Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Angularis: um jeito diferenciado de apreciar Brasília

Quarta, 31 de janeiro de 2024

Por Aline RamosFotos de Edu Vergara – Acervo Angularis.

Sutil, minimalista, apurado, instigante e intuitivo. Assim é a exposição “Brasília Angularis – Você nunca viu Brasília por esses ângulos”, em cartaz até o dia 19/02, no Museu de Arte de Brasília – MAB, de frente para o Lago Paranoá. A coletânea, assinada pelo fotógrafo Edu Vergara, propõe um novo olhar para apreciar as nuances mais inesperadas que a capital do Brasil oferece incansavelmente.

Leia a íntegra

TRE-PR marca para 8 de fevereiro julgamento de processo contra Moro

Quarta, 31 de janeiro de 2023
Foto: Marcello Casal Jr - Agência Brasil

Senador é acusado de abuso econômico na pré-campanha de 2022

Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Publicado em 31/01/2024

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) marcou para 8 de fevereiro o julgamento do processo que pode levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR). A data foi escolhida um dia após o desembargador Luciano Falavinha, relator do caso, liberar o processo para julgamento.

O senador é alvo de ações protocoladas pelo PT e pelo PL na Justiça Eleitoral. Os partidos acusam Moro de abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha em 2022.

Em dezembro ao ano passado, o Ministério Público Eleitoral (MPE) do Paraná defendeu a cassação do mandato do senador. No entendimento dos procuradores, houve uso "excessivo de recursos financeiros" no período que antecedeu a campanha eleitoral oficial, em 2022.

Hang é condenado a pagar R$ 85 milhões por coagir empregados em eleição

Quarta, 31 de janeiro de 2024
© Edilson Rodrigues/Agência Senado

Juiz diz que empresário teria reeditado antigo “voto de cabestro”

Publicado em 31/01/2024 - Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7a Vara do Trabalho de Florianópolis, condenou o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, ao pagamento de R$ 85 milhões em multa por ter coagido os empregados a votar em Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. Cabe recurso da decisão.

A sentença foi proferida em ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O órgão alegou que Hang realizou campanha política dentro de lojas da Havan com participação obrigatória dos empregados.

Segundo a acusação, Hang ameaçou despedir funcionários e fechar lojas da Havan se Fernando Haddad, então candidato do PT e adversário de Bolsonaro, fosse eleito presidente da República. Os empregados teriam sido ainda constrangidos a responder a enquetes dentro dos estabelecimentos, respondendo em quem votariam.

Os promotores responsáveis pelo caso afirmaram que "os réus valeram-se de sua condição de empregadores para impor sua opinião política a respeito dos candidatos à Presidência da República e para vincular, de maneira absolutamente censurável, a manutenção dos postos de trabalho de seus colaboradores”.

TENTATIVA DE FUGA —Condenadas pelo 8 de janeiro que pediram refúgio no Uruguai vão recorrer a cortes internacionais

Quarta, 31 de janeiro de 2024
Atos golpistas de 8 de janeiro - Joédson Alves/Agência Brasil

Defesa de bolsonaristas que atravessaram a fronteira para o país vizinho critica o que considera 'prisões abusivas'

Mateus Coutinho
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 31 de janeiro de 2024

A defesa das condenadas por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro que pediram refúgio no Uruguai informou que vai acionar os tribunais internacionais contra supostos abusos e maus tratos que elas teriam sofrido na prisão.

“Estamos ajuizando uma representação nos Tribunais Internacionais quanto as prisões abusivas e maus tratos sofridos dentro do estabelecimento prisional no período que estavam presas injustamente”, afirmou em nota o advogado Hélio Junior, que representa as manifestantes.

Como revelou o Brasil de Fato, as bolsonaristas Alethea Verusca Soares, Rosana Maciel Gomes e Jupira Silvana da Cruz Rodrigues que invadiram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro de 2023 buscaram o consulado do país vizinho em Santana do Livramento (RS) no dia 16 de janeiro. Das três, duas já foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal e uma aguarda o fim de seu julgamento no plenário da corte, ainda sem data para ocorrer.

