Sábado, 13 de março de 2021
Covid-19: Unaids defende maior mobilização contra monopólios farmacêuticosAgência reforça apelos pelo aumento da produção de imunizantes de baixo custo; cerca de 1 milhão de pessoas já firmaram ação da Aliança de Vacinas para o Povo em todo o mundo.
A diretora-executiva do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids, defende uma “mobilização verdadeiramente global” em favor da produção de vacinas para aumentar imunizantes de baixo custo para controlar o coronavírus.
Winnie Byanyima diz que a Aliança de Vacina do Povo expõe “a hipocrisia, o vazio da solidariedade humana e o autointeresse míope” que prejudicam os esforços para controlar o vírus em vários países.
Suprimentos
A agência integra a coalizão internacional com entidades como Oxfam, Frontline Aids, Global Justice Now e Yunus Center. O grupo quer que as nações desenvolvidas abram mão de grandes monopólios farmacêuticos e de lucros em detrimento da saúde das pessoas.
Um ano após a declaração da pandemia de Covid-19, a aliança lembra que os países em desenvolvimento enfrentam uma escassez crítica de oxigênio e suprimentos médicos para lidar com os casos.
A maioria conseguiu administrar uma única dose do imunizante, em contraste com nações ricas que “vacinam seus cidadãos a um ritmo de uma pessoa por segundo no último mês.”
Até esta sexta-feira, o conselho executivo da Organização Mundial do Comércio, OMC, discute um projeto sobre a renúncia de direitos de propriedade intelectual para vacinas e tratamentos da Covid-19.
Covax
Para a coalizão, um bloqueio dessa proposta de mais de 100 países em desenvolvimento no evento anularia os monopólios detidos por empresas farmacêuticas e permitiria uma necessidade urgente ampliar a produção de vacinas.
Esses imunizantes seriam seguros e eficazes para “garantir que os países mais pobres tenham acesso às doses de que precisam de forma desesperada.”
A nota publicada pelo Unaids realça que mais nações em desenvolvimento verão a chegada de doses nos próximos dias da iniciativa Covax liderada pela Organização Mundial de Saúde.
Mas lembra que as quantidades disponíveis correspondem a apenas 3% do total dos habitantes devem ser vacinados até o meio do ano, e apenas um quinto até o final de 2021.
Quase 1 milhão de pessoas em todo o mundo já assinaram o apelo da Aliança de Vacinas para o Povo.