“ Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."
(Millôr Fernandes)
sábado, 26 de abril de 2025
Papa Francisco é sepultado em Roma, em funeral com chefes de Estado e 250 mil pessoas
40 anos de reconstrução democrática: avanços, riscos e o muito por fazer
Para Glauber Braga, deputado federal fluminense de esquerda, ameaçado de cassação política pelo chorume da politica nacional, o consórcio fascismo/neoliberalismo/
A primeira leitura do quadro brasileiro de nossos dias leva analistas da vida política a reduzir o avanço da extrema-direita nativa a simples sintoma de uma tendência mundial, assim desapartado do processo histórico nacional. Ora, o fenômeno político não habita as nuvens. Se a história fosse apenas isso, ela estaria morta, pois nada mais haveria por fazer. A anomia política se alimenta nesse refrão, que, ademais, pacífica a consciência dos que resistem ao combate. É incontestável estarmos em face de fenômeno (avanço fascista) que se espalha em plano mundial, como foi a emergência do fascismo histórico nos anos 20 e 30 do século passado. Mas esta não é a história toda, pois, ademais de desconhecer as diferenças passadas e presentes das experiências fascistas (determinadas pela diversidade histórica de cada país), desconhece também a resistência antifascista diferenciada, levada a cabo de forma igualmente diferenciada, segundo condições especificas. Reduzir a emergência da onda fascista que nos aflige a simples manifestação de um fenômeno mundial, exilado da realidade brasileira, implica erro de método, e carrega consigo o risco de distorções estratégicas graves, como insinuar, para os que nada fazem, que não há mesmo o que fazer. E a história nos diz que a serpente de há muito escapou do ovo.
Todas as forças ideológicas fortes do século passado —liberalismo, comunismo, fascismo— foram matrizes que conheceram o traço das influências nacionais.
Entre nós, a extrema-direita/fascista teve seu debut nos anos 30 do século passado, vestida de integralismo, a versão cabocla de um autoritarismo que Plínio Salgado fôra colher na Itália de Mussolini. Esse fascismo e o getulismo, que afinal o rejeitou, estreitaram relações no Estado Novo, caminhando para o rompimento sem volta com o putsch de 1938. A queda de Vargas em 1945 ensejou o ciclo democrático, que aos trancos e barrancos chega a 1964, quando se instala a ditadura militar que formalmente sai de cena em 1985, abrindo caminho para experiência democrática cunhada como Nova República.
A história não registra milagres, muito menos o reino do acaso, e assim, os fatos não deveriam surpreender. Mas foi com surpresa que recebemos os idos de 2013, anunciantes de um processo despercebido pelos sismógrafos. A ameaça fascista dava seus primeiros sinais e o que se segue é história recente e conhecida: a difícil reeleição de Dilma Roussef em 2014 e a transição da socialdemocracia para a direta, e, ao fim e ao cabo, o golpe parlamentar de 2016, o vestibular da história que se segue. A consolidação da irrupção fascista far-se-ia conhecer com as eleições de 2018 e os quatro anos do capitão Bolsonaro. A ascensão do fascismo caboclo fez-se segundo as regras do processo eleitoral, que antes, nunca será exagerado lembrar, asfaltara os caminhos de Mussolini e de Hitler. A extrema-direita encontrou-se com o apoio popular e se espalhou por diferentes setores da sociedade. Controla as duas casas do congresso, os mais ricos e mais populosos Estados da Federação.
sexta-feira, 25 de abril de 2025
STF autoriza ex-presidente Fernando Collor a cumprir pena em Maceió (AL)

MPDFT cobra explicações da Sexretaria de Saúde do DF (SES) sobre ocorrências no Hospital São Vicente de Paula
quinta-feira, 24 de abril de 2025
Idec: A rotulagem de transgênicos está ameaçada
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quarta-feira, 23 de abril de 2025
Superlotação, falta de informação e assédio: pesquisa do TCDF avalia transporte coletivo no DF
Neste 23 de abril, Salve Jorge! Salve o Ogum do Povo de Santo. É dia do Santo e do Santo, entenderam? Sábado, 23 de abril de 2025
Quarta, 23 de abril de 2025
Neste 23 de abril, Salve Jorge! Salve o Ogum do Povo de Santo. É dia do Santo e do Santo, entenderam?
Zeca Pagodinho - Ogum
Operação da PF investiga descontos irregulares em benefícios do INSS

terça-feira, 22 de abril de 2025
Todos réus: STF aprova por unanimidade a abertura de ação penal contra mais 6 pessoas por tentativa de golpe de Estado

