Sábado, 25 de dezembro de 2010
Trecho do artigo "Os balanços criativos", de Robert Kurtz, publicado em http://resistir.info/
por Robert Kurz
Esperanças compulsivas de salvação económica
estão prosperando no outono de 2010, especialmente na Alemanha. Apesar
de nenhuma das causas da crise global ter sido dominada, os média
estão a pintar novamente as paisagens florescentes de um novo milagre
económico. A fé na fé, como força auto-sustentada
da retoma, define o padrão para lidar com a realidade. Quem ficar para
trás no optimismo concorrencial já perdeu. Portanto, em todas as
instâncias tem de haver relatos exagerados de sucesso a todo o custo. O
crescimento financiado pelos Estados a nível mundial, que ainda
está muito abaixo de níveis pré-crise, é
insuficiente para os altos voos da esperança fabricada, que actualmente
vale ouro. Ora, se é permitido à administração
pública distorcer o número de desempregados com novos truques, e
se os bancos podem deslocalizar os créditos malparados para sociedades
de parqueamento - então porque é que os grupos industriais
hão-de ficar atrás na "contabilidade criativa”? A
"política de balanços" retocados não é
nada de novo. Mas suspeita-se que seja um recorde o que as empresas se
vêem permitindo a este respeito desde o suposto fim da crise.
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