ASÈ —Festa das Águas na Praça dos Orixás, em Brasília: música, arte e protesto contra racismo religioso

Quarta, 31 de janeiro de 2024

Coletivo Yás na Festa das Águas - Acervo do Instituto Rosa dos Ventos
Festejo tradicional do DF acontece nos dias 2 e 3 de fevereiro, com entrada gratuita
Redação
Brasil de Fato | Brasília (DF)
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Nos dias 02 e 03 de fevereiro acontece na Praça dos Orixás, em Brasília, a quinta edição da Festa das Águas. O evento reúne música, dança, artesanato, culinária e debate de políticas públicas de combate ao racismo religioso e pela preservação dos espaços culturais de matriz africana. A festa integra o Circuito Candango de Culturas Populares.

A data também marca a comemoração do Dia de Iemanjá, a Rainha do Mar, e também celebra Oxum, Mãe das Águas Doces. “Grandes detentoras dos saberes e fazeres tradicionais afro, as mulheres são responsáveis por uma imensa parte da manutenção da ancestralidade viva em todo o país”, destaca a organização da Festa no convite.
Os expositores tanto da Feira de Artesanato Tradicional quanto da Feira de Gastronomia Afro representam diversas regiões administrativas do DF. De acordo com a assessoria de comunicação do evento, “eles trazem consigo toda a diversidade brasileira em seus produtos e quitutes, uma vez que o DF é um grande caldeirão cultural, com fortes influências de todos os cantos do Brasil, principalmente do Norte e Nordeste. Assim, os visitantes podem esperar uma variedade de artesanatos e pratos típicos que refletem a riqueza cultural e gastronômica não apenas do DF, mas de todo o país”.
Programação
A Festa das Águas integra o calendário anual de ocupação da Praça dos Orixás. A programação inicia na sexta-feira (2), às 15 horas, com abertura da feira de artesanato tradicional e da feira de gastronomia afro, cortejo do Coletivo das Yás e Babás do DF e entorno, audiência pública sobre a reconstrução da Praça dos Orixás. O fim da tarde está marcada com toque sagrado para Iemanjá e Oxum e em seguida as apresentações musicais de Afro Rum Black (GO), Capela Imperi̇al (DF), encontro de samba de roda - Cecy Wenceslau (DF) convida Sambadeiras de Bimba e Folha Seca (DF) e Mateus Aleluia Filho (BA) e Teresa Lopes (DF).

AS POPULAÇÕES REFUGIADAS E O GENOCÍDIO EM GAZA

 Quarta, 31 de janeiro de 2024 

Pedro Augusto Pinho*


A guerra é o limite da racionalidade humana. Ocorre quando a capacidade de raciocinar, de argumentar não tem mais onde se escorar. Nada, que não seja a violência extrema, irá satisfazer.


Certamente era comum entre os caçadores coletores, pois seu estreito universo perceptivo e o pequeno domínio da fala os levavam a brigar ao invés de negociar.


Também as religiões, com as limitadas razões para fé, foram as grandes fontes de guerra na história. O que nos dá provas robustas o maior massacre da história universal, ocorrido entre as populações primitivas das Américas, em nome de Deus, como relatam Marcelo Grondin e Moema Viezzer (“O Maior Genocídio da História da Humanidade”, 2018). Os astecas, maias e incas foram reduzidos em 90% da população à época dos descobrimentos.


O grande assassino deste século são, indubitavelmente, as finanças apátridas. Não se pode atribuir hoje nem a um país, os Estados Unidos da América (EUA) ou ao Reino Unido (RU), ser a pátria do dinheiro, nem a uma etnia, a judaica, por exemplo, o controle da moeda.


São instituições residentes em paraísos fiscais, com dinheiro de todos os países e todas as raças, que comandam as guerras. Os países são os executores, e utilizam, para conquistar adesões, todo tipo de falácias e felonias, de suborno e corrupção.


Os judeus reclamavam da inexistência de uma terra para os acolher, desde muito antes do surgimento do nazismo. Não viam que, sua própria origem, se declarando o povo eleito de um Deus, que era só seu, já provocavam a exclusão e a cizânia entre os povos do Oriente Médio e norte da África. Situação que perdura ao longo da história ocidental, avança pela Idade Média, e culmina na Inquisição.


Foi um período realmente difícil para estes semitas. Porém, longe de buscar a integração, acentuaram as diferenças, aproveitando a proibição da usura para os católicos, para se tornarem os grandes financistas do início do capitalismo, os séculos XV e XVI.