E O BRASIL, COITADINHO! TÃO IGNORANTE, SUBMISSO, COVARDE, E AINDA MENTIROSO!
Pedro Augusto Pinho: Quem não sabe aonde ir, não vai a lugar algum
VIOMUNDO - 22/04/2025Por Pedro Augusto Pinho*
Monteiro Lobato, o Brasil, a Rússia, a China e os EUA
José Bento Monteiro Lobato (1882-1948), além do magnífico escritor, que ocupou minha infância e juventude, era também um perspicaz observador e analista de pessoas e países.
Seu encantamento pelos Estados Unidos da América (EUA), onde viveu por quatro anos, não o deixou sem críticas nem o tornou um russófobo, como se constata pela análise de “Poder Soviético”, do Deão de Canterburry, possivelmente o teólogo anglicano George Bell (1883-1958):
“Foi o primeiro livro honesto que li sobre a Rússia. Eu, como toda gente, tinha a cabeça cheia de noções falsas sobre o povo soviético, noções que por muito tempo a Alemanha inoculou no mundo através das suas quintas-colunas, e que o mundo, com a maior ingenuidade, absorveu, permitindo assim que o fascismo fizesse seu jogo. Mas a grande simpatia que sempre tive pela Rússia, fazia que tivesse muito cuidado com o que se espalhava sobre ela e sua experiência política. O diabo, porém, é que eu não encontrava um livro que me esclarecesse, pois todos os existentes sobre o regime soviético padeciam de dois males: proselitismo contra ou a favor, exaltação sistemática do regime soviético ou condenação formal e absoluta. E como nos extremos nunca está a verdade, conservei-me mais ou menos neutro em matéria de Rússia. Um belo dia caiu-me nas mãos o “Poder Soviético”. Li-o comovidamente. Não só porque o autor concordava com o que intimamente eu queria que a Rússia fosse, como porque a lealdade e a sinceridade daquele homem eram coisas insuspeitas. De modo que daí por diante, em matéria de Rússia, passei a jurar sobre o livro do Deão como os puritanos juram sobre a Bíblia” (Monteiro Lobato, “Prefácios e Entrevistas”, Editora Brasiliense, SP, 1951).
E, quanto aos EUA, o confronto com o Brasil, que nunca lhe saiu da cabeça, fazia observar sua eficiência, onde nós apresentávamos ineficiências, e a displicência de rico, quando éramos e somos tão pobres, como nas questões energéticas e industriais (Monteiro Lobato, “América”, Editora Brasiliense, SP, 1951).
Nestes primeiros 25 anos do século 21, tendo-se desmembrado, em 8 de dezembro de 1991, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), restou somente a Federação Russa que se esforça por responder às agressões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com a mesma desfaçatez dos nazistas, agora com as denominadas “Revoluções Coloridas”, como a “Maidan” (Kiev, 2013 e 2014). E que a mídia ocidental insiste em chamar de agressão russa realizada por Vladimir Putin.
E assumindo a República Popular da China (China) a liderança entre as potências mundiais, também traz, para muitos, imenso desconforto, como se manifesta uma pessoa amiga:
“Já tive de lidar com chineses, quero distância deles! Não os acho confiáveis, em qualquer nível! Determinados, frios e inteligentes”.
E acrescenta um artigo de terceiro, que termina com o seguinte parágrafo: “A maior fábrica do mundo começa a perder sua força de trabalho, sua juventude, sua vitalidade econômica”.
Mas o Brasil não é membro pleno dos BRICS?
No entanto, desde os falecimentos de Marco Aurélio Garcia (20/7/2017) e Samuel Pinheiro Guimarães Neto (29/1/2024), o País já não sabe mais o que fazer entre a Rússia, Índia, China e África do Sul.
Imagine agora, depois da Cúpula de Kazan (22 a 24/10/2024), com Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Nigéria, países parceiros, que se somam aos já permanentes Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Quem não sabe aonde ir, não vai a lugar algum…
O começo difícil e sem pai, mas com Jorge Manrique
Quando se estuda a História do Brasil, aparecem dúvidas: era propósito de Portugal atingir as costas brasileiras ou foi uma calmaria que deslocou a frota de Pedro Álvares Cabral para o Porto Seguro? Ilha ou continente?
Foi necessário que o italiano Américo Vespúcio (1454-1512) navegasse pela infindável costa brasileira para que afirmasse em alto e bom som: o Brasil não é uma
Papa Francisco: velório aberto começa amanhã, funeral será no sábado


