinpro.
Compareça e vamos pressionar os parlamentares a votarem contra este projeto que visa censurar o(a) professor(a).
Fonte: Sinpro/DF

USP e Mackenzie repudiam mensagens de alunos incitando à violência; estudantes tiram foto em sala de aula com arma e mensagens ofensivas

Terça, 30 de outubro de 2018
Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil 
A direção da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie repudiaram ações de incitação à violência e racismo que estão ocorrendo dentro do ambiente universitário. No caso da USP, estudantes tiraram foto portando arma e exibindo mensagens ofensivas. No Mackenzie, estudante vem publicando vídeos com apologia à violência e ao racismo.

MP aciona deputada que criou canal para denunciar professores

Terça, 30 de outubro de 2018
Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entrou hoje (30) com ação na Justiça contra a deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo (PSL). que divulgou nas redes sociais um comunicado pedindo que estudantes catarineneses gravem e denunciem manifestações político-partidárias dos professores). A deputada criou um canal para receber as denúncias.

PGR pede liminar contra lei que restringe perícia de estupro em menor

Terça, 30 de outubro de 2018
Por Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil 
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra trecho de uma lei do Rio de Janeiro, sancionada em junho, que proíbe peritos do sexo masculino de realizar perícia em menores vítimas de violência sexual.

A lei estadual 8.008 prevê, em de seus incisos, que toda menor vítima de violência sexual “deverá ser obrigatoriamente examinada por legista mulher”. Para a PGR, a norma dificulta ou até mesmo impossibilita a coleta de provas, uma vez que os vestígios do crime não se perpetuam no tempo e o Rio de Janeiro não possui em seus quadros mulheres em número o bastante para realizar o serviço.

“Se o estado não possui quadro de pessoal suficiente para obrigar que o exame em vítima do sexo feminino menor de idade seja realizado por perito legista mulher, a lei acaba fazendo com que a vítima deva percorrer a cidade atrás de tal profissional, retardando a realização da prova pericial ou mesmo prejudicando-a, caso não encontre tal funcionária pública”, escreveu Raquel Dodge.

Tenente-coronel acusado de desviar R$ 381 mil da PMDF é demitido

Terça, 30 de outubro de 2018
O oficial chegou a ter bens apreendidos e foi exonerado do cargo em fevereiro de 2015 por suspeita de improbidade administrativa

Do Metrópoles
Mirelle Pinheiro

O tenente-coronel da Polícia Militar Marcello Toledo Rodrigues, que estava na reserva remunerada, foi demitido e perdeu o salário de R$ 16 mil. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal desta terça-feira (30/10).

Rodrigues é acusado de desviar R$ 381 mil da corporação para contas pessoas dele e da família. Durante três anos, ele respondeu pelo cargo de chefe de seção de Execução Orçamentária e Financeira do Departamento de Saúde da PMDF. As investigações tiveram início em 2014.

O policial chegou a ter bens apreendidos e foi exonerado do cargo em fevereiro de 2015 por suspeita de improbidade administrativa. À época, ele recorreu da decisão e teve os bens devolvidos.

[Clique na imagem abaixo para ampliá-la]

Comunidades indígenas denunciam ao menos quatro ataques em MS e PE

Terça, 30 de outubro de 2018
Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil 
Após o resultado das eleições, foram registrados ao menos dois ataques intimidatórios a comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul e em Pernambuco. Autoridades e a Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmam o registro. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informa ter recebido relatos de outras duas ações violentas em Mato Grosso do Sul. Os atos envolveram uso de armas de fogo, balas de borracha, além de atearem fogo a uma escola e um posto de saúde. Não há registros de mortes, mas de feridos. 

De acordo com os relatos, os ataques ocorreram entre a madrugada do último domingo (28) e esta segunda-feira (29). O caso mais violento, confirmado pela Funai, foi contra moradores da aldeia Bororó, uma das várias existentes no interior da Reserva Indígena Dourados. Localizada no perímetro urbano, a Reserva de Dourados é a área indígena de maior concentração populacional étnica do país, com cerca de 13 mil habitantes distribuídos por uma área de cerca de 3 mil hectares (cada hectare corresponde às medidas aproximadas de um campo de futebol oficial).

