Sexta, 14 de abril de 2023

Na reunião, estavam o então ministro das Minas e Energia brasileiro, Bento Albuquerque, e o príncipe Abdulaziz bin Salman bin Abdulaziz Al Saud - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na reunião em que Bolsonaro ganhou joias sauditas, as autoridades presentes discutiram a venda de ativos da estatal
Caroline Oliveira
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 14 de Abril de 2023 às 11:36
Na reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi presenteado com o conjunto de joias da Arábia Saudita avaliado em R$ 16,5 milhões, as autoridades presentes discutiram a venda de ativos da Petrobras e a possível entrada do Brasil na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Na reunião, estavam o então ministro das Minas e Energia brasileiro, Bento Albuquerque, e o príncipe Abdulaziz bin Salman bin Abdulaziz Al Saud.
A informação consta em um telegrama encaminhado pela embaixada brasileira em Riade, capital da Arábia Saudita, ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil, em 15 de novembro de 2021, três semanas após a reunião. O documento foi obtido pelo G1 por meio da Lei de Acesso à Informação.
Leia também: O elo entre as joias e a refinaria da Petrobras

Joias apreendidas pela Receita Federal / Reprodução/Redes Sociais
O documento assinado pelo embaixador Marcelo Della Nina relata que, em determinado momento, o chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do Ministério das Minas e Energia (MME), Christian Vargas, "indagou a parte saudita a respeito da compatibilização entre o setor de petróleo dos países da OPEP+ e o do Brasil, onde as companhias petroleiras são de capital aberto".