Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Administração por Compadrio

Tem cada uma! Com toda essa crise no senado vem agora a FGV, Fundação Getúlio Vargas, e propõe uma esdrúxula reforma administrativa da Casa. Ao invés de cortar custos com os apadrinhados nomeados por indicação de parlamentares, a proposta faz é atingir os servidores de carreira, aqueles que sempre estarão na instituição. É a opção pelos “afilhados”, em detrimento dos concursados e da eficácia do Senado.

Estranho! Poderia se passar a chamar (já que consultores em Administração têm mania de rotular as coisa, pois novo rótulo significa novas consultorias) de “Administração por Compadrio”. Isso para uma instituição como já foi a FGV pega muito mal, muito mal mesmo. Além de proporem um PDV (saudades do Collor e de FHC?) para 20 por cento do total de concursados, os consultores defendem a suspensão de concursos que visem preencher os cargos que fiquem vagos em razão de aposentadorias, demissões e mortes de funcionários.

No Senado atualmente o cargo de chefia de gabinete deve ser preenchido por servidor do quadro efetivo. O estudo da FGV propõe na prática que essa norma seja banida, pois defende que tal cargo possa ser ocupado por gente trazida para o Senado por critérios não muito claros. Dessa forma, certamente que o cargo passará às mãos dos apadrinhados. Se hoje outros cargos que têm atribuições próprias de servidores concursados já são usurpados por gente de fora do quadro efetivo, imaginem se adotada a proposta feita pelos consultores?