Entram no absolutismo como credores dos reis, na aristocracia como financiadores dos nobres, e quando os Países Baixos e a Grã-Bretanha resolvem criar seus bancos nacionais, chamam os judeus para os orientarem por sua capacitação técnica; estes eram os mais importantes estados colonizadores na passagem dos séculos XVII a XIX.


Sob a ótica das religiões, continuaram um povo excludente, fechado, mas tiveram a companhia, no campo econômico, das designações protestantes, principalmente da matriz calvinista.


Ao crescimento do capitalismo sobem a religião judaica e protestante, cai a religião católica. O mundo custará perceber, nas sociedades, as mudanças provocadas por esta alteração.


Hoje são as neopentecostais que promovem a nova ideologia triunfante no ocidente: o neoliberalismo.


E esta coexistência neopentecostal neoliberal atinge fortemente os valores que, de algum modo, eram mantidos pelo catolicismo e pelas designações protestantes mais antigas: luteranos, batistas, presbiterianos.


Vive-se o tempo das mensagens intencionalmente falsas (fake news), abunda a corrupção, e, neste contexto, as guerras usam os mais impensáveis pretextos para serem aplicadas.


Vejam-se as armas de destruição de massa no Iraque, a farsa do 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque, a inexistente repulsa a Muammar al-Gaddafi, que transformara a Líbia no país de mais elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África, e tantas outras farsas a provocarem guerra de rapina e destruição de governos neste século XXI.


E é neste contexto que deve ser analisado o genocídio dos palestinos em Gaza, que atinge agora os funcionários da ONU, e suas diversas Organizações especializadas, como os médicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os profissionais da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).


UM GENOCÍDIO MUITO ALÉM DA CAUSA JUDAICA


A ação de Benjamin Netanyahu não é a da causa judaica. É das finanças apátridas, que lhe proveem de recursos para se manter na política, apesar dos crimes possivelmente já cometidos e impunes, pelos processos lentos dos julgamentos, e contra boa parte dos judeus em todo mundo, que desejam a convivência pacífica com os povos da Palestina, Jordânia, Síria e Líbano.


Quem ganha com as guerras? Aqueles que as financiam, os fabricantes de armas, os que pesquisam equipamentos e instrumentos de destruição de pessoas e bens, os que vivem da fome e da miséria dos povos. E quem são eles? Não os judeus, que já sofreram guerras e perseguições, menos ainda os palestinos que estão sendo expulsos das terras de seus ancestrais, nem aqueles que trabalham e esperam prosperar em seus países.


A guerra, hoje, neste século 21, é o resultado de uma civilização em crise, que já não consegue manter o nível que atingiu de produção e bem estar, cada mês menor do que o anterior, até que ao invés de conter imigrantes, conterá migrantes, buscando a florescente Ásia.


As instituições que os países buscam não são mais as que os EUA constituíram após a II Grande Guerra para expandir seu poder: o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (WB), a própria Organização das Nações Unidas (ONU), com um excludente Conselho de Segurança, que invalida a pseudo igualdade dos países membros. Os assassinatos dos funcionários da Agência para os Refugiados (ACNUR) pelos soldados de Netanyahu retrata a decadência da própria ONU. Além de constituir um crime inominável.


Os EUA, a Europa Ocidental em crise, a OTAN desmoralizada ao tentar enfrentar a Rússia, tudo que vem acontecendo nestes últimos 24 anos, conduzem para o novo mundo, sem guerra, aberto pela multipolaridade chinesa. Da Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR), congregando contratos entre 150 países, e da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), de apoio e aliança política, econômica e militar de países da Eurásia. Também dos BRICS, originalmente cinco, hoje com dez países e, provavelmente, até o próximo ano com mais 20, representando a verdadeira diversidade de culturas e objetivos nacionais.


Israel, com este governo, está representando o pior deste momento da sociedade humana: a guerra, o desrespeito pelas diferenças, o espalhar das mortes, doenças, miséria e desespero. E tudo para que? Para manter um poder plutocrata decadente.

 

*Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado.