STF inicia hoje (22) análise de denúncia contra Núcleo 2 de acusados de comandar tentativa de golpe
Primeira Turma do STF reservou três sessões para examinar a denúncia da PGR contra mais seis pessoas

segunda-feira, 21 de abril de 2025
Líder camponês é morto com tiro na cabeça na mesma cidade em que Dorothy Stang foi assassinada
21.abr.2025
O papa que modernizou a Igreja Católica: relembre medidas e falas progressistas de Francisco
Papa Francisco morre aos 88 anos
Anúncio da morte foi feito pelo Camerlengo Farrell da Casa Santa Marta
Publicado em 21/04/2025
Brasília

O Papa Francisco morreu às 7h35, horário de Roma, desta segunda-feira (21), no Vaticano, em Roma. O anúncio da morte foi feito pelo Camerlengo Kevin Farrell da Casa Santa Marta.
"Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Igreja".
O cardeal Farrell disse ainda que Francisco chegou a aparecer na sacada da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa, na manhã deste domingo (20).
“O Pontífice apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, deixando sua última mensagem para a Igreja e o mundo”.
“Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino," acrescentou o cardeal.
>>Papa Francisco deixa o hospital após quase 40 dias internado
Primeiro Papa das Américas
Francisco assumiu o papado em 2013, mas, ao longo dos últimos anos, começou a apresentar problemas de saúde, desde gripes e resfriados até ferimentos provocados por quedas em seu próprio apartamento, no Vaticano.
domingo, 20 de abril de 2025
MISCELÂNEAS DE UM DOMINGO DE PÁSCOA
Domingo, 20 de abril de 2025
MISCELÂNEAS DE UM DOMINGO DE PÁSCOA
UMA CITAÇÃO
Dos escritores contemporâneos portugueses, que já não estejam livres do próprio corpo, poucos me dão tamanha alegria de os ler do que este, quatro meses mais jovem do que eu, Mário Costa Martins de Carvalho, Mário Carvalho, preso pela PIDE salazarista, refugiado na Suécia, cuja vida já mereceu filme, multipremiado pelos livros e pai de duas escritoras.
Em “A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho e outras histórias” (1983), abre o volume com uma citação que atribui a Montaigne. Lá vai em tradução livre: “Existe alguém mais certo, resoluto, desdenhoso, contemplativo, grave e sério do que o burro?”.
Impossível não a ter em mente ao folhear o jornal “O Globo”, de 20 de abril de 2025, domingo de Páscoa. Porém seria apenas ignorância, que é o persistente esforço do modelo neoliberal financeiro, que domina o Brasil desde a sucessão do Presidente Ernesto Geisel?
Mas por que escolher logo o domingo de Páscoa, quando muitos estarão recebendo parentes e amigos e não ocuparão sua tarde entre dormir e ler um jornal? Afinal, ler já constitui esforço suficiente para que a maioria não opte em ligar a televisão. Lá, entre canais próprios e reprodutores de matéria, o Sistema Globo de Comunicação, ou seria mais correto qualificá-lo de doutrinação, dificilmente você, caro leitor, escaparia de receber a mensagem de maior importância naquele dia para mal compreender a principal notícia. Se esta fosse sequer divulgada!
Duvida? Pois aí está nas redes internacionais de notícia, neste 20/4, domingo de Páscoa: “A União Europeia (UE) proíbe a comemoração da derrota da Alemanha nazista”. O texto do “Strategic Culture Foundation (SFC)” conclui com os dois seguintes parágrafos:
“Um marco vergonhoso foi a aprovação de uma resolução pelo Parlamento Europeu, em 2019, que equiparava a União Soviética à Alemanha nazi por alegadamente ter iniciado a Segunda Guerra Mundial. A Rússia condenou esse revisionismo político”.
“Agora, foi atingido um novo mínimo de degeneração. A UE está a proibir a homenagem àqueles que derrotaram o nazismo”.
Quanto ao primeiro parágrafo, a guerra de Kiev com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Rússia, já repete o Parlamento Europeu esquecendo a “Revolução Colorida” em Maidan (2013/2014). O segundo parágrafo é mais um esforço de excluir a Rússia do convívio europeu, capacitando-a a fazer a ponte ocidente-oriente. E está no Oriente o futuro próximo da humanidade, inclusive por rechaçar a guerra como solução para o que seja.
A DOUTRINAÇÃO ANTINACIONAL EM “O GLOBO” DE 20 DE ABRIL
A matéria tem chamada na primeira página com o título: “Cadeiras Cativas”, seguido da explicação: “União tem 140 vagas na cúpula de empresas com capital privado”.
O texto está à página 15, com três assinaturas: Thais Barcellos, Ivan Martínez-Vargas e Dimitrius Dantas. Encaixaram ainda uma economista, “especialista em governança corporativa” (?), e dois advogados para algumas generalidades. Eles, em princípio, analisariam a participação direta e indireta do Estado Nacional, na composição dos Conselhos de Administração e do Conselho Fiscal em 63 empresas.
Primeiro vamos entender o que seja empresa pública, empresa estatal, empresa corporativa e empresa privada. Nenhum dos escribas globais se preocupou com eventuais distinções, tratou tudo como igual.
Mas observe o leitor que nem mesmo a organização dos Estados, bem mais complexa, assume o mesmo modelo. Temos o que certamente os donos de O Globo consideram exemplo a serem imitados, os Estados Unidos da América (EUA), que se mantém, com mínimas alterações, em vigor há 236 anos, pois atende à elite plutocrática daquele país, como bem descreve Charles L. Mee, Jr. em “The Genius of the People” (Harper&Row Publishers, NY, 1987). Temos estados teocráticos, de diversificados deuses e até sem um Deus, estados de único poder, aglutinando o que conhecemos por executivo, legislativo e judiciário, e diversas composições desta fórmula de três poderes, além de muitos reinados.
É óbvio que a realidade de cada país constituirá um modelo de empresa, tão mais próxima do poder nacional quanto mais indispensável para o País.
Este escriba teve a possibilidade de constituir empresas de petróleo em três diferentes países, em dois continentes. Realidades diferentes, empresas diferentes. E todas continuam em funcionamento passado, no mínimo, 35 anos da inauguração.
Por conseguinte, a barafunda, a confusão de empresas, portes, objetivos que a Editoria de Arte expõe na página 15, mostra que, como Abelardo Barbosa, não veio para explicar mas para confundir. Teria uma rede de farmácias locais a mesma estrutura organizacional de uma das maiores empresas de petróleo mundiais, ou um banco de interesse vital para as finanças do Brasil?
Famílias reagem a veto de terapias hormonais para menores



