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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

JULIETA PRESENTE! Ato em homenagem à artista venezuelana Julieta Hernández acontece nesta sexta (12), em Brasília

Quarta, 10 de janeiro de 2024

Corpo da artista Julieta Hernández chega à Venezuela nesta sexta (12), onde será velado - Reprodução/Redes sociais

Palhaça viajava de bicicleta pelo Brasil se apresentando em ruas e teatros, quando foi assassinada no Amazonas

Redação
Brasil de Fato | Brasília | 09 de janeiro de 2024

Artistas e comunidade ciclista de Brasília farão um ato, nesta sexta-feira (12), em homenagem à artista venezuelana Julieta Hernández, a palhaça Jujuba, assassinada em Presidente Figueiredo, no Amazonas, no final de dezembro. No mesmo dia, o corpo da artista chegará à cidade de Porto Ordaz, na Venezuela, onde será velado. A organização da Bicicletada por Julieta arrecada ajuda financeira para a família da artista.

Em Brasília, o ato começa às 16h, com concentração para cortejo artístico na Rodoviária do Plano Piloto, saindo em direção à Biblioteca do Museu Nacional, onde artistas e palhaços brasilienses e de outras regiões do país se apresentarão. Às 19h, haverá concentração para a bicicletada em homenagem à Julieta, com saída prevista para 20h.

Dentre os artistas que se apresentarão no ato estão Ana Flávia Garcia, Tina Carvalho (a Marmota), Zé Regino, o aerialista Lírio e integrantes do Circo Itinerante, de Natal (RN), e do Circo Grox. A organização Rodas da Paz participará da bicicletada.


“É um dia de manifestar amor pra essa figura, pra essa artista. É um dia de protesto, é um dia de paz e, ao mesmo tempo, de luta, de consistência”, afirma Tina Carvalho, uma das organizadoras da mobilização em Brasília.

Miss Jujuba

Julieta Hernández tinha 38 anos e viajava de bicicleta pelo Brasil desde 2016 e se apresentava nas ruas e teatros do país. A artista foi estuprada e brutalmente assassinada enquanto viajava de volta à Venezuela.

“Ela era uma mulher livre que trabalhava com arte, amor e sustentabilidade. A gente quer deixar essa memória viva dessa grande artista que cruzou a América Latina toda para estar se profissionalizando e levando arte para todas as comunidades”, conta Tina. Segundo ela, a manifestação também é um protesto contra a violência aos artistas viajantes. “Eu sou uma mulher que viaja sozinha, então isso poderia acontecer com qualquer uma de nós”, lamenta.


Edição: Flávia Quirino

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