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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Apagão de gestão na Secretaria de Saúde: sobrou para servidores e pacientes; caos nos laboratórios de centros de saúde do Gama

Quinta, 25 de janeiro de 2018

Do SindSaúde
Com quadro já deficitário de servidores, laboratórios chegam a ficar sem funcionar por dias ou até mesmo fecham totalmente as portas; exames eletivos estão prejudicados e técnicos em enfermagem sobrecarregados com função
O SindSaúde apurou que os exames realizados nos centros de saúde do Gama estão prejudicados porque os poucos técnicos em laboratório lotados em cada unidade precisam se deslocar ao menos uma vez na semana para cumprir escala de 10 horas no Hospital da Regional da cidade (HRG) ou de Santa Maria (HRSM). Com isso, estão limitados os dias que a população consegue realizar exames, já que sem os postos, resta somente atendimento emergencial.

O Centro de Saúde nº 6 (CS n°6) conta com dois profissionais no laboratório, com as férias de um deles, todas as terças o setor fica inativo. A situação se repete no Centro de Saúde nº 3 (CS n°3, atualmente chamado por unidade Básica de Saúde - UBS), que conta com apenas três servidores, um deles com restrição, e fica desfalcado às quartas e quintas. Fora isso, os trabalhadores precisam deslocar-se até o hospital para poder cadastrar exames devido à falta de internet no CS – situação que já perdura há dois anos.
No Centro de Saúde nº 5 é ainda pior. Com a ausência dos dois servidores – um de férias e outro atestado – são os técnicos em enfermagem que precisam se desdobrar.
“O governo diz que quer fortalecer a atenção primária, mas na prática reduz os servidores nos centros de saúde, deixando a comunidade, já habituada àquele atendimento, carente, desassestido”, avalia a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
Fantasma da remoção
O que é ruim seria ainda pior se não fosse a atuação do SindSaúde, que há alguns meses impediu a remoção dos técnicos de laboratório dos centros de saúde para os hospitais, evitando o fechamento total do serviço (reveja aqui ).
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde para algum posicionamento sobre a situação, mas até o fechamento desta matéria não recebeu resposta.