Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Chega de especulação imobiliária: a Vila Planalto é nossa

Segunda, 23 de maio de 2022

Pioneiros da Vila Planalto ganharam diplomas da Câmara Legislativa, mas o que querem mesmo é a preservação da Vila e de sua história.

Lugar escolhido, em 1957, para abrigar os acampamentos de trabalhadores das construtoras que vieram transformar Brasília em realidade, além de acolher os engenheiros que encararam o desafio de tirar do papel o projeto do presidente da República, Juscelino Kubitschek, do urbanista Lúcio Costa e do arquiteto Oscar Niemeyer, a Vila Planalto foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, em 1988.

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Por Rita Andrade*

A Vila Planalto é lugar de resistência, de pioneirismo, de gastronomia e de agitação cultural. Mas também é um espaço de muita especulação imobiliária. Um cinturão de grandes projetos imobiliários cada vez avança mais sobre a Vila e eleva a tabela do metro quadrado expulsando com isso o morador nativo.

Lugar escolhido, em 1957, para abrigar os acampamentos de trabalhadores das construtoras que vieram transformar Brasília em realidade, além de acolher os engenheiros que encararam o desafio de tirar do papel o projeto do presidente da República, Juscelino Kubitschek, do urbanista Lúcio Costa e do arquiteto Oscar Niemeyer, a Vila Planalto foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1988, graças ao esforço de toda a comunidade do lugar e a um gesto precursor simbólico, quando a menina Leiliane Rebouças conseguiu burlar a segurança do presidente José Sarney e lhe entregar uma carta pedindo que a Vila não fosse derrubada e a população transferida para as cidades satélites. A estratégia deu certo!