Segunda, 13 de fevereiro de 2023
PT 43 ANOS.
UM PARTIDO QUE TEM BANDEIRA
Estive nas comemorações dos 43 anos do Partido dos Trabalhadores, o nosso PT. No ato político do dia 10/02, no Teatro dos Bancários acompanhei as homenagens à militância representados pelos ex-presidentas regionais, pelos ex-governadores, senadores, deputadas e deputados federais, deputadas e deputados distritais.
Foram lembrados candidatas e candidatos majoritários que não venceram (justa lembrança). No entanto não vi nenhuma citação às dezenas de candidatos e candidatas proporcionais que nunca venceram uma eleição mas fizeram a disputa sem recurso, sem estrutura, com garra e bravura. Vale lembrar que os votos conquistados se somaram para dar a vitória aos homenageados (não é uma reclamação).
A esses e essas corajosos e resilientes militantes quero prestar as minhas homenagens lembrando a história da Dona Olga Cotrim, uma senhora simples, muito pobre e humilde que militava no PT Gama. Dona Olga acompanhava todas as atividades do partido. Ia de ônibus, pegava carona e sempre levava pela mão o seu filho que deveria ter de 6 a 7 anos. Um dia descobrimos que Dona Olga era epilética quando teve um ataque em plena rua. Passamos a ter uma preocupação maior com ela e seu filho.
Mas Dona Olga, legítima representante da brava militância petista, um dia resolveu colocar o seu nome para disputar uma vaga na câmara legislativa e o PT lhe concedeu a legenda. Sim, Dona Olga Cotrim foi candidata a deputada distrital pelo PT do Distrito Federal. Tinha o pequeno filho como cabo eleitoral, uma surrada bandeira do PT no ombro e talvez um “santinho” com a foto e o número. Criou um bordão que até hoje é lembrado pelos militantes mais antigos do Gama.
- Vamos bandeirar “Se não bandeirar não ganha eleição”, dizia ela ao filho, incentivando o pequeno e animado militante.
Nunca mais tivemos notícias da Dona Olga Cotrim, só sei que o PT é assim.
Mauro Pinheiro
Militante, filiado ao PT em 1986.
13/02/2024
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