Artigo originariamente postado no Pátria Latina

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

AGRICULTURA FAMILIAR —Representantes de Universidade chinesa visitam UnB para conhecer técnicas e tecnologias de desenvolvimento agrícola

Terça, 30 de janeiro de 2024
Parceria entre universidades e MST é na área de bioinsumos e de maquinário agrícola para agricultura familiar. - Foto: Marla Galdino

Atividade faz parte de cooperação internacional para construção de um Centro de Pesquisa entre os dois países

Valmir Araújo
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 30 de janeiro de 2024

O intercâmbio de técnicas e tecnologias para o desenvolvimento da agricultura familiar foi o foco de uma visita realizada nesta segunda-feira (29) por professores e pesquisadores da Universidade Agrícola da China (CAU, sigla em inglês para China Agricultural University) à Fazenda Água Limpa, área agrícola da Universidade de Brasília (UnB), localizada à 28km do Campus Universitário Darcy Ribeiro.

Fundada em 1905, a CAU é o instituto de agricultura mais antigo da China e é considerado, por rankings internacionais, a segunda melhor universidade da área da agricultura no mundo.

De acordo com o reitor da CAU, Zhenghe Song, essa visita à UnB tem como objetivo fortalecer a parceria entre as duas universidades e também das técnicas e tecnologias para o desenvolvimento agrícola. “Espero que possamos melhorar cada vez mais a nossa agricultura, por meio desse intercâmbio”, enfatizou o reitor da universidade chinesa.


Em setembro do ano passado, UnB e CAU assinaram uma documento formalizando uma parceria para a construção do Centro Brasil-China de Pesquisa, Desenvolvimento e Promoção de Tecnologia em Mecanização para Agricultura Familiar. A atividade faz parte de um convênio maior, entre os países, China-Brasil de cooperação técnica e desenvolvimento industrial e foi articulada pela Associação Internacional para Cooperação Popular, Baobab.

“Os eixos de trabalho do Centro são: a mecanização da agricultura familiar, a produção de bioinsumos, o desenvolvimento a partir das nossas bases camponesas e também a melhoria de vida da classe trabalhadora das cidades”, explicou Luiz Zarref, coordenador da Baobab América Latina.

A Campanha Nacional por Direitos Sociais está nascendo!

Terça, 30 de janeiro de 2024

Da Auditoria Cidadã da Dívida

Acontece, no próximo dia 06/02, às 14h no Câmara dos Deputados, o lançamento da Campanha Nacional por Direitos Sociais, que reúne entidades, centrais sindicais e movimentos sociais com representatividade em todo o território brasileiro.

O objetivo da campanha é articular as lutas sociais por direitos sociais e unir a sociedade civil para garantir direitos e barrar ameaças, face às restrições impostas pelo arcabouço fiscal e à prioridade dos gastos com o Sistema da Dívida. (Baixe aqui o folheto para saber mais).

O Brasil é um país rico em recursos naturais, econômicos e financeiros, porém, a má distribuição dos recursos é o que nos fez chegar até aqui: direitos básicos como saúde, educação e moradia diariamente negligenciados e a população brasileira desassistida.

O Orçamento Federal aprovado para 2024 demonstra claramente que a maior parte do dinheiro público é direcionado ao pagamento dos juros e amortizações da dívida pública para sustentar o Sistema da Dívida, enquanto os direitos sociais ficam submetidos às restrições orçamentárias impostas pelo chamado “arcabouço fiscal”.

Os bancos e grandes corporações, sempre unidos em benefício próprio, possuem trilhões de reais em títulos da dívida pública brasileira, que nunca foi auditada. E ela absorve a maior fatia do orçamento federal todos os anos, isso tudo, é claro, em detrimento da população, que é quem paga essa conta com os tributos e quem menos desfruta dos “benefícios”.

Vamos articular juntos, por um Brasil mais igualitário e justo para todos!

Sua participação é crucial para o sucesso desta campanha!

Participe: 06/02 às 14h

Local: Câmara dos Deputados (Brasília – DF)

Auditores fiscais foram assassinados enquanto apuravam denúncia de trabalho análogo à escravidão; mandantes estão soltos

Terça, 30 de janeiro de 2024

Ato integra as atividades da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo - Foto: Julio Camargo

Júlio Camargo
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 30 de janeiro de 2024

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) realizou um ato público na manhã desta terça-feira (30) para exigir justiça completa para o crime ocorrido em 2004 que ficou conhecido como “Chacina de Unaí”. A manifestação reuniu mais de 70 funcionários da auditoria fiscal do trabalho e aconteceu em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego, na Esplanada dos Ministérios.

