Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ministro do Planejamento de Lula defende Reforma da Previdência já

Sexta, 12 de novembro de 2010
Publicado em "Auditoria Cidadã da Dívida"

O Jornal Estado de São Paulo mostra que o Ministro do Planejamento Paulo Bernardo é a favor da realização da Reforma da Previdência o quanto antes, para aproveitar a enorme base do governo Dilma no Congresso:

“Outra preocupação do governo é com o déficit da Previdência. Para o ministro, não é possível dar aumento real para os benefícios acima de um salário mínimo. Sobre a reforma da Previdência, Bernardo considera que, em algum momento, isso deverá feito e que "antecipar isso para um bom momento político" pode ser uma boa ideia.”

O mesmo jornal mostra também que o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu o Plano do próximo governo de reduzir despesas correntes, sob a justificativa de que isso permitiria a queda nos juros:

“A contenção de gastos, continuou o ministro, é um dos fatores que abrirá espaço para a queda dos juros.”

O Jornal O Globo também diz:

“O ministro disse também que o governo da presidente eleita Dilma Rousseff terá condições de cortar gastos públicos e baixar os juros já em 2011.”

Ou seja: a ideia do próximo governo é cortar ainda mais gastos sociais, para que as maiores taxas de juros do mundo possam cair.

Tais taxas de juros atraem o capital estrangeiro, que ganha com a dívida interna brasileira. O Jornal Estado de São Paulo também mostra que o Ministro Guido Mantega reivindicou, na reunião do G-20, o controle sobre o fluxo de capitais e o abandono do dólar como moeda internacional, o que de fato são reivindicações importantes, e se concretizadas alterariam significativamente a arquitetura financeira internacional.

Porém, tais reivindicações não correspondem à prática observada nos últimos anos pelo governo brasileiro, que aprofundou o livre fluxo de capitais, isentou de imposto de renda os ganhos dos estrangeiros com a dívida interna, e manteve as taxas de juros mais altas do mundo, atraindo o capital especulativo. O Banco Central tem comprado estas centenas de bilhões de dólares que chegam, aplicando-as principalmente em títulos do Tesouro dos EUA, fortalecendo justamente o dólar como moeda internacional.
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