Em entrevista à Agência Brasil, a mãe de Chloe, Tatiam Stanley, relata que a filha foi diagnosticada com disforia de gênero severa e que o maior medo da menina é iniciar a puberdade e desenvolver características masculinas.
“De repente, fomos minados, bombardeados com essa notícia de uma resolução onde o CFM proíbe o bloqueio em crianças. Nosso mundo desabou. Simplesmente um retrocesso de anos na história. Chloe está desolada com toda essa situação. Estou tentando fazer com que ela se anime e tenha esperança”.
“Não é possível que não haja nada que possa ser feito diante dessa imposição do CFM. Eles não sabem o que é vivenciar essa história, o que é sentir ser alguém que a sociedade não acredita que existe, que impõe suas verdades e acha que nós temos que acatar. Retrocedemos anos. Anos! Demos passos pra trás absurdamente. Está na Constituição: saúde para todos. É dever do Estado, não é? Mas estão tirando os direitos das nossas crianças e adolescentes trans de existirem e de fazerem o uso do bloqueio”, acrescenta Tatiam.
Tatiam alerta que há risco de crianças e adolescentes trans, diante da proibição e em razão do desespero, buscarem outras formas de acesso e de fazer uso de bloqueadores hormonais, colocando em risco a saúde e a integridade de cada um deles e de suas famílias.
“O direito à saúde não é de todos? Não é um dever do Estado? Como é que eles agridem assim, proibindo e tirando um direito que é nosso? Para gente, foi lamentável, foi desolador”, afirma.
“É um ultraje o que o CFM está fazendo. Pra mim, chega a ser uma monstruosidade. Não houve nenhum diálogo com os ambulatórios que tratam de crianças e adolescentes trans. Não conversaram com as famílias, nada. Simplesmente sentaram, se reuniram, decidiram por nós. E nós temos que acatar e ficar de braços cruzados, vendo o que eles estão fazendo com os nossos filhos, filhas e filhes? De forma alguma. A gente tem que fazer alguma coisa. Tem que ser feita alguma coisa. Não dá pra continuar desse jeito”.