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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Mal começou, GDF não tem dinheiro para pagar servidores do IHBDF

Quarta, 24 de janeiro de 2018
Segundo informações apuradas pela reportagem do SindSaúde, o diretor do Fundo de Saúde disse que não há recursos disponíveis para a realização do repasse de R$ 50 milhões ao lHBDF.
24/01/2018
Por SindSaúde
O Instituto Hospital de Base corre o risco de paralisar seus serviços por falta de recursos. O aviso foi dado em reunião entre representantes do governo e do IHBDF realizada no último dia 18 de janeiro.

A reunião serviu para mostrar as dificuldades nos primeiros meses de gestão do instituto, mais ainda, como os novos administradores estão perdidos. Foram vários, os problemas relatados, mas o financeiro foi o tema central.

Segundo informações apuradas pela reportagem do SindSaúde, o diretor do Fundo de Saúde disse que não há recursos disponíveis para a realização do repasse de R$ 50 milhões ao lHBDF. Esse recurso é destinado ao pagamento dos servidores. A solução encontrada e sugerida pelo próprio diretor é que os repasses fossem sendo feitos a medida que o lHBDF pedisse.

O alerta sobre possíveis interrupções nos serviços do instituto veio do Chefe de Gabinete da SES/DF, presente na reunião, Roberto Oliveira. Segundo ele, “a Única fonte de recurso atualmente do IHBDF é a SES/DF e que o atraso no repasse poderá ensejar a paralisação do hospital.”

No primeiro mês desta “nova era”, um dispositivo do contrato de gestão do instituto foi ignorado.

Segundo o inciso XV da Cláusula 12º do Contrato, o Instituto só poderá alocar até “no máximo 70% dos recursos públicos repassados com base neste Contrato de Gestão com despesas de remuneração, encargos trabalhistas e vantagens de qualquer natureza, a serem percebidos pelos seus dirigentes, empregados e servidores cedidos”.

Atualmente, o repasse que os membros da reunião se referiram foi a que o Fundo de Saúde fará mensalmente de R$ 50 milhões. Fazendo as contas, o valor para pagar as despesas de Pessoal seria de R$ 35 milhões.

Mas conforme disse o diretor do Fundo, só em janeiro, a despesa com o pessoal será de R$ 38 milhões, portanto, passando do limite contratual de 70%.

Assim, o diretor do IHBDF, Ismael Alexandrino, sugeriu que, nos primeiros três meses, seja repassado ao lHBDF o valor que ultrapassou o teto dos 70%, que seria de R$ 3 milhões, sendo abatido em repasses futuros.

“Esse governo brinca com a saúde das pessoas. O que transparece é que essa direção está totalmente perdida, feito cachorro que caiu da mudança. Eles não sabem como funciona a maquina. E quem perde com isso é o paciente, aliás, o paciente morre com essa falta de gestão. Se está assim agora, o que podemos esperar no futuro?”, questiona a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.