Quarta, 17 de novembro de 2021

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Por Chico Sant’Anna
Imagine um jogo de xadrez com dois tabuleiros. Um sobre o outro. Na prática, são jogos autônomos, mas não tão independentes, assim. Um movimento no tabuleiro de cima interfere diretamente na estratégia do de baixo. A simultaneidade das eleições estaduais e nacionais transformam o pleito num jogo com essas especificidades. Esse jogo de xadrez até já existe, chama-se xadrez quântico.
No cenário do xadrez quântico eleitoral brasileiro, o tabuleiro presidencial, o de cima, afeta até mesmo os jogadores que estarão no tabuleiro de baixo. Exemplo: as candidaturas de Luís Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Sérgio Moro (Podemos), Jair Bolsonaro (sem partido) e do nome que vier do ninho dos tucanos, praticamente, impõe a necessidade de candidatos correligionários no Distrito Federal. Não há como não ter um palanque local que sustente o candidato nacional. Daí, o tabuleiro de baixo.