A preservação do conjunto urbanístico e arquitetônico de Brasília é vital para que a cidade continue a ostentar o título de Patrimônio da Humanidade e para que sua herança cultural seja mantida viva para as futuras gerações.
Por Fátima Sousa*
O Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), recentemente aprovado pela Câmara do Distrito Federal, está no centro de um debate fervoroso. Embora seu nome sugira um esforço para conservar a integridade da capital planejada por Lúcio Costa e ornamentada pelas obras de Oscar Niemeyer, críticos argumentam que ele pode, na verdade, desfigurar a cidade que foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1987.
O governo do Distrito Federal defende que o PPCUB não é mais que uma compilação das normas já vigentes e que não compromete a preservação do Plano Piloto. No entanto, arquitetos e urbanistas expressam preocupações significativas. Eles apontam que a proposta facilita o adensamento urbano, especialmente ao permitir que hotéis na área central aumentem seu número de andares de três para doze. Essa mudança no horizonte da cidade é apenas um dos muitos pontos controversos.