ENTREVISTA: “A IMPRENSA ‘COMPRAVA’ TUDO.” ASSESSORA DE SÉRGIO MORO POR SEIS ANOS FALA SOBRE A LAVA JATO.

Terça, 30 de outubro de 2018



Do
The Intercept Brasil

Amanda Audi



30 de Outubro de 2018



CHRISTIANNE MACHIAVELLI COSTUMA chamar cada repórter pelo nome, e não são poucos os que ela conheceu durante os seis anos em que trabalhou encastelada no vigiado e protegido prédio da Justiça Federal de Curitiba, de onde saem os despachos de busca, apreensão e prisão assinados pelo juiz Sérgio Moro.

Chris, como é conhecida, trabalhava sozinha no departamento de comunicação da Lava Jato até agosto, quando pediu demissão para abrir uma assessoria de imprensa voltada a clientes da área jurídica. Ela diz que identificou um filão de mercado no setor, e garante que não é beneficiada por ter trabalhado com Moro. “Ele é amado por uns e odiado por outros. Eu tenho que lidar com o ônus e o bônus disso.”

Ela não tinha ideia do volume de trabalho que teria pela frente quando passou no processo seletivo em 2012. Acostumada com a rotina tranquila de seu trabalho anterior, na comunicação da Igreja Metodista de Curitiba, ela passou a responder a dezenas de jornalistas todos os dias, das primeiras horas da manhã até a madrugada. Teve crises de estresse, começou a tomar remédios controlados, engordou 30 quilos.
O trabalho de Chris era a ponta de uma estratégia costurada acima dela. A imprensa foi responsável pelo sucesso da Lava Jato. E isso não foi por acaso: Moro se inspirou na operação Mãos Limpas – que prendeu centenas de pessoas e mudou o cenário político da Itália – ao definir que, sem a imprensa, a operação morreria nos primeiros meses, como tantas outras antes dela.
“Os responsáveis pela operação Mani Pulite [mãos limpas, em italiano] fizeram largo uso da imprensa. Com efeito: para o desgosto dos líderes do PSI [um dos partidos investigados, que acabou extinto], que, por certo, nunca pararam de manipular a imprensa, a investigação da ‘mani pulite’ vazava como uma peneira”, escreveu Moro em um artigo de 2004, dez anos antes de dar início a operação que o tornou conhecido nacionalmente. Ele fez um copia/cola das estratégias do procurador italiano Antonio Di Pietro.
“Tão logo alguém era preso, detalhes de sua confissão eram veiculados no L’Expresso, no La Republica e em outros jornais e revistas simpatizantes. Apesar de não existir nenhuma sugestão de que algum dos procuradores mais envolvidos com a investigação teria deliberadamente alimentado a imprensa com informações, os vazamentos serviram a um propósito útil. O constante fluxo de revelações manteve o interesse do público elevado e os líderes partidários na defensiva”, continuou o juiz, já dando pistas de como achava que uma operação desse tipo deveria ser tratada.
Desde o início, os órgãos da Lava Jato (Ministério Público Federal, Polícia Federal e Justiça Federal) mantiveram vivo o interesse da imprensa, alimentando os veículos sobre qualquer movimento da operação. O Brasil assistiu extasiado ao desenrolar de cada nova fase como se fosse uma novela. “E hoje, quem será preso? Quem será delatado?”.
Foi para entender os bastidores desse processo que conversei com Christianne Machiavelli, por telefone, no começo de setembro. Ela tinha esvaziado suas gavetas na Justiça Federal poucos dias antes, em 30 de agosto. Levou consigo banais livros, canecas, documentos e outros objetos pessoais. Em especial, três dicionários que ganhou de presente do pai, que carrega consigo em todos os empregos, seus amuletos.

Por quatro anos, ela foi o único preposto entre os jornalistas e Moro – a quem ela chama de SFM, sigla para Sérgio Fernando Moro. Se tornou amiga pessoal de alguns repórteres. Os mais próximos ainda a convidam para os churrascos de confraternização de fim de ano onde todos os setoristas da cobertura se encontram – vários veículos de imprensa mantêm equipes permanentes em Curitiba só para atender à Lava Jato.