O ato integra as atividades da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e o Dia do Auditor-Fiscal do Trabalho. Dentro desta agenda de mobilização, também está prevista a realização de uma reunião, nesta quarta-feira (31), do procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, com as presenças de dirigentes do Sinait, familiares das vítimas e advogados.

Para o presidente do sindicato, Bob Machado, a expectativa para essa reunião com a PGR é de que sejam finalmente cumpridos as prisões dos mandantes para que a justiça seja feita em nome dos colegas de trabalho e familiares das vítimas.

Improbidade administrativa —Em ação do MPF, ex-vereador e atual prefeito (do PSD) que acumulava cinco cargos públicos é condenado a devolver valores no Piauí

Terça, 30 de janeiro de 2024

Constituição Federal permite a acumulação de apenas dois cargos de professor

Arte retangular com foto colorida de uma balança, a palavra Sentença escrita em amarelo

Arte: Comunicação MPF









Em ação de improbidade do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal do Piauí (PI) condenou José Henrique de Oliveira Alves ao ressarcimento dos valores recebidos como professor dos municípios de Boqueirão do Piauí e Nossa Senhora de Nazaré, entre 2003 e 2011. José Henrique, atual prefeito de Nossa Senhora de Nazaré, chegou a acumular cinco cargos públicos, o que é proibido pela Constituição Federal.

Segundo a ação do MPF, José Henrique acumulou, por mais de seis anos, os cargos de professor do Estado do Piauí, professor dos Municípios de Teresina, Nossa Senhora de Nazaré e Boqueirão do Piauí, e vereador do Município de Nossa Senhora de Nazaré. Embora ele tenha se licenciado do magistério, em alguns períodos, para exercer o mandato de vereador, sempre optou pelo recebimento de seus vencimentos de professor.

Período de carência: plano de saúde é condenado por negativa de cobertura

Terça, 30 de janeiro de 2024
Imagem ilustrativa

Do TJDF

A 7ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve decisão que condenou a Hapvida Assistência Médica LTDA à obrigação de autorizar e custear a internação de beneficiário. Além disso, o plano de saúde deverá desembolsar a quantia de R$ 5 mil, a título de danos morais.

Conforme o processo, o autor aderiu ao plano de saúde em 18 de agosto de 2022 e foi solicitada sua internação em 19 de janeiro de 2023, quando já contava com 154 dias de vigência. Consta que ele ingressou no Hospital Brasiliense com quadro de tosse, febre, dificuldade de respiração e saturação baixa. Por conta disso, o médico o diagnosticou com pneumonia e solicitou, com urgência, sua internação, “por risco de piora clínica”.

Imagine. Só imagine!

Terça, 30 de janeiro de 2024

Comentários

  1. Imaginemos com Lennon. Um mundo sem fronteiras ou muros. Sem ódio aos imigrantes. Sem distâncias culturais. Com muitos sorrisos e abraços. Repleto de ajuda humanitária. Com alimento para todos. Uns poucos abririam considerado mão dos seus aviões e iates. Uns muitos teriam casa para morar. Tanta gente acolherá caravanas em abrigos simpáticos com música e dança. Ninguém se julgaria dono da razão ou melhor que o outro. Nada poderia ser considerado como religião certa e melhor. A única fé possível seria na caridade absoluta. Ninguém precisaria rogar a um Deus porque todos seriam iluminados pela Luz do universo resplandecente. As curas aconteceram com naturalidade. Os afetos seriam sinceros. Sem traições ou dúvidas. As dívidas não existiriam. Nem os bancos de negócios. Só os de jardim. E milhões de criancas cantariam nos amanheceram por toda a parte saudando o sol de cada dia.
    Sonhar com Lennon é um exercício de defesa e resistência. Seja em Gaza ou no Irã. No Equador ou na China. Talvez haja sonhadores como ele nas cavernas do Afeganistão ou nas cordilheiras dos Andes ou do Humalaia.
    Quem sabe algum tibetano raiz sonhe com esse mundo raiz pleno de harmonia?

    No meu caso, sou uma carioca setenta cheia de esperança sempre que ganhou um vídeo lindo de um amigo meio indígena e meio maranhense que mora em Brasília. Tudo indica que sonhamos com o mesmo mundo!
    E não somos os únicos sonhadores. Aprendemos muito com Lennon.

