A iniciativa do MPDFT tem perspectiva de unir meio ambiente, saúde e educação

O projeto terá como público-alvo adolescentes, estudantes da rede pública de ensino, sobretudo em áreas carentes, que sofram o impacto de uma síndrome denominada “ecoansiedade”. Segundo especialistas, trata-se de um fenômeno relativamente recente e provoca medo, apatia, insegurança em relação ao futuro e quadros de ansiedade, afetando principalmente crianças, jovens e idosos.
A iniciativa será integrada a programas já existentes, como a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares (Lei 14.819/2024) e o Programa de Saúde na Escola (PSE) (Lei 6.286/2007), além do Programa de Saúde Mental dos Estudantes, desenvolvido pelas Secretarias de Educação e Saúde do DF.
O promotor de justiça Roberto Carlos Batista, titular da 1ª Prodema, idealizador do projeto, destacou que o tema foi apresentado recentemente como contribuição do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em evento preparatório para a COP-30, realizado pela Comissão do Meio Ambiente do Conselho Nacional do Ministério Público em parceria com a Associação Brasileira de Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), em Macapá, em agosto deste ano.
“Trata-se de um setor ainda pouco explorado em razão dos impactos negativos dos extremos climáticos é a saúde mental, sobretudo a dos adolescentes e jovens, principais autores de litigância climática em tribunais nacionais, regionais e internacionais”, afirmou Batista. O promotor de justiça reforçou, ainda, a importância das parcerias das promotorias do Meio Ambiente, Saúde e Educação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) com a SEEDF, por envolver as três especialidades do projeto.
O próximo passo será uma nova reunião, desta vez com a Secretaria de Saúde do DF, envolvendo também promotorias ligadas às áreas de saúde e educação.