O trabalho, diz ela, a fez repensar a forma como as pessoas investigadas pela Lava Jato foram tratadas pela operação e, em especial, pela imprensa. Para ela, houve exageros. “Era tanto escândalo, um atrás do outro, que as pessoas não pensavam direito. As coisas eram simplesmente publicadas”.
Leia a seguir os principais trechos da conversa, editada para ficar mais clara, e alguns parágrafos de contexto.
——
Você atuou no centro nervoso da Lava Jato desde o início, em 2014. Como vê a evolução da operação nestes anos?

Os marcianos estão chegando!

Outubro
30

Os marcianos estão chegando!

    Em 1938, aterrissaram naves espaciais no litoral dos Estados Unidos, e os marcianos se lançaram ao ataque. Tinham tentáculos ferozes, enormes olhos negros que disparavam raios ardentes, e uma babante boca em forma de V.
    Muitos cidadãos apavorados saíram às ruas, enrolados em toalhas molhadas para se proteger do gás venenoso que os marcianos emitiam, e muitos mais preferiram se trancar com trancas e retrancas, bem armados, à espera do combate final.
    Orson Welles tinha inventado essa invasão extra-terrestre, e havia transmitido tudo pelo rádio.
     A invasão era mentira, mas o medo era verdade.
    E o medo continuou: os marcianos foram russos, coreanos, vietnamitas, cubanos, nicaraguenses, afegão, iraquianos, iranianos...

Eduardo Galeano, no livro 'Os filhos dos dias'.  L&PM Editores, 2ª edição, página 342.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

MPF consegue que Justiça estabeleça prazo de um ano para demarcação de terras da etnia Avá-Canoeiro

Segunda, 29 de outubro de 2018
Do MPF
Relatório, que identificou e delimitou a terra indígena, foi finalizado em 2012, mas demarcação não foi concluída
No mês de outubro, a Justiça Federal estabeleceu o prazo de um ano, para que a Fundação Nacional do Índio (Funai) conclua a demarcação da terra indígena Taego Ãwa, onde vive o grupo da etnia Avá-Canoeiro do Rio Araguaia, próximo à Ilha do Bananal.

MP vai investigar deputada que pediu o monitoramento de professores

Segunda, 29 de outubro de 2018
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil   
O Ministério Público de Santa Catarina vai investigar a conduta da deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo (PSL), que divulgou nas redes sociais um comunicado pedindo que estudantes catarineneses gravem e denunciem manifestações político-partidárias contrárias ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a 25ª Promotoria de Justiça de Florianópolis instaurou, via ofício, um procedimento para apurar possível violação ao direito à educação e adotar as medidas cabíveis.

OMS: 93% das crianças respiram poluição acima do recomendável; em países de baixa renda, 87% dos menores de 5 anos são expostos

Segunda, 29 de outubro de 2018


Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil 
Um relatório divulgado hoje (29) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que 93% das crianças e adolescentes respiram ar com nível de partículas finas acima do que é considerado recomendável para a saúde. A situação é mais grave em algumas regiões do mundo como a Ásia e a África e também nos países de renda média e baixa.

Homem de bom coração


Outubro
29

Homem de bom coração

Em 1981, num gesto de generosidade que faz jus à sua memória, Augusto Pinochet vendeu a preço de presente os rios, os lagos e as águas subterrâneas do Chile.
Algumas empresas mineradoras, como a suíça Xstrata e empresas elétricas, como a espanhola Endesa e a norte americana AESGener, si fizeram donas, para a perpetuidade, dos rios mais caudalosos do Chile. A Endesa recebeu uma extensão de águas equivalente ao mapa da Bélgica.
Os camponeses e as comunidades indígenas perderam o direito à água, condenados a comprá-la, e a partir dai o deserto avança, comendo terras férteis, e vai se esvaziando de gente a paisagem rural.

Eduardo Galeano, no livro ‘Os filhos dos dias’, 2ª edição, L&PM Editores, página 341