    Cida Torneros 


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Cida Torneros é jornalista aposentada e edita no Rio de Janeiro o Blog Descansando o Coração. É uma amiga querida do editor do Blog Gama Livre.

Um ano da Emergência na Terra Indígena Yanomami. O que mudou?

Terça, 30 de janeiro de 2024


A batalha continua: os Yanomami e Ye’kwana seguem resistindo contra o garimpo ilegal e outras atividades predatórias que trazem doenças e violência para o território.

Novo relatório da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta que um ano após o governo federal declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) na Terra Indígena Yanomami o garimpo persiste no território e promove um estrangulamento dos serviços de saúde.

Lançado nesta sexta-feira (26/01), o documento, que recebeu apoio técnico do Instituto Socioambiental (ISA) e do Greenpeace Brasil, tem endosso também da Associação Wanassedume Ye’kwana (Seduume) e da Urihi Associação Yanomami.

De acordo com o novo relatório, o garimpo desacelerou em 2023, mas ainda teve a sua área ampliada em 7%. A área total devastada acumula 5.432 hectares e impacta 21 das 37 regiões existentes. O ano teve registro de 308 mortes de Yanomami e Ye’kwana sem que servidores da saúde conseguissem atender comunidades vulneráveis por medo dos garimpeiros ilegais.

O líder Yanomami e presidente da Hutukara, Davi Kopenawa, pediu para que o governo federal reforce as ações de saúde em toda a Terra Indígena Yanomami, em um trabalho coordenado que garanta a assistência para todos os Yanomami e Ye’kwana.

“Já completou um ano. Agora em 2024, vamos começar de novo? Eu queria conversar com o Exército e com os militares porque eles estão lá para proteger a floresta nacional, a floresta Amazônica, mas não estão protegendo”, disse.

Faça sua voz ser ouvida e junte-se aos Yanomami e Ye’kwana na defesa de suas vidas, direitos e territórios.
Discussão sobre o avanço da malária e da desnutrição em crianças durante o XIV Encontro de Mulheres Yanomami, em novembro de 2023.
Ana Maria Machado/ISA
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Marcos Wesley

Instituto Socioambiental (ISA)
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segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Gravando sonhos: TV Comunitária forma 30 garis em curso de videomaker

Segunda, 29 de janeiro de 2024

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

Da varredoura das ruas do DF às câmeras e microfones de televisão. Trinta profissionais de limpeza urbana fizeram uma imersão no mundo, técnicas e bastidores da televisão. Além de propiciar novos conhecimentos, o curso potencializa os sonhos de se galgar novos oficios.

Por Chico Sant’Anna

Quando você ouve a palavra gari, que atividade lhe vem à mente?

Aposto que pensou em limpeza urbana, varrição, coleta de lixo.

E quando você ouve estúdio de TV, câmera, microfone, que profissional lhe vem à mente?

Pois bem, a Escola de Mídia – TV em Movimento, da TV Comunitária de Brasília está quebrando todos esses parâmetros. Seguindo o dito de Glauber Rocha, câmera na mão e o Brasil na cabeça, a emissora acaba de formar 30 garis, em parceria com o Instituto Barba na Rua.

Eles e elas trocaram as vassouras e pás por câmeras e microfones. Esse é o 1° curso de televisão para garis do Distrito Federal e quiçá do país. Tiveram a oportunidade de aprender como fazer um roteiro de TV, entrar nos bastidores de uma emissora de TV, com dicas de roteiro e linguagem cinematográfica (planos, movimentos de câmera e enquadramentos), bem como a história da TV no Brasil e no mundo.
A varredora Valdirene Rosa de Jesus aprendeu os truques para ser uma boa apresentadora de programa de TV.

Despertando valores

“Eu me senti como uma apresentadora profissional de TV ” disse Valdirene Rosa de Jesus, varredora que achou o curso tão impactante que pensa em cursar Jornalismo. “Senti que isso é o que eu quero e vou correr atrás deste sonho. De repente começo apresentando um programa lá na TV Comunitária até criar condições de fazer a faculdade ou um curso profissionalizante”, ponderou.

Indígenas —União tem 30 dias para apresentar novo plano de ação contra garimpo ilegal no território Yanomami, sob pena de multa

Segunda, 29 de janeiro de 2024

Decisão judicial foi tomada em audiência de conciliação realizada no âmbito de ações civis públicas movidas pelo MPF em 2017 e 2020

Do MPF

Foto mostra, em primeiro plano, um indígena Yanomami já senhor, com cocar amarelo e vermelho, colares coloridos e o rosto e corpo pintados. Ao fundo, à esquerda, em imagem desfocada, há outro indígena Yanomami, mais jovem, que também utiliza adornos como colares e cocar coloridos.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil










A Justiça Federal de Roraima fixou multa de R$ 1 milhão caso a União não apresente, em até 30 dias, um novo cronograma de ações para enfrentamento do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A medida foi necessária diante da inércia do Estado brasileiro em elaborar um planejamento efetivo para a instalação de bases de proteção e retirada dos invasores do território tradicional. A decisão é resultado de audiência de conciliação realizada conjuntamente pelas 1ª e 2ª Varas Federais de Roraima, no último dia 24.

Promovida a pedido do Ministério Público Federal (MPF), a reunião contou com a participação dos Ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Defesa, dos Povos Indígenas, da Saúde e do Meio Ambiente. Também estavam presentes representantes da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública, do Estado de Roraima, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A requisição do MPF partiu da constatação de que as operações governamentais realizadas no território Yanomami, no início do ano passado, não foram suficientes para evitar a reocupação de áreas pelo garimpo. Além disso, a União vinha reiteradamente descumprindo seus compromissos em apresentar um plano de instalação da base de proteção para efetivar o bloqueio do rio Uraricoera - principal ponto de entrada de garimpeiros no território.

Operação Background: Justiça acolhe segunda denúncia do MPF e torna réus 7 integrantes do Grupo João Santos

Segunda, 29 de janeiro de 2024

Familiares e pessoas próximas a um dos sócios majoritários do grupo econômico são acusados de lavagem de dinheiro

Do MPF

Arte: Comunicação/MPF


A Justiça Federal recebeu a segunda denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Background, deflagrada em 2021 para apurar irregularidades fiscais praticadas pelo Grupo João Santos. A nova peça acusatória tem foco na engenharia financeira utilizada por José Bernardino Pereira dos Santos, um dos sócios majoritários do grupo econômico, para dissimular a origem de recursos ilícitos obtidos com a sonegação fiscal e trabalhista de suas principais empresas. Além do empresário, foram denunciados sua esposa, seus três filhos, um genro e sua secretária, todos acusados de colaborarem com a prática criminosa.

Por meio de uma imobiliária e uma loja de vestuário, além de movimentações na conta bancária de sua secretária, José Bernardino teria colocado em prática um esquema financeiro que tinha como objetivo dar aparência de legalidade a recursos obtidos com o não recolhimento de obrigações tributárias e trabalhistas das empresas principais do Grupo João Santos, entre os anos de 2014 e 2018. Segundo o MPF, os valores ilegais envolvidos são bilionários e eram transferidos a diversas filiais e empresas de fachada criadas pelos sócios majoritários, para lavar o dinheiro obtido de forma ilícita.

MPDFT lança nova edição da Carta de Serviços ao Cidadão

Segunda, 29 de janeiro de 2024

carta cidadao notaNa próxima terça-feira, 30 de janeiro, será lançada a 3ª edição da Carta de Serviços ao Cidadão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que tem o objetivo de apresentar os serviços ofertados e facilitar o acesso da população aos mecanismos disponíveis para a proteção dos seus direitos. Além de informações sobre atribuições, contatos e endereços das unidades do MPDFT, o documento também conta com a descrição dos serviços digitais disponibilizados na página do Espaço Cidadão e dos serviços que podem ser acessados nas unidades.

A Carta, revisada e ampliada, chega às mãos do cidadão com o intuito de proporcionar ampla acessibilidade e dar cumprimento à política de serviços ao usuário, prevista no Decreto n.º 9.094/2017.

Desde a sua última edição, em 2018, o Ministério Público passou por diversas mudanças que visam ao aprimoramento da prestação de serviços e do atendimento público. Destacam-se a criação da Ouvidoria das Mulheres; a inauguração do Espaço Cidadão, no site do MPDFT; e os projetos de instalação do Espaço Cidadão, destinado ao atendimento presencial, e do Espaço Digital, destinado a garantir acessibilidade digital àqueles que procuram a Instituição.